sábado, 24 de novembro de 2001

Achamos

Há uma dificuldade louca para localizar certas jogadoras. Um brasileiro que trabalha na Alemanha desejava ter notícias de Leda Garcia Da Eira. E não é que conseguimos falar com ela. Quer dizer, ela conseguiu falar comigo. Achei seu e-mail tão simpático, que vou blogá-lo.

"Obrigada pelo seu interesse, mas não creio que tenha tido uma carreira que
justifique ser incluída em seu site. Eu nasci e joguei em Araçatuba, SP,
onde iniciei a jogar basquete com 9 anos de idade, e o time do qual fazia
parte, composto de amigas com as quais joguei até o último ano colegial
quando saí do Brasil para vivenciar um ano de intercâmbio nos EUA e nunca
mais joguei, mesmo porquê, estava nos Jogos Regionais a pedido do técnico,
aguardando pela bolsa, e ao receber o telefonema de casa que estava tudo
pronto para partir, o técnico me implorou para jogar aquela noite, um jogo
difícil com Presidente Prudente e tive derrame do menisco e também por este
motivo e mais a viagem para os EUA eu não operei e nem joguei mais, a não
ser nos EUA onde frequentei o high school e naturalmente havia uma
expectativa grande de minha atuação.
Bem, o time era composto de amigas, como disse, Selma Regina Andrade,
Sandra Cecatto Pedroso, Marcli Monique Ferreira, Helena Kano e eu, que
seguimos titulares do ginásio até o fim do colégio, daí termos formado um
time forte, reconhecido no estado pois durante estes anos todos nós
ganhamos os títulos dos jogos do interior e éramos convidadas para
participar de outros estados, como do Mato Grosso, em Cuiabá, pois éramos o
único time, no período entre 1971 a 1978 que jogava à altura do time da
seleção brasileira, treinada pelo Barbosa durante anos, e por isto íamos a
outros e vários jogos para "gerar bilheteria" e para treino delas também,
claro. Portanto jogamos contra a seleção várias vezes e ocasiões, assim
como também era início de Hortência, Paula, com quem joguei e encontrei
durante este período."
"Naquela época nós jogávamos por não termos outra opção cultural e social no
interior e portanto não fazíamos outra coisa a não ser estudar e jogar,
treinar duro 2 vezes ao dia. Tínhamos um excelente time e estive há 2
semanas em Florianópolis com a Selma, que não via há 20 anos no mínimo, e
lá revimos fotos, medalhas, etc., pois até hoje, apesar da distância que
nos separou estes anos todos, somos bem amigas. Eu vivi fora do Brasil
durante 16 anos, retornei do Canadá no ano passado, onde vivi por12 anos."

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