quarta-feira, 30 de abril de 2003

Cintia Tuiú faz se primeiro treino em Americana e analisa os cinco anos que jogou fora do Brasil

Americana (SP) – Após cinco anos jogando na Europa, a pivô Cíntia Tuiú, que retornou ao país para atuar pelo Unimed/Americana, realizou nesta terça-feira (29/04) seu primeiro treino na nova equipe, que está disputando o segundo turno do Campeonato Paulista feminino de basquete 2003.

Cintia Tuiú deixou o Brasil em 1998, quando atuava pelo BCN/Osasco, mas nem chegou a jogar em virtude de uma cirurgia de ligamento cruzado no joelho esquerdo. Logo após se recuperar, Cíntia decidiu jogar fora do país e ficou três meses em Portugal, atuando pelo Santarém. “Com o ranqueamento fiquei sem equipe no Brasil e fui para Portugal, onde ainda estava retomando meu condicionamento físico por causa da cirurgia”, lembra.

Após a pequena passagem por Santarém, Cíntia trocou Portugal pela Itália e jogou uma temporada em Bari (98/99). Depois, seguiu para Treviglo, onde ficou três anos (2000/01/02) e, por fim, defendeu Cus Chieti (02/03) na última temporada – todas equipes de Primeira Divisão. “Na Europa eles valorizam muito a defesa e o contato físico. Aprendi muito e meu jogo também mudou”, comentou.

A boa temporada pelo Treviglo garantiu a Cíntia o quarto lugar no draft da WNBA em 2000, pela equipe do Orlando Miracle. Titular logo na primeira temporada, Cíntia foi um dos destaques da Liga, ficando entre as três melhores jogadoras em tocos (atrás apenas da gigante de 2m16, a polonesa Margo Dydek, e da estrela norte-americana Lisa Leslie), e ainda teve seu nome lembrado para o All-Star Game.

“WNBA eu vivi no primeiro ano. Meu sonho de WNBA eu realizei em 2000. É óbvio que eu quero voltar a disputar a liga no próximo ano mas, se não der, não terei problemas quanto a isso”, disse. “No meu primeiro ano pude mostrar minha melhor forma e ajudar minha equipe. Nos outros dois anos, por decisões técnicas e por causa da minha cirurgia no joelho, tive meu desempenho prejudicado”, analisou.

Neste ano, Cíntia preferiu voltar ao Brasil e não atuar na liga norte-americana. “Já tinha esse plano desde o ano passado. Precisava descansar um pouco, já que há três anos minha rotina é Europa, WNBA e Seleção. Tenho de pensar na minha carreira e me poupar um pouco. A contusão que tive no ano passado no menisco foi por stress, então eu precisava de um repouso”, disse a jogadora de 28 anos.

SELEÇÃO

Cíntia entrou no programa de repatriamento lançado pela CBB e disputará os Jogos Pan-Americanos em Santo Domingo, na República Dominicana, e o Pré-Olímpico, no México. “É muito importante para a Seleção que as jogadoras possam ter um tempo de treinamento juntas. Em 2000, apenas eu, a Claudinha, a Janeth e a Alessandra estávamos fora do país e conseguimos um bronze em Sydney. Mas agora temos cerca de 10 jogadoras atuando no exterior e isso dificulta a preparação”, disse. “Por mais que tenhamos um grupo talentoso individualmente é preciso o um tempo de treino junto por causa do entrosamento”, analisou.

AMERICANA

A última competição de Cíntia Tuiú defendendo um clube no Brasil foi em 1996, quando disputou a Taça Brasil pela equipe do BCN/Piracicaba. “Quero muito ser campeã aqui em Americana. Temos um grupo jovem, mas com jogadoras experientes, que já assumem responsabilidades em uma equipe desde cedo, bem diferente da Europa”, disse.



O grande adversário de Cíntia Tuiú nesse seu retorno ao Brasil tem sido o forte calor. Acostumada com temperaturas que variam de 5 a 8 graus, a pivô da seleção ainda está se adaptando ao clima brasileiro. “O calor aqui é muito complicado, parece que a gente cansa mais rápido. Na Itália eu quase não transpirava, já aqui o calor desgasta bastante”, diverte-se Cíntia, que fará sua estréia pela nova equipe no próximo dia 06, quando o Unimed/Americana enfrenta em casa a equipe de São Caetano.


segunda-feira, 28 de abril de 2003

UNIMED/AMERICANA VENCE NA ABERTURA DA RODADA


O Unimed/Americana derrotou o Databasket/São Bernardo, neste domingo (27 de abril), no ginásio Poliesportivo de São Bernardo, no Grande ABC, por 95 a 59 (57 a 38 no primeiro tempo), em partida que abriu a segunda rodada do returno da primeira fase do Campeonato Paulista Feminino da Série A-1.

As cestinhas da partida foram Tayara, 20 pontos, Maristela, 12 pontos e 07 rebotes, pelo Databasket/São Bernardo, Lilian, 15 pontos, e Adrianinha (foto), 13 pontos e 06 rebotes, em favor do Unimed/Americana.

A rodada será complementada na terça-feira (29 de abril) com São Paulo/Guaru x AD Santo André e na quarta-feira (30 de abril) Ourinhos/Unimed/Pão de Açúcar x Santa Maria/São Caetano.

Entrevista da Adrianinha



domingo, 27 de abril de 2003

FAVORITOS NÃO DECEPCIONAM

A primeira rodada do returno da primeira fase do Campeonato Paulista Feminino da Série A-1 foi disputada nesta quinta-feira (24 de abril) com a realização de três partidas, todas disputadas no período noturno. As equipes favoritas não esmoreceram e confirmaram o favoritismo.

O Ourinhos/Unimed/Pão de Açúcar manteve o seu bom posicionamento ao superar a AD Santo André, no ginásio Municipal Pedro Dell’Antonnia, em Santo André (SP), por 84 a 63 (43 a 23 no primeiro tempo). As principais pontuadoras foram Patrícia (19 pontos e 09 rebotes), pelo time da casa, Aide - foto - (17 pontos) e Eliane (17 pontos e 10 rebotes), em favor do visitante.

O Unimed/Americana também se manteve entre os ponteiros ao derrotar o São Paulo/Guaru, no ginásio Centro Cívico, em Americana (SP), por 115 a 62 (57 a 21 no primeiro tempo), com tranqüilidade. As maiores anotadoras foram Kae (37 pontos), pelo Unimed/Americana, e Karla (20 pontos), pelo São Paulo/Guaru.

E, fechando a rodada, o Santa Maria/São Caetano fez valer o fato de jogar em casa, na cidade de São Caetano do Sul (SP), e superou o Databasket/São Bernardo por 90 a 68 (40 a 39 no primeiro tempo), no Clássico do Grande ABC. As cestinhas da partida foram Fernanda B. (23 pontos), pelo Santa Maria/São Caetano, e Sobral (17 pontos e 05 rebotes), em favor do Databasket/São Bernardo.

Parabéns!

A jogadora Lilian, de Americana completou 24 anos no dia 25. Felicidades!!

Desfalque no mundial sub 21 e no Pan-Americano

A armadora Helen e a ala-armadora Iziane irão disputar a WNBA neste ano e não defenderão o Brasil no Pan-Americano de Santo Domingo (República Dominicana), que será em agosto.

Helen, que está atuando pelo Filtros Mann (Espanha), irá retornar ao Washington Mystics. Iziane, do Aix-en-Provence (França), tem propostas de várias equipes.

"Phoenix, Seattle e Connecticut estão interessados na Iziane. Com o fim do Miami Sol, ela tornou-se agente livre, com direito de escolher a equipe que irá defender", contou o espanhol Nicolás San Jose García, agente da brasileira.

