terça-feira, 31 de agosto de 2004

Daiane brilha na "terra do basquete"

Da reportagem local

O mundo do basquete nacional e mundial ainda vai ouvir falar muito da jundiaiense Daiane Packer, hoje com 20 anos de idade. Ela começou sua carreira aos sete anos, em Jundiaí, e agora atua no Trinity Valley Comunity College, que disputa a Liga Colegial Americana de basquete.

Daiane sempre praticou várias modalidades esportivas durante a infância. Destacando –se no handebol e no basquete, foi orientada por seus treinadores a optar por uma das modalidades, para que pudesse se federar pela cidade.


Sua escolha foi o basquete, por se considerar melhor nesse esporte. Suas primeiras aulas foram na escolinha do Centro Esportivo Antônio de Lima, com o professor Eduardo.


Quando estava para completar dez anos, após se destacar em alguns amistosos, foi convidada à integrar as categorias de base do Clube São João.


Daiane começou na categoria mini, com o técnico Rosevaldo, passou pelo mirim, com Jair, chegou ao infantil, com o treinador Mina, fez parte da equipe infanto, dirigida por Tarallo, e, por fim, chegou a treinar com o time adulto de Jundiaí, na época da parceria com a Quacker.


A decisão de "levar a sério" o esporte veio em 2000, quando Daiane acertou sua transferência para o time da Vila Olímpica da Mangueira, do Rio de Janeiro.


Na passagem pela cidade maravilhosa, foi convocada para a seleção carioca da categoria juvenil e conquistou o título brasileiro, disputado em Joinville-SC.


Um novo convite, em 2002, a levo para o time de Campos. Incentivada pela equipe, iniciou o curso de educação física, em uma universidade carioca. Nessa época, Daiane foi convidada a jogar pelo Vasco da Gama, mas não aceitou.


Por causa da falta de apoio, o time de Campos encerrou suas atividades e Daiane voltou para Jundiaí, disposta a abandonar a carreira. Ela ficou seis meses sem jogar.


A volta às quadras aconteceu em 2003, quando foi chamada para representar a cidade de Votorantim, nos Jogos Regionais que aconteceram naquela cidade, ficando com o vice-campeonato.


Após a semana nos Jogos, recebeu um telefonema de uma amiga que estava nos Estados Unidos. "Ela disse que alguns olheiros estariam aqui em Jundiaí para levar uma jogadora para lá e que eu estava indicada. Acabei me dando bem", disse.


Os americanos estavam atrás de uma jogadora da posição lateral. Daiane foi muito bem nos testes, recebeu o convite, aceitou e tem se destacado no "país do basquete".


Reconhecimento


Mesmo estando há pouco tempo nos Estados Unidos, Daiane já conquistou prêmios importantes, com destaque para o anel – símbolo maior de reconhecimento para um atleta de basquete nos EUA –e dois diplomas: um entregue em mãos pelo secretário da Casa Branca, e outro pelo Senador do Estado do Texas, onde ela vive. "Foi muito emocionante. Eu disse que era brasileira e ele agradeceu por eu estar jogando no país dele", contou.


Na temporada 2003-04, seu time venceu todos os 36 jogos que disputou. "Fomos muito premiadas e nosso treinador foi escolhido o melhor da temporada. Ele arma nosso time de maneira muito rápida e ofensiva, um estilo americano de jogar", afirmou. A competição foi disputada por 181 equipes divididas entre 24 regiões.


Agora, Daiane se prepara para mais uma temporada na Liga Colegial – o próximo passo é ingressar na Liga Universitária. Para o futuro, seus sonhos são disputar a WNBA e os Jogos Olímpicos.


Fonte: Jornal de Jundiaí

segunda-feira, 30 de agosto de 2004

Campeão Italiano Traz Micaela

O tradicionalíssimo time de basquete italiano Como já anuncia em seu site a inclusão da brasileira Micaela Martins Jacintho em seu elenco para a temporada próxima.

A brasileira considerada a melhor jogadora do último Nacional, partiu para a Itália após a conquista do título pela Unimed/Americana.

Reforçou a equipe do Reggio, nas últimas rodadas.

Fez boas atuações, que lhe renderam o interesse de grandes times europeus.

No entanto, a ala sofreu uma contusão séria, que a tirou dos Jogos Olímpicos.

Assediado pelo Como, atual campeão da Liga Italiano, o Reggio (que caiu para a segunda divisão do campeonato) negociou a brasileira.

Parabéns a Kaé. Força na recuperação. E sucesso na nova casa.
Adriana e Claudinha seguem na França

Apesar de assediadas por equipes brasileiras, Adriana Santos e Claudinha preferiram seguir em território francês.

As duas seguem no Montpellier Lattes.
Unimed/Americana conhece seus adversários na Liga Mundial

A FIBA (Federação Internacional de Basquete) e a RBF (Federação Russa de Basquete) já têm definidos todos os detalhes da Liga Mundial de Clubes de Basquete Feminino, que será disputada na Rússia entre os dias 12 e 17 de outubro. Os russos estão empolgados e esperando alcançar o mesmo sucesso da competição que o país sediou em 2003. Este ano, o campeonato terá a participação de oito equipes de sete países: Rússia (dois times), Brasil, Polônia, Taiwan, Austrália, Cuba e Coréia.

O representante do Brasil na Liga Mundial será a ADCF Unimed, que garantiu o direito de ir à Rússia ao conquistar o título da Seletiva realizada em maio, em Americana. A Unimed/Americana está no Grupo A, com sede na cidade de Samara, e seus adversários serão BC Volgaburmash, da Rússia; Lotus VBW Clima, da Polônia e Cathay Life Insurance, de Taiwan. No Grupo B, com sede em Saint Petersburg, estão Baltyaskay Swezda, da Rússia; Dandenong Rangers, da Austrália; Habana Club, de Cuba e WKBL All-Star Team, da Coréia.

A primeira fase da Liga Mundial será realizada de 12 a 14 de outubro, nas duas cidades-sedes (Samara e Saint Petersburg), com os times jogando entre si dentro dos grupos. Os dois primeiros colocados de cada grupo classificam-se aos playoffs semifinal e final, que serão nos dias 16 e 17, em Saint Petersburg. As demais equipes disputam do quinto ao oitavo lugares, na mesma cidade.

As informações sobre a Liga Mundial de Clubes de Basquete Feminino já estão disponíveis no site worldleague.basket.ru


Equipes de base da Unimed têm aproveitamento de 100%

A rodada do final de semana do Campeonato Estadual de Basquete Feminino das categorias de base foi altamente positiva para as equipes da ADCF Unimed/Americana, que tiveram aproveitamento de 100% nos jogos disputados fora de casa. Na abertura do segundo turno, as meninas do juvenil foram até Guarulhos e derrotaram o São Paulo/Guaru por 63 a 54, mantendo-se na liderança com quatro vitórias e apenas uma derrota. Atuaram: Babi, Karina, Renata, Fernanda, Mara, Monah, Lívia, Dani, Thaís e Thaise. Nesta terça-feira (17), o time joga contra Osasco, a partir das 16 horas, no ginásio do Centro Cívico, em Americana.

Na categoria infanto-juvenil, a Unimed foi até São Bernardo do Campo e venceu o Databasket por 63 a 34, em jogo que marcou o encerramento do primeiro turno. A equipe ocupa o terceiro lugar na classificação geral e conta com as seguintes jogadoras: Ariani, Laylla, Flávia, Renata, Fernanda, Lívia, Dani, Thaís e Thaise. Na próxima rodada, o adversário será o Santa Maria/São Caetano, em partida programada para sexta-feira (20), às 18h30, no Centro Cívico.

Em Santo André, na abertura do segundo turno do Estadual, as equipes mini e infantil da ADCF Unimed ganharam da AD Santo André por 75 a 65 e 72 a 53, respectivamente, mantendo-se em segundo lugar na classificação do campeonato. Na categoria mini, as jogadoras são Débora, Géssica, Natália Daniel, Faby, Roberta, Nayara, Izabela, Dani, Natalinha, Natália Oliveira e Carol. As meninas do infantil: Ariani, Laylla, Flávia, Ana Paula, Jenifer, Aline, Tainara, Gaby, Luana, Gra, Tássia e Everli. Nestas duas categorias, a Unimed volta à quadra no sábado (21) para enfrentar contra Jundiaí, a partir das 15 horas, no Centro Cívico.

Nas quatro categorias, a ADCF Unimed/Americana é comandada pela técnica Anne Freitas e a preparadora física Cláudia Godoy.



