terça-feira, 20 de agosto de 2002

JACQUELINE FALA!

Oito 8 Perguntas Para a Número Quatro 4 da Seleção




Sem dúvida, a maior surpresa nessa fase inicial de preparação, a armadora Jacqueline Godoy fala com exclusividade ao Painel, sobre esse retorno à camisa verde-e-amarela.

P.S: Não sei se conseguirei, mas queria falar com todas as atletas da seleção, inclusive as já cortadas, e comissão técnica para abrir o leque das discussões nessa véspera de Mundial da China.

1- Como foi reestrear na seleção brasileira adulta depois de 4 anos nos Estados Unidos?


Primeiro foi muito importante o Barbosa ter acreditado em mim e ter me convocado. Como ele não teve oportunidade de me ver jogando, a convocação foi baseada em comentários e estatísticas, o que nem sempre diz a verdade. Reestrear na seleção é sempre bom, mas o mais importante é estar participando ativamente do grupo e estar tendo a chance de jogar. E apesar do Barbosa estar sempre “pegando no meu pé”, isto tem me ajudado muito. Acho importante ter este feedback do técnico.

2 – Que avaliação você faz das suas atuações ?

Acho que fui bem. Lógico que apresentei altos e baixos, mas nesta fase de treinamento isto é normal. Creio que após quatro anos jogando os Estados Unidos, passei a entender e aprimorar muitas outras facetas relevantes a posição de armadora, que as vezes passam desapercebidas pra muitas pessoas.

3 – Qual a sua maior dificuldade na seleção?

Bom, extra quadra é a concentracao. Essa rotina de Hotel / Quadra / Hotel / Quadra e desgastante. Mas isto é uma coisa minha, que eu nao gosto. Na quadra, é a falta de entrosamento com muitas das meninas. Um dos motivos é que nos Estados Unidos o estilo de jogo é diferente, e outro é que nunca joguei com a maioria delas. Tirando a Silvinha, com a qual treinei na seleção brasileira juvenil, a Paty ( Sta Barbara) e a Adriana (Unimep), as outras eu não tive chance de jogar junto. Então às vezes as coisas não acontecem como queremos.

4- Como está sua adaptação ao restante do grupo? Qual e o clima dessa seleção ?

Muito boa!!! Este grupo é muito fácil de lidar e tranqüilo de conviver. Eu estou me divertindo muito com essas meninas mais novas. O clima, apesar de ser seleção, está muito bom. Existe muito respeito entre as jogadoras. Uma pena a Kátia ter ido embora, pois ela realmente anima qualquer grupo !!!

5- O que há de melhor dentro de quadra nessa seleção ?


Acho que há varios fatores. Mas principalmente a vontade do grupo em aprender e melhorar e tambem a “humildade” de aceitar seus próprios erros. Ninguém fica querendo justificar um erro acusando outra jogadora. Isso acaba contribuindo muito para o bom clima do grupo. Por exemplo, comigo aconteceu de uma das pivôs pedir para o João tirar erros da minha estatística, pois ela que não havia segurado a bola. Isso pode nao parecer importante, mas cria um clima de confiança e união no grupo.

6- O que precisa melhorar até o Mundial da China?

Não quero ficar em cima do muro, mas é dificil fazer este tipo de comentário. Acho que quando o grupo estiver formado ficara mais fácil visualizar o que deve ser melhorado.

7- A Argentina foi um bom adversário para o Brasil ?

Acredito que sim. O Barbosa teve chance de avaliar as jogadoras e nós tivemos a oportunidade de jogar. A rivalidade entre Brasil e Argentina, em qualquer esporte, também foi um fator importante. Nós sabíamos que elas sempre estariam prontas pra tentar ganhar. Mesmo os dois primeiros jogos tendo sido mais fáceis, o terceiro complicou.

8- Quais suas expectativas para a definição do grupo?

Expectativa é sempre grande! E todas as meninas querem ir ao mundial, mas ainda tem muita coisa pra acontecer e muita menina pra chegar. Eu pessoalmente estou fazendo meu melhor. Se eu acho que eu devo ir!? LÓGICO, se eu não acreditar em mim, quem vai!?!?!?! Hahahaha

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