Iziane está em Samara, na Rússia, onde hoje sua equipe disputa uma das semifinais da Euroliga contra o Ano Liosia, da Grécia.

A Confederação Brasileira de Basquete pretendia trazer de volta ao país oito atletas para treinarem com a seleção a partir de junho.

Conseguiu o retorno de quatro: a armadora Adrianinha e as pivôs Kelly, Cíntia Tuiú e Alessandra.

A outra metade estará em ação na WNBA. Além de Helen e Iziane, o Brasil terá a ala Janeth (Houston) e a pivô Erika (Los Angeles) atuando na liga dos EUA.

"Tenho um contrato em vigor e minha técnica [Marianne Stanley] conta comigo para esta temporada. Não seria correto abandonar o barco", afirmou Helen.

As quatro jogadoras estão fora do Sul-Americano do Equador, que será em junho, e do Pan-Americano. Elas só devem se apresentar ao técnico Antonio Carlos Barbosa em setembro, às vésperas do Pré-Olímpico do México, que irá classificar uma seleção para os Jogos de Atenas-2004.

Erika e Iziane também estão fora do Mundial sub-21, que será na Croácia, de 25 de julho a 3 de agosto. "Respeito a decisão delas, mas lamento. Elas fariam um grande Mundial", disse o técnico Paulo Bassul, que irá dirigir o time brasileiro na competição.

"Tenho que colocar o time para jogar em seu limite. Sem elas, o limite é mais baixo", completou.

sábado, 26 de abril de 2003

Boas notícias para o basquete

Como muitos já devem saber, uma das grandes novidades na WNBA neste ano é a volta da lenda Teresa Edwards, que vai disputar a temporada 2003 pelo Minessota Lynx, time de Abrossimova e Katie Smith. Parece que os times estavam receosos de escolher, no darft, uma veterana beirando mos 40 anos. O Lynx, no entanto, teve mais coragem e deve ter um plano de dar identidade ao time com base na experiência de jogadoras veteranas, já que a técnica é Suzie MacConnel Serio, ex-jogadora dos Rockers que já possui uma medalha de ouro e uma de bronze com a seleção norte-americana nas olimpíadas.
Outro destaque curioso foi a seleção de Marion Jones, que ganhou várias medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos, representando os EUA no atletismo. Em 2000, pouco antes de Sydney, ela dizia que o sonho dela era disputar as Olimpíadas tanto pela equipe de Atletismo quanto pela de Basquete. Acho meio difícil ela realizar tal sonho, mas pelo menos agora pode sentir o gosto de jogar basquete profissionalmente.

Agora, A melhor notícia!!

Leila voltará as quadras para disputar o paulista pelo Santo André. Leiam notícia publicada no UOL:

Leila abandona aposentadoria para jogar pelo Santo André

A ala/pivô Leila Sobral decidiu abandonar a aposentadoria para defender o Santo André no final da temporada de 2003. A apresentação da jogadora será nesta terça-feira, às 10h, no Salão Nobre do Paço Municipal de Santo André.

Irmã de Márcia e Marta Sobral, Leila iniciou carreira em Santo André aos sete anos de idade. Defendendo a seleção brasileira, a jogadora conquistou campeonatos sul-americanos, pan-americanos, foi vice-campeã olímpica em Atlanta, em 1996, e foi campeã do Mundo na Austrália, em 1994. Naquele campeonato, Leila jogou muito bem e foi escolhida como a revelação do Mundial.

"A Leila estava parada há quase três anos e decidiu retornar na nossa equipe, já que ela se formou aqui. Ela é uma jogadora acima da média e assim que readquirir o ritmo de jogo será de extrema importância para o nosso time", disse a técnica do Santo André, Laís Elena.

quinta-feira, 24 de abril de 2003

WNBA está aparentemente salva

Parece que a temporada da WNBA salvou-se de vez. Hoje à tarde, a liga realizou o chamado draft de dispersão. Os 14 times que disputarão a temporada 2003 tiveram o direito de selecionar uma jogadora dos dois times que fecharam de vez: Miami Sol e Portland Fire. Eis as escolhas:

1 Detroit Shock - Ruth Riley
2 Minnesota Lynx - Sheri Sam
3 Cleveland Rockers - Betty Lennox
4 Phoenix Mercury - Tamicha Jackson
5 Sacramento Monarchs - DeMya Walker
6 Connecticut Sun - Debbie Black
7 Indiana Fever - Sylvia Crawley
8 Washington Mystics - Jenny Mowe
9 Seattle Storm - Alisa Burras
10 Charlotte Sting - Pollyanna Johns Kimbrough
11 New York Liberty - Elena Baronova
12 San Antonio Silver Stars - LaQuanda Barksdale
13 Houston Comets - Ukari Figgs
14 Los Angeles Sparks - Jackie Stiles

O draft de novatas deve acontecer amanhã, às 15 horas de Brasília.

quarta-feira, 23 de abril de 2003

Janeth acerta permanência na WNBA

A ala Janeth acertou nesta quarta-feira sua permanência na WNBA. A jogadora irá defender novamente o Houston Comets na liga norte-americana, que acertou o novo contrato coletivo de trabalho com a associação das jogadoras.

A atleta havia recebido proposta do São Paulo-Guaru, mas preferiu ir para o Houston, que ofereceu proposta mais vantajosa.

Janeth é a primeira estrela da seleção brasileira que confirma seu contrato com a WNBA. A Confederação Brasileira de Basquete ainda tenta repatriar as principais jogadoras do país pensando na preparação para o Pré-Olímpico do México, em setembro.

Duas atletas já acertaram seu retorno ao Brasil. A armadora Adrianinha e a pivô Cíntia irão reforçar o Americana. As duas disputam o Paulista, que termina em maio, e depois ficam à disposição da seleção. Outra atleta do time nacional, a ala Silvinha, acertou contrato com o Ourinhos.

"É um ano importante para a seleção e decidi ficar no país", afirmou Adrianinha, que tinha proposta do Phoenix Mercury.

domingo, 20 de abril de 2003

Dizem...

Sabe o que dizem os boatos pós-pascoais?

Uma inusitada surpresa poderia surgir no segundo turno do Paulista.

O nome da surpresa é Cíntia Tuiú, há quase 5 anos jogando na Europa, que tá-namorando-tá namorando-tá-namorando com a Unimed/Americana e podem acabar ficando nesse resto de campeonato...
Time de Helen perde a primeira

Na primeira partida do play-off semifinal da Liga Espanhola, o Zaragoza de Helen Luz perdeu em casa para o Barcelona por 113 a 106.

Helen ficou apenas nos 6 pontos, em 38 minutos de jogo, além de 3 rebotes e igual número de assistências.

As cestinhas foram Kedra Holand, do Barcelona, com 31 pontos e Elena Tornikidou, do Zaragoza, com 28.

Na outra série, se enfrentam o Ros Casares e o Canarias.

Assim, na primeira divisão espnhola, a única brasileira em atividade é Helen. Silvinha, Katião, Renata Oliveira e Flávia já encerram suas participações.

quinta-feira, 17 de abril de 2003

A bola que insiste em não cair na cesta...

Não sei se ainda tenho a mão, mas confesso estar lisonjeado com as freqüentes manifestações de carinho e declarações de saudade. Fico igualmente feliz de perceber que ainda incomodo, apesar de se aproximar o terceiro mês do meu (temporário) afastamento do blog, já que ainda tem gente brincando de detetive e errando (hehehe). Já dizia Raulzito: eu sou a mosca que posou na sua sopa.

Mas enfim não quero gastar a oportunidade de riscar novas palavras para tratar de velhos assuntos.