Meu Dia de Kibe Loco

Na chamada blogosfera, sempre me liguei no trabalho do blog Kibe Loco, um verdadeiro popstar desse universo. Por várias vezes, fiquei gargalhando em frente da tela do computador, me divertido com seu humor escrachado e politicamente incorreto.

Continuo sempre passando por lá e me divertindo.

Hoje ao ver as fotos da chegada da seleção feminina, não me contive.

E realizei um sonho - por um dia, brinquei de Kibe Loco.


modificado de Gaspar Nóbrega/Divulgação CBB


Já diria o Mestre: "A verdade é ácida e o kibe é cru."


Seleção desembarca com honra e amargor


Marta Teixeira


Djalma Vassão/Gazeta pressGuarulhos (SP) - Ficar entre as quatro melhores seleções do mundo é motivo de orgulho, mas não deixou de ter um sabor amargo para a seleção brasileira feminina de basquete. Nesta segunda-feira, o grupo desembarcou em Guarulhos (SP), retornando dos Jogos Olímpicos de Atenas. Na bagagem, sentiam falta de um peso extra que era bastante esperado.
'No momento que você fica entre os quatro melhores, tudo pode acontecer. Claro que quarto lugar é um bom resultado, mas o importante é sempre a medalha. Nada tira a frustração. A sensação que fica sempre é da proximidade', lamenta o técnico Antonio Carlos Barbosa.

A ala/armadora Helen, que participou de sua terceira olimpíada também destaca o valor da campanha e a tristeza pela ausência do pódio. 'Não era o que a gente queria, mas é um quarto lugar honroso', afirma.

No jogo contra a Rússia, que valia a medalha de bronze, o Brasil fez frente às adversárias nas três primeiras parciais, mas acabou sendo superado no último quarto. Estreante olímpica, a ala Iziane diz que os últimos minutos da partida foram muito sofridos. 'Foi difícil, principalmente porque a gente abdicou de muita coisa. Será que a gente também não merecia (a medalha)? Estar entre as quatro é uma grande conquista, mas é lógico que fomos buscar uma medalha'.

Desde os Jogos de Atlanta-96, a seleção feminina sempre esteve no pódio olímpico. Nos Estados Unidos foram prata e em Sydney-2000, bronze. Apesar disso, elas contaram com os aplausos do pequeno público que foi acompanhar os desembarques desta madrugada - além do basquete retornaram os campeões olímpicos Torben Grael e Marcelo Ferreira, a dupla do nado sincronizado Isabela e Carolina de Moraes, os velejadores André Fonseca e Rodrigo Link, Cassius Duran e Hugo Parisi dos saltos ornamentais, Sebastian Cuatrin da canoagem, além das jogadoras de vôlei Walewska e Fofão. 'Recebemos muito apoio', garante Iziane. 'Todos falam que já fomos vitoriosas. A gente lutou, mas não deu'.

O reconhecimento pelo empenho também partiu do patrocinador Eletrobrás, que programou uma homenagem para a equipe na sede da empresa, ainda hoje, no Rio de Janeiro. 'Chega a ser uma coisa 'sui generis' em um país como o Brasil onde quarto lugar, muitas vezes, é objeto de execração', destaca Barbosa.

A frustração também ficou para o auxiliar técnico Paulo Bassul. 'A equipe poderia ter ido melhor. Minha expectativa era ter ido mais longe. Acho que não faltou luta, mas em toda derrota sempre falta alguma coisa', analisa. Para ele, a quarta colocação não é um consolo completo. 'Você se mantém na elite, mas fica uma frustraçãozinha', confessa.

Fonte: Gazeta Esportiva

domingo, 29 de agosto de 2004

O Quarto Escuro



A Olimpíada chegou ao fim para o Basquete Brasileiro.

Nossas meninas acabaram na quarta colocação dos jogos.

Longe, muito longe, para o pouco que temos e para o pouco que jogamos.

Pouco para o talento de nossas jogadoras.

Muito para o técnico que temos: atrasado, estabanado, preguiçoso, cansado da guerra, político (no pior sentido da palavra) e incompetente.

Demais para um confederação presidida por um crápula, sem talento, sem pudores, demagogo, insensato e igualmente incompetente.

Um exagero para um país que não tem um trabalho de base, que acaba de ver sua geração juvenil na quarta colocação do continente, perdendo a vaga para o Mundial da categoria.

É lógico que queríamos que depois de um resultado desses, tudo mudasse: jogadoras repatriadas, uma comissão técnica competente, forte, um campeonato nacional reestruturado, centros de formação refeitos e uma confederação limpa, trabalhadora e honesta.

Sonho, né?

Já que não dá para arrumar tudo, que tal, pelo menos tirar a Barbosa do comando?

Parece lógico, pelos maus resultados que ele vem colecionando, pelo padrão de jogo horrível que o time apresenta. E também pela juventude e pelo bom resultado internacional (prata no Mundial sub-21) que o assistete técnico Paulo Bassul construiu.

Mas, nessa altura dos acontecimentos, tenho que escutar o Sr. Grego dizer que Barbosa quer ficar até morrer?

Ô, Barbosinha, tenha bom senso uma vez na vida.

Vá pra Bauru cuidar de seus projetos políticos.

Sua contribuição ao basquete já foi dada.

E há tempo pra tudo na vida.

Até para a morte.

E assim seguimos, ansiosos por qualquer coisa, qualquer nota, que possa dar mais dignidade a essa paixão que nos assola, chamada basquete feminino brasileiro.


Uma ansiedade talvez ainda maior por saber que em dois anos, seremos sede do Campeonato Mundial da categoria. Uma chance de coroar toda uma geração de técnicos e atletas que nos fizeram reféns da adoração por esse esporte belo, em sua essência e em seus exemplos.

Mas tão feio, tão sujo em seus bastidores. E tão abandonado à própria sorte.

Muitas coisas devem acontecer até lá.

Mas sinceramente, quem crê em verdadeiras mudanças?

Em relação às atletas, já disse muito.

Mas nunca é demais:

Janeth jogou, na minha humilde opinião, fora de suas melhores condições físicas. Chegou a ficar parada antes do ínicio da competição. E foi vítima de um esquema de jogo que a deixa em quadra numa média sempre superior a 30-35 minutos, com responsabilidade eterna de pontuar, e ainda de fazer o que sempre se espera de Janeth (marcar bem, pegar rebotes e roubar bolas; e ainda segurar a bola nos momentos de super-ego-descontrol das nossas armadoras). Tão cansada ela está, que nem quis saber do Houston na WNBA.

Iziane é a grata surpresa. É jovem, ainda tem muito feijão pra comer e muito gás pra gastar. Nas últimas duas derrotas, foi emocionante vê-la buscando jogo e tentando carregar o time. É nesses momentos, que as grandes jogadoras aparecem. Força, Menina.

Outra que merece aplausos é Alessandra. Que belo exemplo. Alessandra foi guerreira como poucas. Fez de tudo o que pode para o Brasil ir mais longe. Lutou bravamente contra as próprias deficiências. Fez um partidaço contra a Austrália. Coisa de estrela de primeira grandeza. Ainda foi a mais desconsolada com as derrotas. Obrigado, Alessandra!

Na armação, moram as minhas maiores frustrações.

Foi uma péssima Olimpíada das nossas armadoras.

Helen começou bem, principalmente nos arremessos de três. Mas depois se perdeu na competição. Fez uma partida terrível contra as australianas. Junto à Adrianinha, não deram cara alguma ao time, nem comando. Foram as campeãs em violações: passes terríveis, poucas assistências, pisadas na linha. Adrianinha às vezes corre mais que a bola.

E o que dizer das opções do banco?

Primeiro, Vívian. Bem, alguém acredita que Vívian é uma armadora? Talvez só Laís Elena. Aliás, Vívian nasceu como ala, há um bom tempo atrás, posição em que ganhou prêmio de revelação do Paulista de 1996. Mas de lá pra cá, muita coisa mudou. Vívian passou por muitas cirurgias. O time em que sempre jogou (Santo André) a cada temporada aparece com uma pobreza mais constrangedora. Nessa falta de opções, Laís improvisa Vívian como armadora. Tudo bem. Mas Laís manchou sua carreira ao aceitar participar da comissão da seleção e pular fora do barco logo em seguida. Não fosse o bastante, deixou uma herança ingrata para a seleção: a cria Vívian. Como armadora, Vívian é um constrangimento só. Não tem visão de jogo algum, é fominha. Como ala, tudo bem, Vívian tem vigor defensivo. Mas, no ataque, raramente passa de uma bandejeira. Então, realmente, a "gordinha Vívian", segundo o narrador Sílvio Luiz, só tem a agradecer por ter tido essa oportunidade dos céus de ir à Atenas. Mas, sinceramente, espero uma escolha mais sensata nas próximas convocações.

