quarta-feira, 25 de setembro de 2002

BRASIL VENCE E FICA EM 7º LUGAR. ESTADOS UNIDOS É BICAMPEÃO

Nanjing / China – Na rodada final do 14º Campeonato Mundial de Basquete Feminino, o Brasil venceu a França, atual campeã européia, por 74 a 65 (47 a 32 no primeiro tempo) e garantiu o sétimo lugar, com seis vitórias e três derrotas. A cestinha da partida foi a pivô Cintia Tuiú, com 20 pontos e 10 rebotes. Na disputa da medalha de ouro, os Estados Unidos derrotaram a Rússia por 79 a 74 e conquistaram o bicampeonato invicto. A Austrália ganhou da Coréia do Sul por 91 a 63 e ficou com a medalha de bronze. Já a Espanha superou a China por 91 a 72 e terminou na quinta colocação. A delegação brasileira retorna ao país nesta sexta-feira, desembarcando às 19:40 horas, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo (Lan Chile 756).

— A vitória de hoje foi importante porque apesar do sétimo lugar mostramos que a equipe tinha todas as condições de brigar por uma medalha e pelo título. Das seis vitórias é importante destacar três: uma sobre a Austrália (medalha de bronze), a outra sobre a campeã européia (França) e a terceira sobre a campeã asiática (China). Sofremos três derrotas sendo duas por apenas um ponto (Coréía e China). Isso mostra que a equipe teve uma regularidade e a classificação final foi decidida no detalhe. Das seleções que terminaram na nossa frente, somente Estados Unidos (nenhuma derrota), Rússia e Austrália (duas derrotas) tiveram campanha melhor do que a nossa. O grupo está de parabéns porque soube superar uma série de dificuldades com muita união e determinação. Vou repetir mais uma vez, com exceção dos Estados Unidos o Mundial teve sete seleções no mesmo nível. Isso comprova o grau de dificuldade e equilíbrio da competição — analisou o técnico Antonio Carlos Barbosa.

— É claro que queríamos uma colocação melhor já que nos últimos anos o Brasil figura entre os três ou quatro primeiros colocados. Jogamos de igual para igual com todas as equipes, exceto contra a Espanha que esteve num dia mais feliz e nos venceu por dez pontos. Com certeza, os dois desfalques (meu e da Micaela) quebraram a estrutura do time e isso acabou pesando no conjunto. De qualquer forma, esse grupo é muito bom, fizemos da união a nossa força e toda equipe, jogadoras e comissão técnica, estão de parabéns. O sétimo lugar não tira os nossos méritos e a brilhante campanha. O Brasil continua sendo uma das potências do basquete feminino e daqui a dois anos vamos brigar por uma medalha nas Olimpíadas de Atenas — comentou a ala/armadora Helen.

— Fizemos um bom trabalho e o sétimo lugar não expressa o nosso desempenho. Perdemos dois jogos por um ponto e poderíamos ter disputado uma medalha. O grupo esteve unido em todos os momentos sempre buscando a melhor forma de jogar. Da minha parte, procurei dar a minha parcela de contribuição sempre pensando na equipe e tenho certeza que esse foi o pensamento de todas as jogadoras — disse a pivô Alessandra, terceira reboteira do Mundial com a média de 8.1 por jogo.

— Somos vencedoras e sempre queremos vencer. Na realidade o resultado final não era a nossa expectativa. Enfrentamos equipes do mesmo nível e perdemos dois jogos num dia que as outras equipes foram mais felizes. Isso faz parte do jogo. Voltamos de cabeça erguida com a certeza de que tentamos fazer o melhor em cada partida. A seleção está de parabéns porque teve brio, união e muita garra — declarou a ala Janeth.

BRASIL (25 + 22 + 17 + 10 = 74)
Adrianinha (1), Silvinha (8), Janeth (16 e 8 rebotes), Cintia Tuiú (20 e 10 rebotes) e Alessandra (7). Depois: Claudinha (9), Adriana Santos (0), Iziane (3) e Kelly (10). Técnico: Antonio Carlos Barbosa.

FRANÇA (16 + 16 + 9 + 24 = 65)
Catherine Melain (15); Edwige Lawson (7); Audrey Sauret (10); Loetitia Moussard (6) e Nicole Antibe (13). Depois: Laure Savasta (0); Sandra Le Drean (5); Nathalie Lesdema (0); Lucienne Berthieu (3); Dominique Tonnerre (2) e Sandra Dijon (4); Técnico: Alain Jardel.

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