E o que interessa aqui, por ora, é basquete, e basquete feminino.

Talvez não saiba nem por onde começar.

Já dizia minha vó, que quando a gente não sabe por onde começar, o mais prudente é começar pelo começo.

E acho que acabei por nunca contar o começo de tudo pra mim.

O ano eu não esqueci: 1991. O mês acho que agosto. Dia? 09, talvez. Ou 11? Lembro que era um domingo. Domingo quente. Estava voltando da casa da minha vó. Afinal, era domingo. Dia de almoço em família. Eu, 12 anos. Nunca tinha visto um jogo de basquete na minha vida. Ai de quem ousasse me perguntar quantos atletas formavam um time de basquete. Talvez dissesse 11. Era um domingo como outro qualquer. E eu confesso: naquela época, era chegado numa programação televisiva dominical (oh, meu passado negro). Mas minha mãe, naturalmente avessa a qualquer evento esportivo na televisão estava curiosa. Chegou em casa e foi logo contando que ouvira a semana toda sobre as maravilhas que Paula e Hortência vinham fazendo em Cuba, no Pan-Americano. Paula? Hortência? Já tinha ouvido falar, mas exatamente quem elas eram...não fazia a mínima idéia. Fiquei meio decepcionado, mas tinha a certeza de que em cinco minutos minha mãe acharia aquele espetáculo entediante e eu passaria a comandar os rumos do controle remoto. Ledo engano. No início, estranhei aquele jogo veloz, dinâmico, aquele "toma-lá, dá-cá"; que rapidamente (eu não sabia) foi me seduzindo. O Brasil ganhou, eu fiquei feliz...A vida continuava, com a diferença que agora eu sempre ficava de olho pra ver se apareceriam outros jogos na Tv. E assim, fui... Me lembro vagamente de assistir alguns jogos na Bandeirantes: o I Mundial Interclubes.

Depois de algum tempo, me lembro da divulgação espantosa do anúncio do patrocínio da Leite Moça ao time de Hortência, em Sorocaba. Estava contaminado. A seleção veio a Goiânia; acho que era contra a Bulgária. Preparação para o Pré-Olímpico. Um texto sobre o jogo foi minha tarefa, melhor, meu homework, no curso de inglês daquela semana. E a explosão veio no Pré-Olímpico de Vigo. Quem não viveu aquilo, pode não acreditar. Mas por um breve período, o Brasil brincava de respirar basquete feminino. Era o assunto do dia, nas reuniões. Aquela cesta, aquela vacilada, aquele drible, a eterna discussão de quem seria melhor: Paula ou Hortência? Discussão infinita. A vaga veio e a exposição aumentou. Discutia-se até a gripe de Hortência na véspera da abertura do Pré-Olímpico Masculino, quando brasileiras e americanas se enfrentariam "amistosamente". Veio o gosto amargo de uma decepcionante campanha em Barcelona. Sofri assistindo a cada jogo. Achava que o basquete ia acabar ali, que tinha sido só um efêmero brinquedo. Até eu mesmo já estava a fim de aposentar a minha bola (uma Penalty horrenda listrada de roxo e amarelo). E o fim parecia mesmo estar anunciado. Tive a certeza absoluta disso ao abrir um jornal, ainda em 1992, em que matéria da Agência Estado anunciava: "CONTUSÃO NO JOELHO AMEAÇA A CARREIRA DA RAINHA HORTÊNCIA". Dizia o repórter: "Uma lesão irreversível no joelho direito ameaça encerrar a carreira de Hortência, considerada a mais completa jogadora de basquete brasileira de todos os tempos."... "Espero jogar mais duas temporadas", dizia a Magrela.

Pra mim, estava decretado o fim. Eu tinha descoberto Hortência e seu basquete, quando ela dizia estar prestes a se aposentar. O que poderia fazer? Não sei movido por que comecei a colecionar tudo que dizesse respeito a basquete e a Hortência, como se pudesse atenuar a tristeza que sua despedida provocava em mim. Recortes, jogos, fotos, tudo me interessava.

E pra quem achava que o fim estava próximo, hoje vejo que era só o começo. Ainda vi Hortência jogar muito, ser campeã mundial e vice-olímpica. Ela se aposentou e a paixão ficou e até se intensificou, como nem eu mesmo esperava.

Bem, você, caro leitor deve estar se perguntando por que eu estou fazendo esse longo relato de fatos passados.

Por que agora, novamente, parece que o fim está se aproximando...

O basquete foi novamente sepulcrado em outras praças que não São Paulo. As iniciativas cariocas e paranaenses não passaram de chuvas de verão.

O campeonato de maior visibilidade no momento é de uma pobreza medonha. Formado por apenas seis cambaleantes (umas mais, outras menos) equipes, o Paulista tenta se segurar. A falta de recursos é tanta que ao menos resta a esperança de equilíbrio. Mas nada muito sedutor. Tanto que eu, paulista recém-convertido e basquetemaníaco convicto, ainda não me animei a sair de casa uma só vez pra assistir um jogo. Chico César e Daúde no SESC Vila Mariana ou Mônica Salmaso no SESC Ipiranga me pareceram infinitamente mais sedutores. Assim como eu, a Tv também não se interessa por esse torneio-de-6-times.

O primeiro turno já até se encerrou. Com equilíbrio, pelo menos. Mas com poucas novidades no cenário. Americana e Ourinhos mais uma vez largaram na ponta, as equipes mais sólidas nesses últimos anos. O campeão nacional São Paulo-Guaru entrou desmontado na competição, sem suas duas pernas: Janeth, a direita e Érika, a esquerda e amarga a lanterna da competição, com uma coleção vexatória de cinco derrotas. Nada que não possa ser revertido caso uma ou as duas pernas sejam recontratadas. Enfim, acontecimentos que tiram a graça até de ver o time jovem de São Caetano se apresentando bem, assim como do retorno de Vendraminni.

Nossas maiores estrelas estão todas no exterior. Cada uma espalhada por um canto, cada vez mais jovens, peregrinam por times e países a cada seis meses em busca da sobrevivência. Com mais ou menos sucesso, elas têm conseguido. Pra quem gosta delas, o panorama é o mesmo: poucas (ou nenhuma?) notícias, transmissão pela TV nem pensar.

Até a WNBA que parecia tão sólida, em que pelo menos temos mais informações, alguns jogos na TV, está ameaçadinha.

Tudo isso em um ano cheio de compromissos.

E aí ainda temos que aguentar essa balela de repatriamento do Grego. Um arremedo de idéia de conteúdo absurdamente demagógico, incoerente, que visa apenas minutos na televisão ou centímetros no jornal. Faça-me o favor. Tão mal conduzida que cada semana a posição é uma. E temo que caso a WNBA seja cancelada ou não contrate as brasileiras, tenhamos que ver o sorriso made in greece na TV apertando a mão das atletas e bradando: "Repatriei-as!". Me poupe.

A CBB nunca moveu uma palha pelas atletas brasileiras que estão no exterior. Certamente, desconhece o paradeiro de mais da metade delas. Tanto que afirma em seu site que Érika está na Espanha...Agora com o fracasso no Mundial, a entidade vem posar de boa samaritana?

Isso sem mencionar que a entidade nem patrocínio tem... Apesar de Grego sempre dizer que tem boas novidades pra apresentar, parceiros que podem surgir (lembram-se no debate da ESPN?); essa semana ele estava extendendo o pires pra Caixa Econômica Federal, que pelo menos dessa vez foi polida e não esculachou o basquete, como quando do fim do contrato entre ela e a CBB.