Karla respondeu muito bem aos momentos em que foi chamada por Barbosa. É uma armadora que apesar de ter fome no ataque, tem uma boa visão de jogo, sabe distribuir a bola. Mas ficou no banco, mesmo quando Helen e Adrianinha viviam seus piores momentos. Não dá pra entender.

Então para encerrar o assunto armadoras, eu gostaria que a comissão técnica se preocupasse com o assunto. Que incluisse nas próximas convocações uma das armadoras do sub-21 de prata (Ana Flávia Sackis, Fabianna Manfredi e Karen Gustavo) e investisse na formação de uma delas para o futuro. Por que eu como torcedor, estou cansado, de ver a seleção sempre com problemas nessa posição. É uma indefinição eterna se Sicrana é armadora ou uma ala-chutadora de três ou se quando Fulana está junto com Sicrana, quem vai armar o time... Pra quem já teve Magic Paula em quadra, é triste ver o panorama atual... Cadê as assistências, cadê a sinalização de uma jogada? Se Barbosa não treinou nenhuma jogada, não seria possível a armadora criar alguma coisa junto ao time? Por que pra levar a bola de uma quadra a outra e tentar um chute de três, uma jogada individual ou passar a bola, isso até vovó fazia nas peladas do fim de semana.

Bem, falemos de Leila. Gosto muito de Leila. Acho que todo torcedor do basquete feminino gosta e torce por ela. No seu retorno, uma de suas características persiste intacta: o apuro defensivo. Nisso, Leila ajudou muito. Nos momentos em que foi solicitada a marcas as principais estrelas do time adversário (Valdemoro, Jackson), seu comportamento foi exemplar. Mas em algum lugar do passado, a intimidade com a bola no ataque parou. Infelizmente, isso compremeteu o time.

Passemos à Cíntia Tuiú. Depois de belas apresentações nos amistosos de preparação, Cíntia se apagou um pouco nos Jogos. Talvez ela tenha se assustado tanto quanto nós ao perder a posição de titular subitamente para Leila, se tornando a jogadora que menos jogou na estréia contra o Japão. É uma bela jogadora. E credito seu mau rendimento à pura incompetência de Barbosa.

Kelly - Acho que Kelly precisa entender que para se tornar a estrela que ela quer ser, disciplina é fundamental. Uma jogadora de nível internacional se apresentar tão fora de forma como ela à seleção é inconcebível. Seu talento e a predileção de Barbosa por ela não podem servir de atenuante à uma falta grave como essa. Com um técnico de maior pulso, Kelly e seus quilinhos mais seriam cortados e a opção seria Zaine, ou qualquer outra pivô em boa forma física.

Sobre Érika, já disse muito. Mas é mais uma barbosice aproveitar tão mal o talento e a força da menina.

Silvinha foi uma tentativa válida da seleção. Teve poucas chances, mas foi uma boa aposta.

Enfim, assim meus olhos viram esses Jogos.

Felizmente, acabaram.

Foram dias de ansiedade, alguns de alegria, outros mais de mau-humor e de chateação.

Que dias melhores venham pra sempre.


;-)


O BRASIL QUE QUEREMOS?

Por Lucas Prata


Infelizmente, para todos os amantes do basquete e para as nossas brilhantes jogadoras, o pódio não foi alcançado. Brilhantes porque são jogadoras de muito talento, mas que sofrem de um mal comum no Brasil. A falta de apoio, de planejamento, e de uma política verdadeiramente desenvolvida para o esporte. Mas talvez esse nem seja o pior problema.

Além desse, ainda temos que lidar com o ego de dirigentes e comissão técnica. Se quisermos alcançar melhores resultados, talvez seja o momento de repensar o trabalho que vem sendo desenvolvido. Olhando para o vizinho, o que faz vôlei masculino um time campeão? Uma comissão técnica altamente competente, que faz um trabalho de planejamento muito bom, utiliza recursos tecnológicos de última geração, além de demonstrar uma enorme paixão pelo esporte.Para se fazer times vencedores, o esporte não pode ser dirigido por pessoas que despacham em suas mesas de madeira nobre e nunca pisaram em uma quadra. Perdi a conta do número de ex-jogadores ou jogadoras que batalharam pelo esporte no país e hoje vivem sem emprego e sem apoio.

Mudando de assunto, apesar de ser grato aos meios de comunicação pelas transmissões do basquete, com comentários excelentes de ex-jogadores(as), me pergunto: Onde eles estavam no resto do ano?Quanto tempo ainda teremos de ouvir o nome trocado das jogadoras? E os cadernos de esporte nos jornais? Deveriam se chamar Cadernos de Futebol. E ainda ouvir a transmissão como se estivéssemos em um programa policial.

Pelo amor do Brasil !!! Por favor, ajudem a mudar isso. Podem apostar, serei o primeiro a elogiar quando perceber que está se fazendo um trabalho de qualidade, mas durante o ano todo. Aparecer na Olimpíada é moleza!!! Até o gordinho do 31 apareceu.

Meninas, parabéns!!! Vocês já eram vencedoras antes mesmo de começar as Olimpíadas.

Quarto lugar deve marcar a despedida de geração vitoriosa

Da Redação
Em São Paulo

Janeth tem 34 anos. Helen, 31. Alessandra, 30. Cíntia Tuíu, 29.

Juntas, as quatro formaram a base de uma geração vitoriosa do Brasil, que provavelmente fez sua despedida Olímpica em Atenas, com o quarto lugar. Nenhuma delas deu adeus definitivamente à seleção, mas, em Pequim-2008, dificilmente manterão seus postos.


Alessandra não deve chegar à Pequim
O quarteto já tem suas substitutas. Helen já deu lugar a Iziane e deve perder espaço também para Adrianinha. Kelly e Érika já mostraram em Atenas que estão "comendo" o tempo de quadra da dupla Alessandra e Tuiú.

A única que ainda não tem uma sucessora é Janeth. A mais provável é Micaela, que, por lesão, ainda não disputou Mundial ou Olimpíada pela seleção. Maior jogadora em atividade do basquete nacional, Jane, como é chamada pelas atletas, só deve perder sua vaga quando quiser.

"Atenas não foi uma despedida para mim. Mas não sei como estarei fisicamente daqui a dois anos. Psicologicamente estarei bem, isso não é o problema. Estou participando intensamente de várias competições. Fica difícil pensar nisso com a cabeça quente após a perda da medalha", avisou a jogadora.

Por isso, o técnico Antonio Carlos Barbosa já começa a analisar novas gerações. Ele mesmo, aliás, pode deixar o cargo em breve. Seu auxiliar, Paulo Bassul, pode assumir o time em breve. O presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), Gerasime Bozikis, já disse que quer Barbosa como um coordenador de seleções.

"A nossa responsabilidade será grande. A renovação acontecerá normalmente. Algumas meninas que foram vice-campeãs mundiais sub-21 poderão ser aproveitadas", avisou o técnico.

Algumas, aliás, já foram usadas. Reserva de Janeth, Silvinha foi capitã da equipe que perdeu a final do Mundial de 2002 para a Croácia. Érika foi a maior reboteira da competição para jovens. E Iziane só não participou do campeonato porque estava na WNBA, a liga profissional feminina dos EUA.

Agora, é só pensar em manter o patamar elevado. Em dez anos, o Brasil foi campeão mundial, conquistou uma medalha de prata e uma de bronze em Olimpíadas e ainda ficou em quarto em um Mundial e em uma Olimpíada.

"São poucas as equipes no mundo que conseguem se manter na elite há dez anos. Temos que continuar o trabalho. Não é nenhum pesadelo ficar em quarto. Acho que não houve nenhuma hecatombe", analisou.

A imagem das jogadoras, porém, é bem diferente. Destaque do Brasil, a pivô Alessandra acha que é hora de se refletir sobre o futuro do basquete no país. "Temos que pensar já no Mundial de 2006. Alguma coisa está acontecendo de errado. O problema não é no adulto, tem que se olhar para a base. Há a necessidade de se investir na escola, trabalhar com crianças de 9, 10 anos. O Brasil também está carente de técnicos, tanto no masculino quanto no feminino", afirmou.

"As seleções adversárias se aperfeiçoaram. Não conquistamos a medalha, mas mantivemos a posição de quarto lugar no ranking mundial. Nos meus 17 anos de Seleção, o basquete feminino do Brasil esteve entre os melhores, apesar de todas as dificuldades. Agora temos que criar mais equipes, buscar mais patrocinadores e investir na formação de base", completou Janeth.

