segunda-feira, 21 de junho de 2004

Seleção se reapresenta ainda sem definição sobre contundidas

Da Redação
Em São Paulo

A seleção feminina de basquete se reapresentou nesta segunda-feira, em São Paulo, para a última fase de treinamentos antes dos amistosos contra a seleção de Cuba, na semana que vem, no Rio de Janeiro. A comissão técnica ainda não tem uma definição oficial sobre as duas contundidas do grupo, a ala Micaela e a armadora Jacqueline.

Micaela, ala do Reggio Calabria, da Itália, rompeu o tendão-de-aquiles e foi operada ainda na Europa. Ela só voltou ao país no início do mês, pois não podia fixar o pé machucado no chão. Já Jacqueline sofreu uma torção no joelho que afetou os ligamentos e está fazendo fisioterapia desde o dia da lesão, também no começo do mês.

Nesta terça-feira, o médico da seleção, Dr. Cesar de Oliveira, deve dar o veredicto final em relação às duas atletas. Ambas estão passando a fase de recuperação em Americana.

Enquanto isso, em São Paulo, o técnico Antonio Carlos Barbosa já trabalha com a possibilidade de não contar com nenhuma das duas para os Jogos Olímpicos e testa substitutas. Micaela seria a reserva imediata de Janeth. Já Jacqueline entraria como a reserva de Adrianinha.

Sem Kaé, como Micaela é chamada pelas companheiras, outra revelação, a jovem Silvinha, de 22 anos, deve ganhar sua chance. Cestinha do Americana na campanha do título paulista, a jogadora tem as mesmas características da companheira: jogo intenso e bons arremessos do perímetro.

"A Micaela chegou para suprir uma lacuna que há muito tempo nós tínhamos, que era a reserva da Janeth. Ela não podia descansar e o nível caía. Com a Micaela, isso mudou. E a Silvinha, apesar de ser jovem, pode fazer a mesma coisa", explica a ala-armadora Helen, uma das peças-chave do esquema do técnico Barbosa.

Outra forte concorrente pelo lugar é a veterana Leila, revelação do Mundial de 1994, quando o Brasil foi campeão. Ela ficou três anos parada, voltou a jogar no início do ano passado e já voltou à melhor forma. "Desde que fui para a Grécia, em 1998, jogo como ala. Já estou acostumada com isso. Na Europa, nós vemos alas com 1,90m, acho que o Barbosa está querendo me usar para termos mais altura na marcação", diz a jogadora, irmã da pivô Marta, prata em Atlanta-1996.

Armação
A vaga de Jacqueline é uma dúvida mais fácil para Barbosa. Para a posição, ele tem Adrianinha, titular da seleção desde o Mundial da China, em 2002, e a experiente Helen. A última, apesar de ser usada como ala na seleção, atua nos clubes como armadora. As duas estão sendo usadas nos treinamentos nessa posição desde que a seleção se apresentou, há duas semanas.

"Temos várias jogadoras com poder de armação, o Barbosa vai poder armar o time pelo adversário. Contra um time alto, ele pode começar com a Helen. Se o time for mais rápido, jogo eu", diz Adrianinha.

Outra alternativa é o uso de Karla, uma estreante na seleção. Apesar dos 25 anos, ela só tinha sido chamada por Barbosa uma vez, em 1999, e treinou com o time por apenas um mês. "Ela é uma armadora tradicional. Eu e a Adrianinha temos outras características", avisa Helen.

Indefinições
A contusão das duas atletas faz com que o grupo garantido de Barbosa para os Jogos caia para oito. Desde o Mundial de 2002, o treinador chama para as principais competições Adrianinha, Helen, Iziane, Janeth, Alessandra, Cíntia Tuiú, Kelly e Érika. Sobram quatro vagas, caso Jacqueline e Micaela, que também estariam nesse grupo, forem realmente cortadas.

Silvinha e Leila, que joga também como ala-pivô, devem continuar no grupo. Com isso, as duas vagas restantes ficam entre as alas Vivian e Lilian, armadora Karla e as pivôs Zaine e Êga. A lista final só vai ser definida após os amistosos contra Cuba, nas duas próximas semanas.

Fonte:
UOL

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