No meio desse salve-se quem puder, duas despedidas que não podem passar em branco: Claudinha e Adriana. Não sei se a decisão de ambas vai se manter, mas que é sinal de que coisas precisam ser repensadas, ah, isso é... As duas saem da seleção sem grandes apresentações com a camisa amarela. Adriana paga o pato de sempre ter contado com duas concorrentes desleias: Hortência e Janeth. Depois, ficou encavalada na transição entre essas duas e a nova geração: Silvinha, Lílian, Micaela, Leila, sem definir sua posição. Acaba saindo da seleção, onde seu melhor momento talvez tenha sido a partida contra as russas em Sydney. Claudinha foi prejudicada pela indefinição de Barbosa quanto às suas armadoras. Pouco usada no Mundial de 98, quando podia ter sido uma opção à má-fase de Helen e ao rendimento abaixo da média de Silvinha na armação, depois encurralada na indefinição da armadora titular (a própria ou Helen) em 2000, e agora prejudicada pela sombra de Adrianinha, com quem guarda semelhanças no estilo de jogo, Claudia sai de cena cedo na seleção. Mas o futuro dirá mais sobre essas decisões...

Por falar em futuro, Bassul anunciou a seleção sub-21, e trata-se certamente de um belo time. A campanha no mundial vai depender não só da sorte, já que o grupo do Brasil é forte, mas também da confirmação das presenças de Érika e Iziane, nomes certos também no time adulto.

Mas voltando ao começo, quando eu achava que era o fim, boas surpresas vieram me provar que eu estava errado.

Agora que o clima do basquete nacional se parece com reprise de último capítulo de novela da Globo no sábado, quem sabe algum casamento, revelação ou nascimento salve o enfadonho enredo, ou quem sabe o próximo autor inicie uma trama com mais açúcar e menos sabor mexicano.

Feliz Páscoa!
Atenção

O Beto (bbetinho13@hotmail.com) procura duas pivôs brasileiras entre 19 e 22 anos, que queiram jogar nos Estados Unidos.

Procuras

Procuro uma amiga , a Dani , ela jogou na equipe de basquete de Santo André em 1990 , no time adulto , a técnica era a Laís Elena Aranha Silva .

O nome dela é Danieli , eu só sei isso .

Precisaria do sobrenome dela , será que poderiam me ajudar , se não eu não consigo localiza-la .

Por favor ,

Fico no aguardo ,

Fabiana
Helen

HELEN BUSCA A PRIMEIRA VITÓRIA NA SEMIFINAL

A brasileira Helen Luz começa neste domingo (20/04) a disputar uma vaga na final da Liga Espanhola de Basquete. Sua equipe, o Filtros Mann enfrenta, às 8h30m (de Brasília) o Universidade de Barcelona na primeira partida da série melhor-de-três. O jogo será realizado no ginásio Príncipe Felipe, em Zaragoza. Na outra semifinal, Ros Casares e Casa Rural Canárias lutam pela vaga na final.

No confronto entre as duas equipes nesta temporada, o Filtros Mann leva vantagem. Jogando em casa derrotou o Barcelona por 80 a 73 e venceu, novamente, na casa do adversário por 89 a 95.

Apesar do retrospecto favorável, a armadora prefere adotar a cautela e não apostar em favoritismo.

?Será uma série muito equilibrada e sem favorito. As duas equipes vão fazer de tudo para chegar à decisão do título. Se jogarmos concentradas e conseguirmos aproveitar ao máximo todas as oportunidades, minimizando nossos erros, nossa equipe tem grandes chances de beliscar uma vitória?, disse Helen, que espera contar com o apoio da torcida.

?O fato de jogarmos a primeira partida em casa pode ser um ponto a nosso favor. De certa forma, nos dá certa tranqüilidade para iniciarmos este play-off. Nossa torcida costuma prestigiar e lotar o ginásio. Espero que desta vez não seja diferente. Eles podem ser o sexto jogador em quadra?, finalizou.

Na fase de classificação, o time de Helen terminou na vice-liderança e o Barcelona foi o terceiro colocado.

O segundo confronto da série está marcado para o dia 29 (terça-feira) na casa do adversário.

Fofoca Pascoal

Unimed/Ourinhos e São Paulo/Guaru disputam grama a grama quem manda nesse domingo o ovo de páscoa mais pesado para a estrela Janeth Arcain.
J.A.

Trecho da coluna de Juarez Araújo:

A coisa está feia para a WNBA. A crise não é só aqui. Lá nos Estados Unidos, se não sair um acordo entre as equipes, é possível que não aconteceça até a temporada 2003. O draft, aquele que escolhe as novas jogadoras para cada equipe, já foi cancelado. Agora só falta a temporada. Afinal de contas não está havendo acordo entre a Associação das Jogadoras e a Associação de Clubes. Se acontecer, quem vibrará com isso será o técnico da Seleção Brasileira, Antônio Carlos Barbosa. O Brasil tem sete jogadoras atuando na WNBA.



No Aol Esportes

quarta-feira, 16 de abril de 2003

WNBA

da gazeta esportiva


Draft é adiado e temporada 2003 está ameaçada


Nova York (EUA) - A falta de acordo entre empresários e jogadoras pode cancelar a temporada 2003 da Liga Profissional Norte-americana Feminina de Basquete (WNBA). A primeira prova foi o adiamento do draft (recrutamento das jogadoras universitárias ou estrangeiras), que estava marcado para ser realizado nesta quarta-feira.
A Liga anunciou que definirá até sexta-feira a realização ou não da temporada. Para isso, a Liga e a Associação das Jogadoras da WNBA precisam chegar a um acordo salarial.

As atletas pedem reajuste no salário, enquanto os proprietários das franquias defendem a manutenção ou até redução dos vencimentos, mas com um prazo de contrato maior. Segundo a associação, o piso salarial de uma caloura é de US$ 30 mil, enquanto uma atleta com, pelo menos, uma temporada recebe US$ 40 mil por um contrato de quatro meses.

A WNBA alega que os valores, na verdade, chegam a US$ 60 mil de média, US$ 14 mil a mais do que a média apresentada pela Associação das Jogadoras. A Liga anunciou que se não houver acordo, a temporada será cancelada. O Brasil conta com sete atletas na WNBA. Neste ano, as jogadoras Adrianinha, Janeth, Helen, Cíntia Tuiú, Iziane, Érika e Kelly devem disputar a competição, que tem início programado para 22 de maio.

Indefinição aumenta chances de brasileiras ficarem no país


São Paulo (SP) - A possibilidade da temporada 2003 da liga norte-americana feminina de basquete (WNBA) não sair do papel pode ter um efeito positivo para o Brasil. Segundo a agente das jogadoras Janeth e Érika, Karine Batista, o impasse aumentou as chances das duas ficarem no país durante o período de preparação da seleção nacional para seus compromissos internacionais desta temporada.
A WNBA enfrenta um impasse na negociação entre as franquias (equipes) e as jogadoras. As primeiras pedem a manutenção atual dos salários, ou até mesmo sua redução, enquanto as atletas reivindicam aumento. Por causa da falta de acordo, nesta terça-feira, a diretoria da liga anunciou oficialmente o adiamento do draft (escolha de novatas) e deixou claro que, caso as negociações não sejam concluídas até sexta, o torneio pode não ser realizado.

Janeth e Érika são duas das atletas nacionais com propostas para disputar a competição. 'As negociações começaram em março. Faltava só a assinatura (do contrato)', diz Karine, que acha pouco provável que o torneio seja cancelado. 'Acredito que isto não vai acontecer. Envolve tantos patrocinadores, que é difícil'.