Fonte: UOL
Seleção cansa diante da Rússia e completa a pior campanha desde Barcelona-92

Brasileiras perdem a mão, sofrem no garrafão e deixam o pódio olímpico
ADALBERTO LEISTER FILHO
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS

A seleção feminina de basquete ficou fora do pódio olímpico pela primeira vez desde os Jogos de Barcelona-92. Ontem, a equipe do técnico Antonio Carlos Barbosa voltou a apresentar deficiência nos arremessos de quadra e perdeu para a Rússia por 71 a 62 na disputa da medalha de bronze.
Desde que conquistou a prata em Atlanta-96, a equipe nacional perdeu uma colocação a cada quatro anos. Em Sydney-00, o time havia ficado em terceiro.
A vitória sobre o Brasil serviu como vingança para a Rússia. Na última edição dos Jogos, uma cesta de Alessandra nos segundos finais definiu a vitória das brasileiras sobre as rivais nas quartas-de-final, retirando as russas da disputa por um lugar no pódio.
Na primeira fase, o Brasil também não se esforçou para ganhar da Austrália. O objetivo era evitar o duelo contra os EUA antes de uma possível final. A estratégia obrigou as russas a pegarem as norte-americanas na semifinal.
"Queríamos jogar contra elas só na disputa pelo ouro. Mas, como os resultados do grupo nos deixaram em segundo lugar, tivemos de enfrentá-las antes", alfinetou a armadora Ilona Korstin, referindo-se ao fato de o Brasil ter atuado com reservas em boa parte do jogo contra a Austrália, que pôs as russas na vice-liderança.
Ontem, a seleção nacional voltou a apresentar as mesmas deficiências da partida contra a Austrália, válida pela semifinal.
O time teve baixo aproveitamento nos tiros de quadra. Houve 26 acertos em 64 tentativas (41%). Os arremessos de três pontos, uma das armas do país na fase de classificação, voltaram a não cair -apenas 15% de acerto.
"Erramos muito e isso custou caro. Quando a Rússia conseguiu vantagem, não foi possível reagir", lamentou Janeth, 35, principal nome da equipe, que se despediu dos Jogos com 15 pontos.
As russas, por sua vez, erraram bastante. Desgastadas após perderem por quatro pontos para os EUA (66 a 62), as européias foram ainda piores, com índice de acerto de 34% nos arremessos.
As deficiências eram compensadas pelo bom trabalho no garrafão. Com o trunfo de contar com a jogadora mais alta da competição, a pivô Maria Stepanova, de 2,14 m, a equipe capturou 41 bolas embaixo da tabela. Mesmo com Alessandra, quarta maior reboteira da competição (8,9 por partida), o Brasil recuperou só 28.
"Não vim aqui para ser cestinha ou reboteira. Vim para ganhar medalha. Temos de agir como um grupo", disse a pivô.
O confronto foi equilibrado até o terceiro quarto, quando a Rússia obteve vantagem de um ponto (47 a 46). Com menor revezamento, as brasileiras se cansaram na etapa final. Janeth e Iziane atuaram por mais de 36 minutos. Barbosa colocou nove jogadoras em quadra. Já o técnico Vadim Kapranov usou suas 12 atletas.
Só Elena Baranova jogou mais de 30 minutos. Apesar da vitória, a ala demonstrou insatisfação.
"Não estou feliz. Queria o primeiro lugar. O resto não é nada. Não posso ficar satisfeita com o bronze. Só gosto de ver meu time como o campeão", reclamou Baranova, 32, ouro em Barcelona-92, atuando pela CEI, que reunia países que formavam a ex-URSS.
Os lamentos da estrela russa contrastavam com a cara de decepção das brasileiras. Adrianinha saiu da quadra em lágrimas.
"A tristeza é muito grande. É difícil avaliar o que faltou. Agora temos que levantar a cabeça e pensar que ficar entre as quatro melhores do mundo também é bom", argumentou a armadora.

FRASE

"Estou muito desapontada. Acho que falhamos, mas havia bons times e não foi fácil chegar até aqui"
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ALESSANDRA
pivô da seleção

O PERSONAGEM


Resignada, Janeth vê "patamar bom" e não promete 2008

DO ENVIADO A ATENAS

Maior cestinha das Olimpíadas, Janeth, 35, afirma que não sabe se irá a Pequim-08. A ala atingiu na Grécia a marca de 535 pontos em Jogos.
"Não sei se vou estar jogando na seleção até Pequim. Antes, quero ver como estarei fisicamente daqui a dois anos."
Foi a quarta participação olímpica da brasileira, que disputou Barcelona-92, Atlanta-96 e Sydney-00. A norte-americana Lisa Leslie, cestinha dos EUA em Atenas com 15,6 pontos por jogo, é a segunda colocada. A pivô já marcou 407 pontos em Olimpíadas.
Janeth pode se despedir da seleção no Mundial de 2006, que ocorrerá em São Paulo e no Rio. "Quatro anos é um tempo muito longo. Muita coisa pode acontecer", diz ela.
Janeth terminou o torneio olímpico como a cestinha do Brasil e a quarta do campeonato, com média de 18 pontos por jogo. Iziane, 22, vem em segundo lugar, com média de 15 pontos. Para Janeth, a performance da ala-armadora já é um indício de troca de bastão.
"Gradativamente, a seleção brasileira vai se renovando. Ficamos em quarto, mas estamos em um patamar bom", acredita a jogadora, que lamentou o fracasso de ontem, contra a Rússia.
"Nosso principal objetivo era ganhar medalha. Não deu, mas temos que valorizar nossa colocação", diz Janeth.(ALF)

"Barbosa quer ficar até morrer"

DO ENVIADO A ATENAS

Apesar de fracassar nas últimas duas últimas competições de peso, o presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Gerasime Bozikis, o Grego, avisou que a comissão técnica da seleção será mantida. "Sei que o [Antonio Carlos] Barbosa quer ser treinador do Brasil até morrer. No futuro, ele será o supervisor da seleção. O caminho natural é ele dar lugar para o Paulo Bassul [assistente da seleção]. Mas isso vai acontecer com o tempo. Não é por causa de um quarto lugar aqui que vamos mudar tudo."
No Mundial de 2002, a seleção, candidata ao pódio, acabou em sétimo lugar. Desde que ascendeu à elite, com o título mundial de 1994, é a primeira vez que o país fecha um ciclo olímpico sem pódio nos dois principais torneios.
O revés na China, em 2002, obrigou o Brasil a conquistar o título do Pré-Olímpico, no ano passado, para garantir a vaga olímpica.
Na época, Barbosa reclamou do pouco tempo que teve para treinar a equipe. Janeth se apresentou às vésperas do torneio, e o treinador sofreu com os desfalques da ala Micaela e da armadora Helen, que se machucaram.
Para Atenas-04, ele teve dois meses para preparar a equipe. Algumas atletas abriram mão de propostas vantajosas da Europa ou da WNBA para treinar.
Agora, mesmo após o fracasso, Grego afirma: "Estamos satisfeitos com o trabalho da atual comissão técnica, que foi bem-feito. Ela não será mudada".(ALF)

Fonte: Folha de São Paulo




Bravo, Argentina. E chegou a hora de mudanças


Por Juarez Araújo, colunista AOL Esportes

O basquete na Olimpíada de Atenas ficou em boas mãos. No masculino, a Argentina reeditou o sucesso alcançado no Mundial de Indianápolis, há dois anos. Eliminou os americanos na semifinal e depois matou a Itália com propriedade de uma seleção que atinge seu máximo no momento planejado. E isso graças a um trabalho e sério que vem há mais de 10 anos. No feminino, deu a lógica. As americanas conquistaram a terceira medalha de ouro seguida em Olimpíadas. A última medalha de ouro perdida foi na final de 92, em
Barcelona, quando a CEI foi melhor.


A seleção brasileira feminina cumpriu seu papel dentro das limitações em que foram colocadas as jogadoras. Em jogo algum, nem mesmo na vitória contra a Espanha nas quartas-de-final, deixou o mais otimista torcedor confiante de que poderia trazer uma medalha. A equipe foi mal treinada, sem liderança dentro e fora da quadra e o quarto lugar foi até um milagre, graças ao talento individual da Janeth, da jovem Iziane e das esforçadas pivôs Alessandra, Cíntia Tuiú e Cátia.


Faltou ao Brasil – e isso foi alertado nesta coluna há tempos – uma postura agressiva na defesa e jogadas especiais em momentos especiais, como faltando poucos segundos para terminar um período ou a partida. O que se via era um amontoado de jogadoras correndo de um lado para o outro, sem corta-luz, sem
posicionamento. As derrotas eram iminentes diante desse quadro. O experiente técnico Antônio Carlos Barbosa, parece que parou no tempo.


Não se ganha mais jogo no chamado grito e muito menos atacando com jogada “figura de oito”. É preciso dar uma cara ao basquete feminino brasileiro. E por isso, acredito que a contribuição do treinador ao basquete brasileiro, como técnico, se encerrou em Atenas. Como haverá renovação natural no elenco, quem sabe chegou a vez de outro técnico também assumir.


De qualquer forma, o quarto lugar foi um milagre alcançado pelas jogadoras, diante das condições de organização que nossas meninas vivem. Exemplo: Janeth que nem time tem para jogar o Nacional. Outro detalhe é que há tempo não acontece um Campeonato Brasileiro e até Paulista digno da tradição da
modalidade que já ganhou duas medalhas olímpicas, um Mundial e dois Pan-americanos.


A seleção americana feminina mostrou mais uma vez o poderio do país. Mas o time dirigido pelo técnico Van Chancellor envelheceu. Lisa Leslie, Dawn Staley, Tina Thompson e Yolanda Griffith não jogarão outra olimpíada, ao contrário do jovem time australiano que pela segunda vez perdeu o ouro para as americanas. Vale lembrar que em Pequim, em 2008, o time dos EUA estará renovado. A Austrália, não. E aí a bela Lauren Jackson pode, enfim ganhar o ouro.


A grande surpresa no masculino sem dúvida alguma foi a Argentina. Ouro e com mérito. No time que tem Manu Ginobili, Nocioni, Pepe Sanchez, Scola e Oberto, os argentinos deram grande passo ao ouro inédito ao eliminarem os Estados Unidos na semifinal. Depois, contra a Itália, na decisão do ouro, mostrou mais uma vez que a escola argentina chegou para ficar. Jogadores disciplinados, fortes e aguerridos na defesa, los hermanos deram uma aula sob o comando do competente Ruben Magnano. Aos americanos, o bronze foi mais um castigo de quem pensa que é, mas não é superior. Não se pode montar uma seleção em poucos dias e enfrentar adversários que passam o ano todo pensando no momento único: vencer os americanos. Foi assim com a Lituânia e Porto Rico. E depois para os argentinos.


Um ciclo olímpico já se foi. Vamos acompanhar atentamente o próximo. E quem sabe com uma nova geração vencedora do Brasil. Afinal de contas, o basquete brasileiro não suportará outro fracasso com uma geração que hoje tem cinco jogadores atuando na NBA. Só falta uma organização melhor.


De bandeja

• Janeth Arcain deve ter encerrado o ciclo olímpico com uma marca difícil de ser batida. Nos 29 jogos que atuou nas quatro olimpíadas que disputou, a lateral marcou nada menos que 535 pontos. Janeth retorna junto com a delegação brasileira nesta segunda-feira, mas ainda não sabe em qual equipe irá jogar o próximo Campeonato Nacional. Por sinal, a delegação brasileira chega nesta segunda-feira (30) por volta das 4h40 em Cumbica.


• O Brasil ganhou uma medalha de ouro com o árbitro Carlos Renato dos Santos, que entrou para a história de finais olímpicas. Pela segunda vez ele apitou uma decisão. Antes, o Brasil já tinha colocado dois árbitros em finais olímpicas. Primeiro foi em 1972, com Renato Righeto, no conturbado jogo entre Estados Unidos e União Soviética, quando os soviéticos venceram. Depois Antônio Carlos Affini e, agora, Renatinho batendo o recorde, apitando duas finais. Em Sydney, no ano 2000, ele também apitou a final.


• Iziane Marques mostrou em Atenas que se consolidou como jogadora de seleção e internacional. Jogou como gente grande, como foi Janeth, Hortência e Paula. Resta agora um planejamento melhor para as próximas competições, inclusive com a geração que foi vice-campeã mundial no juvenil sob o comando
do técnico Paulo Bassul.


• Acabou o sonho olímpico para as meninas. Agora vem em outubro o Campeonato Nacional. E por incrível que possa parecer, quase toda seleção vai jogar na Europa. E por aqui, nem o número de clubes que vão participar se sabe. E nesse início de setembro, no masculino, tem o Campeonato Paulista, com 15 equipes e com três disputando o título: COC/ Ribeirão, Uniara e Paulistano.

Fonte: Coluna Juarez Araújo, AOL

Chateada com derrota, Janeth descarta aposentadoria

Por Camila Moreira


ATENAS (Reuters) - Maior referência da seleção brasileira feminina de basquete, a ala Janeth deixa Atenas chateada com o quarto lugar da equipe na Olimpíada, porém sem planos de se aposentar.

"Não é decepção, jamais sairia de uma quadra decepcionada. Mas saio chateada, porque o Brasil tinha condições de ir mais longe, a equipe lutou", disse ela, que foi prata nos Jogos de Atlanta-96 e bronze em Sydney-2000.

Aos 35 anos, a única coisa de que ela tem certeza é que não vai retornar este ano ao Houston Comets, equipe da WNBA.

"Ontem estava conversando com o pessoal do Houston, disse que estava um pouco cansada e que tinha algumas aparições para fazer no Brasil. Eles já tinham me mandado o contrato, mas eu não quis me arriscar, porque ir para lá faltando oito jogos, com o Houston em sexto e saindo de um campeonato tão desgastante como essa Olimpíada, fica um pouco complicado", explicou ela.

Seus planos no momento incluem disputar o Campeonato Brasileiro, que começa em outubro, mas ela ainda não sabe qual será sua equipe.

"Não sei ainda para onde vou. Quero ficar no Brasil, já tive proposta de Ourinhos, Americana, Minas Gerais, mas ainda não decidi nada. É mais certeza que eu fique em São Paulo."

Os próximos dois anos deverão ser decisivos para Janeth, que vai avaliar sua forma nesse período para decidir se disputa o Mundial de 2006, que acontecerá no Brasil.

"Psicologicamente não teria problema, mas tem de pensar fisicamente. Fica difícil prever uma coisa tão para a frente. Vou dar uma pensada, tem coisas para acontecer antes. Mas espero até a hora em que não aguentar mais."

Apesar de não ter feito uma Olimpíada brilhante, Janeth foi a cestinha do Brasil com 144 pontos, média de 18 por jogo, à frente de Iziane com 120.

Ela foi ainda a terceira jogadora do campeonato que mais marcou -- a cestinha da Olimpíada foi a australiana Lauren Jackson, com 183 pontos.

"A seleção depende muito da Janeth, de como ela está no jogo para poder desempenhar um pouco melhor, e é claro que não é todo jogo que a gente pode estar bem", afirmou Janeth, que prefere não determinar um prazo para deixar as quadras.

"Quero sempre me dedicar 100 por cento. Não sei como ficaria a seleção sem a Janeth, acho que precisaria ter um campeonato para ver."

Fonte: AOL

Basquete feminino pensa agora no Mundial de 2006

Apesar de ter que voltar para casa sem medalhas - o que aconteceu nos dois últimos Jogos - as brasileiras enalteceram o fato de terem ficado entre as quatro melhores equipes de Atenas. Agora, a meta é garantir o Mundial de 2006, que será realizado no Brasil.

Para o técnico Antônio Carlos Barbosa, o planejamento deve ser iniciado desde já. "Em casa temos que fazer com que essas jogadoras joguem bastante. A nossa responsabilidade será grande. A renovação acontecerá normalmente. Algumas meninas que foram campeãs mundiais sub-21 poderão ser aproveitadas", disse.

Barbosa acredita, ainda, que o Brasil está no mesmo nível dos adversários. "Não somos melhores do que ninguém. Podemos ganhar ou perder. Preocupante seria não virmos para os Jogos Olímpicos. São poucas as equipes no mundo que conseguem se manter na elite há dez anos. Temos que continuar o trabalho. Não é nenhum pesadelo ficar em quarto. Acho que não houve nenhuma hecatombe", analisou.

Já o presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Gerasime Bozikis, destacou o trabalho que vem sendo feito no esporte. "Hoje temos cinco jogadores na NBA, todos na faixa dos 20 anos, e estamos com uma nova Seleção Brasileira no masculino. Esse trabalho leva de oito a dez anos e esse buraco está suprido. No feminino, estamos há dez anos entre as quatro melhores do mundo. Já fizemos contato com vários países visando à preparação das seleções adultas para os Campeonatos Mundiais de 2006. No próximo ano, antes da Copa América (Pré-Mundial), iremos disputar amistosos contra as principais forças do basquete", declarou.