De acordo com a agente, as duas jogadoras ainda conversam com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) sobre a possibilidade de, mesmo com a WNBA, ficarem no país durante a preparação. 'O desejo maior delas é ficar no Brasil e vestir a camisa da seleção. A Janeth tem o Pré-olímpico e a Érika também tem o Mundial (Sub-21, na Croácia)'.

Se tudo correr como o esperado, a resposta definitiva das atletas para a CBB será dada semana que vem. 'A Érika recebeu uma proposta oficial há 20 dias e a Janeth ainda está conversando', completa Karine. Este ano, a seleção feminina adulta participa do Sul-americano e do Pré-olímpico, procurando sua classificação para os Jogos de Atenas-2004. Érika, além do time adulto também faz parte da seleção sub-21, que vai disputar o 1º Mundial da categoria. Seu caso é igual ao da ala Iziane.

Depois do Mundial do ano passado, a CBB anunciou a intenção de bancar os salários das principais atletas da seleção para que não disputassem a WNBA e treinassem com a equipe. O objetivo era evitar o que ocorreu nas últimas temporadas, quando algumas atletas apresentaram-se apenas poucos dias antes da realização dos Jogos Olímpicos (2000) e do Mundial (2002) e não participaram da preparação.


Barbosa lamenta ameaça à WNBA


São Paulo (SP) - A seleção brasileira feminina de basquete pode sair ganhando com a não realização da temporada 2003 da WNBA, mesmo assim, o técnico Antônio Carlos Barbosa lamenta a possibilidade de cancelamento do torneio. 'Agente gostaria que não fosse resolvido por este lado', diz o treinador, referindo-se à possibilidade das jogadoras da equipe permanecerem no país treinando ao invés de jogarem nos Estados Unidos.
Para Barbosa, sem a liga norte-americana a modalidade perde em exposição. 'Não é bom, porque a WNBA dá prestígio ao basquete feminino', analisa. Na opinião do treinador, as negociações das atletas com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) estavam indo bem, o que dava margem ao otimismo quanto a suas finalizações.

'As meninas estão receptivas. Gostaríamos que viessem de maneira natural', afirma. Além de sentir a falta de um torneio de projeção mundial, Barbosa também lembra que a perda para as atletas é considerável. 'O prejuízo maior seria para as jogadoras que podem deixar de receber um bom salário durante quatro meses'.

De acordo com o treinador, o impasse nas negociações norte-americanas deixam claro que a crise no esporte é mundial. 'O futebol diminuiu salários na Europa também. Nossa crise é mais contundente, mas a crise é geral'.


PAULO BASSUL CONVOCA 20 ATLETAS PARA SELEÇÃO FEMININA SUB-21


Rio de Janeiro – A seleção brasileira feminina Sub-21 de basquete inicia no dia 12 de maio sua preparação para o 1º Campeonato Mundial da Croácia. A partir das 9 horas, as 20 jogadoras convocadas pelo técnico Paulo Bassul irão fazer exames físicos com o professor Clóvis Francescon na Escola de Educação Física da USP, em São Paulo. No dia 13, no CEMAFE, também às 9 horas, as atletas realizarão os exames médicos com o dr. Cesar de Oliveira. O Mundial será realizado de 25 de julho a 3 de agosto com a participação de 12 países. O Brasil, que está no grupo “A”, estréia contra a Croácia no dia 25. Ainda na fase de classificação, as brasileiras enfrentarão a França (26), Estados Unidos (27), Coréia do Sul (29) e Republica Tcheca (30). Na chave “B” estão a Argentina, Austrália, China, Letônia, Rússia e Tunísia.

— Nossa chave é bastante equilibrada e nenhum jogo vai ser fácil. Vamos estrear contra a Croácia, o time da casa. Não conheço bem a equipe, mas pelas estatísticas do Campeonato Europeu, pude ver que são boas jogadoras. Gostei dessa estréia, é importante que o Brasil vença esse jogo. A República Tcheca é o atual campeão mundial juvenil. A França tem um time homogêneo, que trabalha bem o conjunto. Não temos muitas informações sobre a Coréia porque eles não foram ao Mundial Juvenil, em 2001. Os Estados Unidos são os favoritos ao título. Tem uma equipe forte, com duas pivôs excelentes e uma armadora que é a MVP do basquete universitário — analisou Bassul.

De acordo com o regulamento da competição, na primeira fase, as 12 seleções jogam entre si, em turno único. As quatro primeiras colocadas de cada chave se classificam para as quartas-de-final nos seguintes cruzamentos: 1º A x 4º B, 1º B x 4º A, 2º A x 3º B e 2º B x 3º C. Os vencedores disputam a semifinal, enquanto os perdedores disputam do quinto ao oitavo lugares.

AS CONVOCADAS
ATLETA – POSIÇÃO – IDADE – ALTURA – CLUBE
Alessandra Camargo – Ala/pivô – 20 anos – 1,84m – Santa Maria/São Caetano (SP)
Ana Cristina Oliveira – Armadora – 21 anos – 1,68m - Santa Maria/São Caetano (SP)
Ana Flávia Sackis – Armadora – 19 anos – 1,69m – Unimed/Ourinhos (SP)
Cláudia Araújo Leite – Ala/armadora – 19 anos – 1,83m – Unimed/Americana (SP)
Érika Cristina de Souza – Pivô – 21 anos – 1,95m – Valencia (Espanha)
Fabiana Catunda Manfredi – Armadora – 21 anos – 1,77m – Santa Maria/São Caetano (SP)
Fernanda Bibiano – Ala/pivô – 18 anos – 1,89 – Pró-Criança/São João (SP)
Fernanda Neves Beling – Ala – 20 anos – 1,83m – Santa Maria/São Caetano (SP)
Flávia Luiza dos Santos – Ala/pivô – 21 anos – 1,87m – Unimed/Americana (SP)
Graziane Coelho – Pivô – 20 anos – 1,91m – Pró-Criança/São João (SP)
Izabela Morais de Andrade – Ala – 17 anos – 1,82m – Bauru/Comegnio (SP)
Iziane Castro Marques – Ala/armadora – 21 anos – 1,81m – Aix en Provence (França)
Juliana Belinazzo – Ala/armadora – 21 anos – 1,77m – Santo André (SP)
Karen Gustavo Rocha – Armadora – 19 anos – 1,75m – Unimed/Americana (SP)
Karina Tranquillini – Ala – 20 anos – 1,83m – BCN/Osasco (SP)
Kátia Regina dos Santos – Ala/pivô – 20 anos – 1,91m – Santo André (SP)
Nathália Gabrielli – Ala – 20 anos – 1,80m – Unimed/Ourinhos (SP)
Palmira Cristina Marçal – Ala/armadora – 19 anos – 1,76m – São Paulo/Guaru (SP)
Silvia Cristina Rocha – Ala – 21 anos – 1,83m – Unimed/Americana (SP)
Tayara Maria Pesenti – Ala/armadora – 21 anos – 1,80m – Databasket/São Bernardo (SP)

TABELA DO MUNDIAL
1ª Rodada – Dia 25 de julho
Republica Tcheca x Coréia do Sul, Estados Unidos x França, Brasil x Croácia, Rússia x China, Austrália x Letônia e Argentina x Tunísia

2ª Rodada – Dia 26 de julho
Coréia do Sul x Estados Unidos, Croácia x Republica Tcheca, França x Brasil, China x Austrália, Tunísia x Rússia e Letônia x Argentina

3ª Rodada – Dia 27 de julho
Croácia x Coréia do Sul, Brasil x Estados Unidos, Republica Tcheca x França, Tunísia x China, Argentina x Austrália e Rússia x Letônia

4ª Rodada – Dia 29 de julho
Coréia do Sul x Brasil, França x Croácia, Estados Unidos x Republica Tcheca, China x Argentina, Letônia x Tunísia e Austrália x Rússia

5ª Rodada – Dia 30 de julho
França x Coréia do Sul, Republica Tcheca x Brasil, Croácia x Estados Unidos, Letônia x China, Rússia x Argentina e Tunísia x Austrália

1º de agosto – Quartas-de-final
B2 x A3, A1 x B4, A2 x B3 e B1 x A4
Disputa do 9º ao 12º lugar
A5 x B6 e A6 x B5

2 de agosto
Disputa de 11º e 12º lugar
Disputa de 9º e 10º lugar
Disputa do 5º ao 8º lugar (perdedores das quartas-de-final)
Fase Semifinal (vencedores das quartas-de-final)

3 de agosto – Rodada final
Disputa de 7º e 8º lugar
Disputa de 5º e 6º lugar
Disputa de 3º e 4º lugar
Disputa de 1º e 2º lugar
Líder do Paulista feminino, Unimed/Ourinhos ganha dois reforços


A equipe, atual campeã do torneio, ficará ainda mais forte para as finais. Na última segunda-feira, o presidente Antônio Passos anunciou os reforços da ala Silvinha Luz, que estava Puig D´Envalls, da Espanha, e da pivô Kátia Denise da Silva, que também estava no basquete espanhol, defendendo os Filtros Mann, de Zaragoza.


AMERICANA QUEBRA INVENCIBILIDADE DO OURINHOS



A rodada final do turno da primeira fase do Campeonato Paulista Feminino da Série A-1 – 2.003 foi disputada nesta terça-feira (15 de abril) com a realização de três partidas. As equipes que atuaram em casa levaram a melhor.

O Unimed/Americana aproveitou o apoio de sua torcida para quebrar a invencibilidade do Ourinhos/Unimed/Pão de Açúcar. O time comandado pelo técnico Paulo Bassul venceu, atuando no ginásio Centro Cívico, em Americana (SP), por 87 a 74 (42 a 34 no primeiro tempo).

As maiores pontuadoras foram Êga (22 pontos), pelo Unimed/Americana, e Lígia (23 pontos), em favor do Ourinhos/Unimed/Pão de Açúcar.

O Databasket/São Bernardo conseguiu a sua primeira vitória no campeonato ao superar o São Paulo/Guaru, 88 a 76 (41 a 40 no primeiro tempo), em jogo disputado no ginásio Poliesportivo São Bernardo, no Grande ABC. As cestinhas foram Pat (19 pontos), em favor do Databasket/São Bernardo, e Karla (20 pontos), pelo São Paulo/Guaru.

E, no clássico do ABC Paulista, o Santa Maria/São Caetano superou a AD Santo André, 79 a 72 (40 a 40 no primeiro tempo), em jogo disputado no ginásio Joaquim Cambaúva Rabelo, na cidade de São Caetano do Sul (SP). As principais anotadoras foram Lu (18 pontos), pelo Santa Maria/São Caetano, e Simone (17 pontos e 07 rebotes), pela AD Santo André.


CLASSIFICAÇÃO

1º CEO/Unimed/Ourinhos
1º Unimed/Americana
1º Santa Maria/São Caetano
4º A.D. Santo André
5º Databasket/São Bernardo
6º São Paulo/Guaru






segunda-feira, 14 de abril de 2003

Ekaterinburg é o novo campeão feminino da Europa

Após derrotar o Brno na semi-final, O Ekaterinburg sagrou-se campeão da Euroliga contra o Valenciennes, que havia derrotado o Bourges na sexta feira. A equipe russa venceu por 82 a 80.

sábado, 12 de abril de 2003

Registro

Nessa última terça (dia 08), nasceu João Pedro, filho do Luciano Silva, responsável pelo basquete na querida ESPN Brasil.
Campeão nacional, São Paulo tenta acabar com crise
Marta Teixeira


São Paulo (SP) - Com a conquista do último título do Campeonato Nacional, o São Paulo/Guaru teve um aumento de responsabilidades. Apesar disso, a equipe do técnico Alexandre Cato partiu para a disputa do Campeonato Paulista feminino de basquete sem suas duas principais jogadoras: a ala Janeth e a pivô Érika, e tem pagado o preço por estas ausências. O time ainda não venceu no Estadual - fez três jogos até agora - e enfrenta o Santa Maria/São Caetano nesta quinta-feira, às 20 horas, no ginásio do Morumbi, consciente de que uma vitória é fundamental.
'Quem não jogou tanto no Nacional tem agora que provar porque conseguimos o título', diz Cato, considerando as cobranças normais. 'Ficamos em evidência (com o título), mas tivemos duas grandes mudanças. As outras jogadoras ainda não estão preparadas para assumir completamente a responsabilidade pela pontuação. Mas temos a Karla, principalmente, que cresceu muito'.

Apesar de identificar pontos positivos no grupo, Cato reconhece que a equipe ainda não chegou onde precisaria. 'O grupo ainda está com um pouco de limitação. Está se acertando, principalmente porque a Karla e a Rô estão entrando agora'.

Além dos problemas provocados pela perda de suas duas referências de liderança e pontuação, o São Paulo tem novas baixas com as quais se preocupar. A ala/pivô Simone Pontello sofreu uma contratura na coxa direita e só volta no início do returno. A pivô Ana Lúcia também apresenta problemas, com uma lesão no tornozelo esquerdo, que provocou o rompimento de alguns ligamentos, a jogadora é forte candidata a uma cirurgia. Caso isto ocorra, ela pode ficar até três meses parada e perder todo o Estadual.




São Paulo contrata reforços em busca da vitória
Marta Teixeira

São Paulo (SP) - As contusões da ala/pivô Simone Pontello e da pivô Ana Lúcia complicaram ainda mais a situação do São Paulo/Guaru no Campeonato Paulista feminino de basquete. Atual, campeão nacional, o time vai contratar duas pivôs para melhorar seu rendimento no Estadual. As negociações estão sendo feitas com Casé (ex-Unimed/Ourinhos/Pão de Açúcar) e Márcia, que atuava no basquete português, mas também teve passagem por Ourinhos. A carência do São Paulo na posição pode levar as duas a estrearem já no jogo desta quinta-feira, às 20 horas, contra o Santa Maria/São Caetano, no ginásio do Morumbi.

No início da tarde desta quarta-feira, o técnico Alexandre Cato aguardava a chegada dos diretores do São Paulo Futebol Clube para finalizar as contratações. 'Com a Márcia posso dizer que está tudo certo. Com a Casé ainda faltam alguns acertos financeiros e de moradia', diz Cato. 'Mas se tudo der certo elas terão condições de jogo já nesta quinta'.

Sem Pontello e Ana Lúcia e com o retorno da pivô Gilmara, que passou por uma cirurgia no joelho, previsto apenas para a próxima semana, o garrafão do São Paulo ficou praticamente desguarnecido. 'Por necessidade e característica (pivô pura), precisamos da Casé', diz o treinador.

Segundo Cato, a baixa de Pontello é confirmada, enquanto Ana Lúcia tem poucas chances de entrar em quadra. 'A ressonância magnética mostrou que ela rompeu alguns ligamentos do tornozelo esquerdo. Mas consegue andar e não compromete seu equilíbrio. Ela até poderia jogar, mas ficaria limitada e se sofrer outra lesão no lugar seu caso fica mais grave', completa, explicando porque as novas contratações podem ser utilizadas já na rodada de quinta-feira.