"Trabalho será mantido", diz presidente da CBB


Antonio Prada
Direto de Atenas

O presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Gerasime Bozikis, o Grego, rebateu as declarações revoltadas de algumas jogadoras que criticaram a estrutura do basquete feminino brasileiro e afirmou que o trabalho que está sendo realizado será mantido. "As meninas têm que botar a bola na cesta e essa discussão existe dentro da confederação e elas podem participar, internamente", reclamou, querendo encerrar o assunto.
Hoje, após a derrota do Brasil para a Rússia que custou a medalha de bronze, a pivô Alessandra criticou muito a pobreza do basquete feminino dentro do Brasil, com faltas de times, patrocínios e trabalho de base". Saiba mais

Mesmo assim, Grego disse concordar que existe o problema e que ele está sendo tratado. "Não basta tirar uma Alessandra e colocar uma Érika. É preciso trazer novas meninas e dar experiências para elas". "O trabalho de base vem tentando fazer o possível, mas faltam verbas, técnicos e equipes". Por fim, Grego desabafou: "eu carrego dois pesos: um foi o fato de a seleção masculina não ter participado dos Jogos; outro, é o feminino não ter conseguido a medalha".

Mudanças na seleção


O presidente da CBB disse que não estão previstas outras mudanças na seleção, além das já anunciadas. O atual técnico, Antonio Carlos Barbosa, passará a coordenar o trabalho. Em seu lugar, assumirá Paulinho, que atualmente é o assistente responsável por todo o trabalho de defesa.

"As mudanças serão apenas de nomes. O trabalho da comissão é muito harmônico e todos têm liberdade de opinar. O Paulinho já tem total responsabilidade pela defesa", comenta Barbosa.

O técnico e o presidente lembram que o trabalho agora é pensar no Mundial de 2006, que será realizado no Rio de Janeiro e em São Paulo. "O planejamento já começa agora. Existe o time sub-21 que tem conquistado bons resultados. Mas ainda não podemos falar sobre as jogadoras atuais. Temos que esperar para ver como elas vão estar daqui a dois anos", explica Barbosa.

Grego disse que para o Mundial, o Brasil vai se preparar com amistosos. "Já estive em contato com a Espanha e com a Grécia para realizarmos amistosos no Brasil, em 2005".

Alessandra reclama de falta de base no Brasil



Antonio Prada
Direto de Atenas

A pivô Alessandra, da Seleção Brasileira de basquete, era hoje uma das jogadoras mais decepcionadas com a perda da medalha de bronze para a Rússia.

Chorando, a jogadora reclamou a falta de uma escola de base brasileira e de times fortes no basquete feminino nacional.

"O momento é de reflexão do basquete brasileiro. Alguma coisa está acontecendo. O problema não é só acabar sem uma medalha olímpica. Onde estão as categorias inferiores do basquete do Brasil? Por que a seleção masculina não está aqui?", reclamou.

Alessandra insistiu que o País carece de uma escola de formação para crianças a partir dos dez anos e de bons técnicos. "Quando um time depende de três ou quatro jogadoras, não tem jeito".

A pivô não escondeu ainda a frustração pessoal com a derrota. "Tenho que pensar na minha vida pessoal. Eu não queria vir para a seleção, tive problemas de saúde, mas meu técnico na Itália e minhas colegas me mostraram o outro lado da moeda, a importância de estar numa Olimpíada, principalmente, porque a Itália faz tempo que não vem", lembra, deixando em aberto como ficará seu futuro na seleção.

"Eu não vim para ser cestinha, mas para ganhar medalha. Se eu tivesse feito seis pontos, mas ganho a medalha era o que importaria", finalizou.

Janeth abre mão de jogar na WNBA este ano


Antonio Prada
Direto de Atenas

A mais experiente jogadora da Seleção Brasileira de basquete, a ala Janeth, abriu mão de disputar este ano a WNBA (liga profissional do basquete feminino nos Estados Unidos) pelo time do Houston Comets. Ela justificou a decisão dizendo que a competição já está na metade, faltando oito jogos, e a equipe está na sexta colocação. "Já tinha recebido o contrato, mas eu estou cansada e não quero arriscar neste momento", explicou.

Janeth disse que já recebeu propostas de algumas equipes brasileiras como Ourinhos, Americana, ambas paulistas, e Tupinambás, de Minas. Mas a jogadora afirmou que deverá permanecer em São Paulo.

Sobre a perda da medalha de bronze para a Rússia, Janeth disse que está chateada pelo objetivo não ter sido alcançado, mas não se considera frustrada. "Não estou decepcionada, principalmente porque sei que me dediquei ao máximo dentro de quadra". Para ela, houve uma grande evolução de todas as equipes de Sydney para cá. "Mudou muito, todo mundo se aperfeiçoou e ainda assim estamos no mesmo nível". Janeth explicou que hoje a Rússia soube se aproveitar da falha brasileira no rebote.

A jogadora lembra que desde que está na seleção, há 17 anos, o Brasil figura entre as melhores do mundo. "Nunca deixamos de participar de uma olimpíada e, apesar das dificuldades do basquete brasileiro, sem clubes, sem patrocínios e sem base, ainda estamos entre as quatro melhores".

Aos 35 anos, Janeth disse que ainda quer jogar muito pela seleção, principalmente, para o mundial de 2006 que será realizado no Rio de Janeiro e em São Paulo, "mas vai depender do meu físico. Eu quero sempre me dedicar 100%, então não sei até quando poderei contribuir com a equipe".

Ela lembra que já para a Atenas, toda a preparação feita com o grupo foi para que não dependesse apenas de uma jogadora. "Não é em todo jogo que se está bem. Espero que se continue todo este trabalho de equipe".

Fonte: Terra









Ginóbili e Leslie são eleitos melhores dos Jogos


Atenas (Grécia) - Líderes das equipes campeãs, o argentino Emanuel Ginóbili e a norte-americana Lisa Leslie foram eleitos os melhores jogadoras da competição de basquete nas Olimpíadas de Atenas.
Ginóbili comandou o inédito triunfo argentino, sendo o destaque na final contra a Itália, com 16 pontos, seis rebotes e seis assistências.

O jogador também foi vital na vitória dos EUA e no triunfo de estréia contra Sérvia e Montenegro, quando marcou a cesta no último segundo que deu a vitória aos argentinos.

Os argentinos Luis Scola, Walter Herrmann, Ruben Wolkowyski e Alejandro Montecchia também foram votados, assim como o italiano Giacomo Galanda e o espanhol Pau Gasol.

No feminino, Leslie teve uma média de 15,3 pontos por partida, liderando os EUA na conquista do tricampeonato olímpico. As norte-americanas Tina Thompson e Sheryl Swoopes, a australiana Lauren Jackson, a espanhola Nuria Martinez, a nigeriana Mfon Udoka e a russa Maria Stepanova também foram votadas.


Quarto lugar não é pesadelo para Barbosa


Atenas (Grécia) - Fora do pódio pela primeira vez em três edições olímpicas, o técnico da seleção brasileira feminina de basquete, Antonio Carlos Barbosa, fez questão de ressaltar que o resultado não foi uma tragédia. 'Não somos melhores do que ninguém. Podemos ganhar ou perder. Preocupante seria não virmos para os Jogos Olímpicos. São poucas as equipes no mundo que conseguem se manter na elite há dez anos. Temos que continuar o trabalho. Não é nenhum pesadelo ficar em quarto. Acho que não houve nenhuma hecatombe'.
Destaque do Brasil em Atenas, a pivô Alessandra acha que é hora de do futuro da modalidade ser repensado. 'Temos que pensar já no Mundial de 2006. Este é o momento. Alguma coisa está acontecendo de errado. O problema não é só no adulto, tem que se olhar para a base. Há necessidade de se investir na escola, trabalhar com crianças de 9-10 anos. O Brasil também está carente de técnicos, tanto no masculino quanto no feminino', analisa.

Presente nas campanhas olímpicas desde Barcelona-92, a ala Janeth pensa que muita coisa mudou em quatro anos. 'As seleções adversárias se aperfeiçoaram. Não conquistamos a medalha, mas mantivemos a posição de quarto lugar no ranking mundial. Nos meus 17 anos de Seleção, o basquete feminino do Brasil esteve entre os melhores, apesar de todas as dificuldades. Agora temos que criar mais equipes, buscar mais patrocinadores e investir na formação de base', ressalta.

Brasileiras lamentam derrota, mas pensam no futuro


Atenas (Grécia) - A derrota para a seleção russa na disputa pela medalha de bronze do torneio feminino de basquete nos Jogos Olímpicos de Atenas abateu as jogadoras do Brasil. Depois do confronto, elas lamentaram o resultado da partida e voltaram sua atenção para o futuro. Desanimada, a pivô Alessandra deixou no ar a dúvida quanto a sua permanência no grupo.
'A gente tem de pensar que tem de voltar para o time. Eu não sei se vou voltar para a seleção, por enquanto eu não sei. Ninguém gosta de perder, é triste por isso', afirmava. 'Essa medalha de bronze era uma coisa que a gente almejava. Agora temos de ter um momento de reflexão, tem um Mundial em 2006 no Brasil e se quisermos uma medalha no Brasil muita coisa tem de mudar'.