A tabela da próxima rodada do Paulista tem mais dois jogos programados. Em Ourinhos, as donas da casa enfrentam o Databasket/São Bernardo. O time de Edson Ferreto lidera a competição isolado, enquanto São Bernardo luta pela primeira vitória. Já o Unimed/Americana vai a Santo André em busca da reabilitação. As duas equipes dividem a vice-liderança do Paulista.
BF: AMERICANA, OURINHOS E SANTA MARIA VENCEM
A quarta rodada do turno da primeira fase do Campeonato Paulista Feminino da Série A-1 – 2.003 foi disputada na noite desta quinta-feira (10 de abril) com a realização de três partidas. O Unimed/Americana, CEO/Unimed/Ourinhos e o Santa Maria/São Caetano foram os grandes vencedores da jornada.

O Unimed/Americana conseguiu a sua reabilitação ao derrotar a AD Santo André, 82 a 71 (34 a 42 no primeiro tempo), em partida disputada no ginásio Pedro Dell’Antonnia, em Santo André (SP). As maiores pontuadoras da partida foram Simone (18 pontos e 08 rebotes), pelo time da casa, e Kae (19 pontos e 07 assistências), em favor do visitante.

O CEO/Unimed/Ourinhos manteve a sua condição de líder invicto ao derrotar o Databasket/São Bernardo, no ginásio José Maria Paschoalik (Monstrinho), em Ourinhos, por 79 a 51 (35 a 31 no primeiro tempo). As cestinhas foram Cris (20 pontos, do CEO/Unimed/Ourinhos, Gorda e Patrícia (ambas com 11 pontos), pelo Databasket/Santo André.

E, complementando a rodada, o Santa Maria/São Caetano conseguiu mais um excelente resultado. O time comandado pelo técnico Norberto Silva (Borracha) superou o São Paulo/Guaru, atuando no G1 do Morumbi (São Paulo FC), em São Paulo (SP), por 83 a 72 (40 a 29 no primeiro tempo).

As principais anotadoras foram Palmira (15 pontos), pelo São Paulo/Guaru, e Kattynha (20 pontos), em favor do Santa Maria/São Caetano.

PARABÉNS ATRASADO!!

Não pude blogar ontem, mas não esqueci do aniversário da nossa querida Janeth. Felicidades!

quinta-feira, 10 de abril de 2003

Liga Espanhola - Quartas-de-final

Filtros Mann Zaragoza 79 X 55 Ciudad de Burgos
Helen Luz marcou 14 pontos, Tornikidou 16 e Marina Farragut 19. Katião saiu mesmo do time. Foi substituída por Wendy Palmer, que estreou hoje, com 4 pontos. Pelo Burgos, Pilar Valero foi o destaque, com 15 pontos.

Ros Casares Valencia 67 X 47 RC Celta Banco Simeón
Renata Oliveira, do Celta, ficou nos 2 pontos. Pelo Ros Casares, Amaya Valdemoro anotou 20 e ainda contou com os 18 pontos de Marta Fernandez.

FC Barcelona 85 X 75 Perfumerías Avenida
Os 26 pontos da pivô Bósnia Razija, com a ajuda de 24 pontos de Kedra Holland deram a vitória ao Barcelona. Pelo Perfumerías, Julia Goureeva anotou 26 pontos e Shannon Johnson marcou 15.

Caja Rural e Puig D'en Valls só fazem a primeira partida da série no dia 13.


quarta-feira, 9 de abril de 2003

BF: CESTINHAS SE ENCONTRAM EM SANTO ANDRÉ.


O Ourinhos/Unimed/Pão de Açúcar único líder invicto do Paulista de basquete feminino, reencontra-se com sua torcida, no ginásio Monstrinho, nesta quinta-feira (10), às 20 horas. Em busca do bi-campeonato seguido, a equipe do técnico Édson Ferreto, enfrenta o Databasket, de São Bernardo do Campo, que ainda não conhece vitória.

No intervalo do jogo será apresentado o projeto Gente Feliz, envolvendo mais de 200 garotas, dos 8 aos 12 anos de idade, e que receberão aulas de basquete, e assistência social, em três pólos de treinamentos na periferia de Ourinhos.

Em Santo André, o encontro das duas principais cestinhas. Patrícia, com média de 21.3 pontos, e 64 no total, enfrenta Kae, da Unimed/Americana, que tem média de 20.7 e 62 pontos no geral. Santo André e Americana dividem a vice-liderança com cinco pontos, e jogam às 20 horas.

Completando a quarta rodada do turno, também às 20 horas, em Guarulhos, o São Paulo/Guaru busca a primeira vitória diante da Santa Maria, de São Caetano, que na rodada anterior surpreendeu, vencendo Americana, por 80x75. A Santa Maria com cinco pontos ocupa a segunda posição, e lidera no fundamento tocos, com cinco.


Basquete no mundo

As atualizações não andam muito frequentes. Como acontece com Bert, trabalho e estudos tiram muito do meu tempo. Mas vou fazer um breve resumo daquilo que não foi noticiado:

Itália: A liga italiana acabou para as brasileiras. O Chieti, de Tuiú e Zaine, perdeu a série melhor de 3 das quartas-de-final por 2X1. O algoz foi a equipe de Taranto.

Liga Francesa: Na França, as disputas pelo título foram iniciadas. Na primeira rodada, o grupo formado pelas 4 primeiras colocadas, o Bourges venceu o Tarbes fora de casa por 50 a 45, contando com 10 pontos de Kelly e 6 de Jacqueline. O Aix perdeu feio para o Valenciennes por 103 a 49. Iziane anotou 9 pontos pela equipe derrotada. Ainda não consegui descobrir a fórmula do torneio (o que acontece depois das 6 rodadas com esse grupo de elite). Se alguém souber, pode me enviar um e-mail.

NCAA: A Universidade de Connecticut é campeã da NCAA, tendo derrotado na final a Universidade de Tennesee por 73 a 68. A UCONN, que teve somente uma derrota ao longo do torneio, teve como grande nome a jogadora Diana Taurasi, que anotou 28 pontos nessa partida e teve médias impressionantes nessa temporada da NCAA. Mesmo que o Draft aconteça esse ano, Taurasi não estará relacionada, já que ainda tem mais um ano de compromisso com a universidade.
Próxima temporada da WNBA está ameaçada

Detalhes no blog da Melissa Oliveira sobre a WNBA

segunda-feira, 7 de abril de 2003

Boatos

Estão dando como certa a chegada de Silvinha Luz e Katião em Ourinhos. Será?????
Vamos esperar!



domingo, 6 de abril de 2003

Liga Espanhola - última rodada

Universitat de Barcelona 96 X 64 Puig d'en Valls
Silvinha foi a destinha do Puig d'en Valls com 17 pontos, mas os 27 pontos e 8 rebotes de Raza predominaram. A equipe da ala brasileira terminou a fase de classificação em 5º e enfrentará o Caja Rural de Canária (4º), nas quartas-de-final.

Caja Rural de Canarias 77 X 56 Yaya María Breogán
Flávia não atuou nessa derrota de sua equipe. Ela viajou para apresentar-se ao time de Americana para o campeonato paulista, já que sua equipe na Espanha já estava eliminada e não tinha chances de classificação.

C.B. Ciudad de Burgos 67 X 79 Filtros Mann Zaragoza
Fora de casa, o Filtros Mann ratificou a 2º colocação no torneio. Nessa partida, Helen marcou apenas 3 pontos, mas pegou 6 rebotes e distribuiu 6 assistências. Elena Tornikicou foi destinha com 23 pontos. Katia não atuou na partida. O mesmo Ciudad de Burgos enfrentará a equipe de Helen e Katia nas quartas-de-final.