A próxima edição do Mundial, que será disputada no Brasil, também é meta para a ala Janeth. 'São quatro Olimpíadas que tenho ajudado o Brasil, mas me sinto honrada de ter participado da seleção. Tem muita coisa pela frente. Tenho outros objetivos e agora tenho de descansar, relaxar e pensar no Mundial-2006, pois tem muitas coisas a serem melhoradas'.

Estreante olímpica, a ala Iziane foi a mais conformada com o resultado. 'Isso não foi surpresa para mim, ficar em quarto lugar'.

Janeth sai com certeza de dever cumprido



Atenas (Grécia) - Chateada com o resultado, mas não com a performance sua e da equipe. Assim a ala Janeth deixou o ginásio do Hall Olímpico de Atenas, onde o Brasil perdeu da Rússia por 71 a 62, na decisão do bronze nas Olimpíadas de Atenas.
Apesar de o país ficar fora do pódio olímpico após 12 anos, a ala deixou a Grécia como a única atleta do basquete feminino brasileiro a atingir a marca dos 500 pontos em Jogos Olímpicos. O feito foi atingido contra a Espanha e Janeth terminou a competição com 535 pontos em 29 jogos.

Na última partida, a ala fez questão de ressaltar que o time se dedicou ao máximo para conquistar a medalha. 'A gente mudou a defesa, a atitude. Tentamos, corremos, lutamos, mas elas levaram a melhor. Talvez a equipe delas tenha mais vantagens que a nossa', explicou.

Para Janeth, a sua atuação em Atenas a deixa satisfeita. 'Sei que me dediquei ao máximo, tentei de tudo. Fizemos tudo o que foi possível, mas não conseguimos melhorar o nosso ranking. Não saio decepcionada, mas sim chateada por não ter conseguido o resultado', disse.

Segundo ela, o problema nos rebotes (a Rússia apanhou 41 contra 28 do Brasil) já era esperado pela equip. 'A gente perde em algumas coisas. Uma delas é a altura, nem tanto nas pivôs mas nas laterais como eu', comentou

Brasileiras conformadas com quarto lugar


Atenas (Grécia) - Derrotadas pela segunda vez pela Rússia, as brasileiras evitaram as desculpas e mostraram um quadro de conformismo após o revés sofrido por 71 a 62, na manhã deste sábado, que tirou o Brasil do pódio do basquete feminino nas Olimpíadas de Atenas.
A equipe esteve bem em todo jogo, manteve o equilíbrio até o terceiro quarto, mas teve um início desastroso no último período e não conseguiu mais se recuperar. Com isso, a seleção ficou fora do pódio pela primeira vez após a prata em Atlanta-1996 e o bronze em Sydney-2000.

Com 13 pontos na partida, a pivô Alessandra preferiu não polemizar. 'Acho que agora não é hora de falar o que erramos. Temos de analisar e ver o que aconteceu. Ninguém gosta de perder e estou triste por isso', avaliou.

Para a ala Iziane, os erros nos arremessos de três pontos foram decisivos na partida. 'A gente teve um baixo aproveitamento. Hoje (sábado) as bolas de três não caíram. É uma bola que costuma cair e quando isso não acontece, faz muita falta', analisou.

Em todo jogo, o Brasil acertou apenas duas das 13 tentativas, um aproveitamento de 15%. A única a acertar foi a armadora Adrianinha, no terceiro quarto, quando a equipe abriu cinco pontos de frente (46 a 41).

'Realmente os três pontos foi bem abaixo do que a gente esperava. Também erramos em outros pontos, falhamos na defesa. Mas agora acabou, paciência', destacou a ala Helen, que fez apenas dois pontos no jogo, acertando apenas um dos cinco arremessos que tentou.


Precipitado, Brasil perde da Rússia e fica fora do pódio



Atenas (Grécia) - Dominado no garrafão e com Janeth em atuação apagada, o Brasil ficou fora do pódio olímpico pela primeira vez em três edições. Prata em Atlanta-1996 e bronze em Sydney-2000, a equipe foi batida pela Rússia por 71 a 62 (32 a 32 no primeiro tempo), na decisão do terceiro lugar das Olimpíadas de Atenas.
Com isso, o Brasil perde a chance de subir ao pódio, mostrando as mesmas falhas dos últimos jogos na Grécia: dependência de Janeth, limitação de jogadas e precipitação no ataque.

A Rússia chegou a estar seis pontos atrás no placar, mas foi se tranquilizando aos poucos e, no último quarto, aproveitou uma série de erros brasileiros para vencer a partida, conquistando assim a medalha de bronze.

A ala Janeth, que só havia marcado seis pontos nos três primeiros quartos, melhorou nos minutos finais, quando a Rússia já tinha nove pontos de vantagem. O Brasil ainda tentou uma reação, que foi parada por uma boa marcação russa.

Sem opções, o ataque brasileiro cansou de errar nos arremessos finais e acabou tendo de se contentar com o quarto lugar nos Jogos de Atenas.

A cestinha do Brasil nesta manhã foi a ala Iziane, com 16 pontos, um a mais que Janeth. Pela Rússia, o destaque foi a armadora Gustilina, com 12 pontos, enquanto a pivô Osipova foi vital no garrafão, com dez rebotes. No total, as russas apanharam 41 rebotes, 13 a mais que o Brasil.

A partida
O Brasil começou muito bem na partida com as jogadas no garrafão e boas infiltrações de Iziane no início. Com uma boa marcação, o Brasil abriu cinco pontos de vantagem (20 a 15) no final do primeiro quarto, mas a Rússia descontou com um arremesso de três pontos.

No período seguinte, o time brasileiro ficou mais nervoso e passou a errar mais. Mas as russas também falhavam nos arremessos e o jogo ficou mais de dois minutos sem pontos, quando Janeth infiltrou e deixou o Brasil com 26 a 22.

Em seguida, Alessandra aproveitou contra-ataque e levou o país a seis pontos de frente, mas uma bobeira acabou com toda a vantagem. O técnico Antonio Carlos Barbosa reclamou da arbitragem, tomou uma falta técnica e as russas diminuíram a liderança brasileira para 28 a 27.

A partir daí, o jogo ficou bastante equilibrado nos erros e a Rússia só conseguiu o empate por 32 pontos, a 30 segundos do final, com um tiro certeiro de Gustilina da linha dos três pontos.

No terceiro quarto, a Rússia iniciou bem e assumiu a liderança com cesta de três de Baranova. Mas a festa russa parou por aí. Nos minutos seguintes, Adrianinha acertou dois arremessos de três pontos e o Brasil abriu 44 a 41.

Quando as brasileiras se animavam, o time passou a errar demais no garrafão. A Rússia cansou de pegar rebotes na defesa brasileira e conseguiu virar no final do quarto, com uma cesta de Shchegoleva, que deixou a Rússia com 47 a 46.

No último período, a impressão do jogo equilibrado acabou. Nos primeiros quatro minutos, o Brasil teve um desastroso desempenho. O time cansou de errar no ataque, marcou apenas um ponto (com lance livre de Janeth) e a Rússia abriu nove pontos, com boa atuação de Stepanova e Arkhipova.

A partir daí, Janeth comandou a reação brasileira. A ala assumiu a responsabilidade na hora dos arremessos e fez o Brasil diminuir a vantagem russa para três pontos (57 a 60). Mas a Rússia aumentou a marcação na experiente brasileira e a reação parou por aí.

Com uma série de erros do ataque rival, a Rússia apenas controlou a vantagem para conquistar a medalha de bronze.

Fonte: Gazeta Esportiva




sábado, 28 de agosto de 2004

Brasil regride e perde bronze no basquete feminino

Antonio Prada
Direto de Atenas

A Seleção Brasileira feminina de basquete regrediu e terminou a Olimpíada na quarta colocação. A equipe perdeu a disputa pela medalha de bronze em partida contra a Rússia por 71 a 62. Após a derrota de ontem contra a Austrália, que deixou a seleção fora da final, as brasileiras buscavam igualar a campanha de Sydney-2000 com o bronze.

Veja foto da partida
O melhor resultado do Brasil em Jogos Olímpicos foi em Atlanta-1996 quando a equipe que tinha Hortência, Paula e Janeth conquistou a medalha de prata. Desde então, a seleção sempre marcava presença no pódio.