RC Celta Banco Simeón 66 X 51 Andalucía - Aifos
Renata Oliveria anotou 4 pontos e pegou 6 rebotes na vitória de sua equipe. Na 8º colocação, o time da brasileira tem o poderoso Ros Casares pela frente na próxima fase.

sexta-feira, 4 de abril de 2003

Liga Francesa

Amanhã começa a fase final da liga francesa. As 12 equipes foram classificadas em três grupos. As quatro primeiras ficaram no grupo A, incluindo o Bourges (2º), de Kelly e Jacq e o Aix (3º), de Iziane. No grupo B, ficaram as quatro equipes intermediárias, incluindo o Nice (5º), de Mamá. Já o Montpellier (9º), de Claudinha e Adriana, ficou no Grupo C, destino dos quatro últimos colocads da liga. Os grupos farão três mini-campeonatos, com turno e returno, totalizando 6 rodadas. Os dois primeiros colocados do grupo A disputam o título em uma série de 3 partidas.

Estatísticas da Liga

Duas brasileiras destacam-se nas estatísticas da liga francesa:
Iziane é a principal cestinha, com 18,5 pontos por partida e Mamá é a 9º reboteira, com 6,9 rebotes por jogo.

Quartas-de-final da Eurocopa

O Aix en Provence (França), de Iziane, venceu a primeira partida ontem, contra Alessandria (Itália), por 69 a 64. Os destaques do Aix foram Lara Mandic, com 24 pontos, e a própria Iziane, com 15. Com mais uma vitória, a equipe francesa garante-se no Final 4, que será disputado na cidade de Marselha, França.

Outros resultados:

Bordeaux (França) 66 X 60 Caja Rural de Canarias (Espanha)
Vrsac (Iugoslávia) 59 X 70 Samara (Rússia)
Dynamo Moscou (Rússia) 59 X 60 Ano Liosia (Grécia)
Ourinhos vence, Americana perde e Santo André ratifica recuperação

Notícia que saiu no site da Federação Paulista de Basquete:

UNIMED/OURINHOS VENCE E SE ISOLA NA LIDERANÇA

A terceira rodada da primeira fase do Campeonato Paulista Feminino da Série A-1 foi disputada em sua totalidade nesta quinta-feira (03 de abril) com a realização de três partidas.

O CEO/Unimed/Ourinhos (foto) manteve a sua invencibilidade ao derrotar o São Paulo/Guaru, jogando no ginásio Municipal Paschoal Thomeu, em Guarulhos (SP), por 100 a 80 (56 a 31 no primeiro tempo), assumindo a liderança isolada da competição (06 pontos). As maiores pontuadoras do encontro foram Karla, 14 pontos, pelo São Paulo/Guaru, e Eliane, 10 pontos, em favor do CEO/Unimed/Ourinhos.

No Clássico do Grande ABC, a AD Santo André levou a melhor e superou o Databasket/São Bernardo, atuando no ginásio Poliesportivo Municipal de São Bernardo do Campo, por 83 a 68 (34 a 28 no primeiro tempo). As cestinhas da partida foram Ednéia, 13 pontos, pelo Databasket/São Bernardo, e Kátia, 25 pontos, pela AD Santo André.

E, fechando a jornada, o Santa Maria/São Caetano quebrou a invencibilidade do Unimed/Americana, vencendo por 80 a 75 (39 a 33 no primeiro tempo), em partida disputada na cidade de São Caetano do Sul (SP). As principais anotadoras foram Fernanda, 18 pontos, pelo Santa Maria/São Caetano, e Kae, 20 pontos, em favor do Unimed/Americana.

A quarta rodada da fase inicial será disputada no dia 10 de abril (quinta-feira) com mais três jogos.

AD Santo André x Unimed/Americana, às 20h00, em Santo André (SP)
CEO/Unimed/Ourinhos x Databasket/São Bernardo, às 20h00, em Ourinhos (SP)
São Paulo/Guaru x Santa Maria/São Caetano, às 20h00, em Guarulhos (SP)

terça-feira, 1 de abril de 2003

Crise financeira pode prejudicar planos da seleção brasileira feminina

Agência Folha
Em São Paulo

A proposta da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), de repatriamento das jogadoras que estão no exterior, pode não aliviar em nada a situação da seleção feminina para o Pré-Olímpico.

Todas as atletas ouvidas pela reportagem consideraram a proposta irrisória em relação ao que ganhariam na WNBA. Algumas falam em voltar ao Brasil no caso de não conseguirem uma vaga na liga norte-americana -é o caso da ala-armadora Iziane, 21, cujo time, o Miami Sol, fechou as portas.

"Se houver proposta da WNBA, eu vou. Caso contrário, fico na seleção", diz a atleta, uma das principais revelações do Brasil nos últimos anos, que está jogando pelo Aix-en-Provence, da França.

Erika, 21, outra aposta do técnico Antonio Carlos Barbosa, também deve acertar com a liga dos EUA. A pivô do Pécs, da Hungria, tem oferta para atuar novamente pelo Los Angeles Sparks.

Outras, como a ala Janeth, principal estrela da seleção brasileira, ameaçam até não disputar o Pré-Olímpico do México, que será entre os dias 10 e 14 de setembro.

"O Grego [Gerasime Bozikis, presidente da CBB] disse que, por enquanto, não tinha proposta para mim. Ele está aguardando um patrocínio. Devo acertar com o Houston Comets até semana que vem. Tudo isso põe em dúvida se vou participar ou não do Pré-Olímpico'', afirma Janeth.

Em janeiro, o dirigente afirmara que conseguiria um patrocínio para viabilizar a volta das atletas. Mesmo as jogadoras que receberam oferta do presidente da CBB não ficaram satisfeitas.

"A proposta da WNBA é muito melhor. Conquistei um espaço no Washington Mystics que é difícil de conseguir. Será uma decisão difícil", afirma Helen, que joga no Filtros Mann, da Espanha.

Uma atleta de seleção que atua na Europa ganha entre US$ 6.000 e US$ 10 mil. A CBB ofereceu cerca de R$ 6.000. Na WNBA, os salários são maiores. Mas, mesmo para quem descartou a liga americana, há acertos mais vantajosos.

"A Alessandra vai jogar na Coréia do Sul quando encerrar a liga húngara", conta Luis Martin, da Martin & Maffia Sports, empresa que cuida dos interesses da pivô.

Cíntia, Kelly e Adrianinha, as outras brasileiras empresariadas pela Martin & Maffia, devem seguir para a WNBA. A situação mais complicada é a de Cíntia, cuja equipe, o Orlando Miracle, acabou. "Mas ela terá propostas de outros times', afirma Martin.

Aposentadoria
Não bastasse isso, o técnico Barbosa não contará mais, no México, com duas jogadoras com muita experiência na seleção. A ala-armadora Claudinha, 28, e a ala Adriana, 32, revelaram que não mais atuarão pelo Brasil.

As duas anunciaram a decisão à CBB após o Mundial da China, no ano passado, quando o Brasil ficou com a sétima colocação.

"Já estava pensando nisso há algum tempo. Quero dar oportunidade a jogadoras mais novas, com mais garra para servir ao Brasil. Já realizei o meu sonho na seleção que era conquistar uma medalha na Olimpíada [o bronze nos Jogos de Sydney-2000]", conta Claudinha, que atua no Montpellier, da França, ao lado de Adriana.

"Estou na seleção há 11 anos, mas na hora em que tem que jogar, eu não jogo. Por isso, prefiro dar lugar a outras atletas. Mas foi uma decisão difícil de tomar", afirma Adriana, que foi campeã mundial com o Brasil em 1994.
Para completar os resultados da 2º divisão da liga espanhola, faltou o jogo do Olis Sóller, de Pati Perandini, contra o Casablanca. 66 a 56 para a equipe da brasileira, com 16 pontos da ala.