"Nunca tivemos uma preparação tão boa como essa, mais de dois meses com todas as jogadoras à disposição. Agora podemos ser cobrados", havia declarado o técnico Antônio Carlos Barbosa antes do início dos Jogos.

Hoje, após a partida ele fez questão de ressaltar a importância da colocação final. "Estamos na elite do basquete há dez anos, mas querer ser o melhor é outra coisa. Não basta querer, é preciso ser", diz afirmando que "são poucas as equipes que conseguem isso, passando pelas dificuldades que o basquete brasileiro enfrenta".

Para a disputa do bronze contra a Rússia - que já havia vencido o Brasil na primeira fase - a seleção se mostrou eficiente na defesa e pode contar com a experiência de Janeth e Helen, anuladas no jogo contra as australianas.

Iziane foi uma das melhores jogadoras em quadra. Mas nada disso foi suficiente, já que o jogo foi disputado até o fim com as duas equipes se revezando na liderança do placar, até que no último quarto, as russas se deram melhor.

"De novo, as bolas não entraram, principalmente, as de três pontos. Perdemos para a equipe que foi derrotada por somente quatro pontos para os Estados Unidos", avalia Barbosa.

Menos conformadas estavam as jogadoras Alessandra, Adrianinha e Iziane. "A equipe fez o que pode e fomos bem nos 3 quartos, mas, no último, desandou", disse, chorando, Adrianinha. "O trabalho de preparação de três meses foi duro e não sei se precisa ser reavaliado com mais jogos". Mesmo assim, a jogadora se disse orgulhosa de um quarto lugar, mas lamenta "já que somos tão bem valorizadas nos clubes do exterior, deveríamos ter valorizado o Brasil com a medalha".

Iziane foi mais seca em sua declaração. "Não gosto de perder. Fica agora a tristeza. Não viemos para ficar de mãos abanando, mas é assim que voltaremos. Apesar do quarto lugar, ficou faltando algo", desabafou. Ela disse que nenhuma equipe se preparou tanto quanto o Brasil. "Se fosse pelos três meses da nossa preparação, seríamos campeãs. Sabíamos que o jogo de hoje era nosso e fomos para cima, mas no fim, não conseguimos recuperar a diferença. Elas mereceram".

O primeiro quarto estava para o Brasil até os seis minutos, quando a vantagem era de quatro pontos. No entanto, como na partida contra a Austrália, as brasileiras passaram a errar e a permitir lances de três pontos. A Rússia chegou a virar, mas as jogadoras acordaram e conseguiram se recuperar, terminando com 20 a 18.

No segundo quarto, o Brasil começava perdendo muitos rebotes e contra-ataques, mas conseguia manter um trabalho de defesa no garrafão e ainda contava com o azar das russas, cujas bolas não entravam. Ao contrário da derrota de ontem, Helen estava atenta no jogo, conseguindo roubadas de bola e trabalhando bem com Janeth. A seleção ainda sofria com desatenção, mas se mantinha à frente até que nos últimos segundos, um chute de três da Rússia deixou o quarto empatado em 32 a 32.

O segundo tempo já começou com a Rússia na frente por dois pontos, mas as brasileiras estavam sempre encostando até conseguirem virar em 44 a 41. O placar, porém, não era estável e a as russas terminaram o período em 47 a 46.

No último quarto, a Rússia conseguiu abrir sete pontos de vantagem, a maior do jogo. Enquanto isso, as brasileiras desperdiçavam contra-ataques e bobeavam na defesa. As russas foram ampliando e a seleção não conseguia se recuperar. Com pouco mais de um minuto para terminar, o Brasil perdia por 66 a 61 e não conseguiu evitar a derrota.

Fonte: Terra
BRASIL TERMINA EM 4º LUGAR NA OLIMPÍADA DE ATENAS

Atenas / Grécia – Na disputa da medalha de bronze do torneio feminino dos Jogos Olímpicos de Atenas, a Rússia ganhou do Brasil por 71 a 62 (32 a 32 no primeiro tempo). As cestinhas foram as alas brasileiras Iziane e Janeth, com 16 e 15 pontos, respectivamente. Os Estados Unidos venceram a Austrália por 74 a 63 (29 a 26 no primeiro tempo) e garantiram a medalha de ouro. A delegação do Brasil retorna ao país nesta segunda-feira (4h40), desembarcando no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo (Alitalia 672). Em seguida, a CBB irá oferecer um café da manhã para as jogadoras, seus familiares e a imprensa no restaurante The Collection (Piso Mezanino – Terminal 1). Às 14 horas, toda a equipe será homenageada pela ELETROBRÁS na sede da empresa no Rio de Janeiro (praia do Flamengo nº 66).

— Queríamos a medalha de ouro, mas infelizmente não deu. Fizemos uma preparação boa e conhecíamos bem as equipes européias e asiáticas. Mas as outras seleções também estavam preparadas para disputar os Jogos Olímpicos. Hoje não estávamos 100%, tivemos um baixo aproveitamento nos arremessos e demos várias segundas chances no ataque para elas. Foi uma competição difícil, as seleções que participaram estão na elite do basquete mundial e o Brasil se mantém entre as quatro melhores. O que separa os finalistas são pequenos detalhes. O basquete feminino merece mais atenção, continuar com os incentivos e fortalecer a base para ampliar o número de atletas. Para o Mundial 2006, tudo vai depender da minha condição física no momento para continuar ajudando a seleção brasileira. Não vou para os Estados Unidos, dispensei uma proposta do Houston Comets para jogar os playoffs, pois preciso descansar. Vou disputar o Nacional que começa em outubro, mas ainda não acertei com nenhuma equipe — analisou a ala Janeth, recordista olímpica de pontos.

— Foi frustrante por não conseguir uma medalha, mas a equipe teve méritos e manteve o Brasil entre as quatro melhores seleções do mundo. Tivemos uma boa atuação, ficamos na frente a maior parte do jogo, mas perdemos o foco nos sete minutos finais. A Rússia é uma grande equipe, sendo vice-campeã mundial por duas vezes (1998 e 2002). As russas são frias e maduras, foram muito felizes nas finalizações e souberam vencer a partida. Nossas pivôs trabalharam bem, mas nós erramos muitos arremessos de dois. Entre essas duas seleções tudo poderia acontecer. Acho que só deveríamos buscar erros se não tivéssemos nos classificado para a Olimpíada ou se não ficássemos entre os melhores. Apesar das dificuldades que enfrentamos, o basquete feminino continua na elite. Temos uma geração vice-campeã mundial Sub-21. Já iniciamos o planejamento para o Mundial de 2006 — explicou o técnico Antonio Carlos Barbosa.

— Fico decepcionada por não termos conquistado uma medalha, mas não acho que seja um fracasso ficar em quarto lugar. Muitas seleções fortes disputaram a Olimpíada e nós ficamos no topo, entre as quatro melhores do mundo. Estar nos Jogos Olímpicos é mérito do país e das jogadoras que conseguiram a classificação. Ainda não sei sobre o meu futuro na seleção brasileira. Gostaria muito de ajudar o Brasil no Campeonato Mundial de 2006, mas prefiro esperar um pouco — disse a pivô Alessandra, medalha de prata em Atlanta (1996) e bronze em Sydney (2000).

— Não gosto de perder, ainda mais uma medalha olímpica. Estou triste com a classificação final, mas tenho consciência de que o grupo fez de tudo em busca do melhor resultado. A medalha de bronze ficou para a seleção que errou menos. Nós perdemos o jogo no último quarto. No Mundial da China (2002), terminamos em sétimo lugar e agora voltamos a ficar entre as quatro melhores equipes do mundo — comentou a ala Iziane.

— Jogamos bem os três primeiros períodos bem e perdemos a partida nos últimos seis minutos, nos detalhes. A CBB se empenhou ao máximo e fizemos uma boa preparação. Trabalhamos muito nesses três meses e não tem explicação para a derrota. Vamos refletir e analisar pensando no Mundial de 2006, que será no Brasil. Ficar entre as quatro melhores seleções do mundo é motivo de orgulho — explicou a armadora Adrianinha.

— A CBB vai dar continuidade ao trabalho iniciado em junho de 1997, quando assumimos a entidade. Nesses sete anos, mantivemos o basquete feminino entre as quatro melhores seleções do mundo e iniciamos um trabalho de renovação no masculino. Já fizemos contato com vários países visando a preparação das seleções adultas para os Campeonatos Mundiais de 2006. No próximo ano, antes da Copa América — Pré-Mundial, iremos disputar amistosos contra as principais forças do basquete. Hoje, temos cinco brasileiros na NBA e muitos outros atuando na Europa. Isso é o resultado do investimento que a CBB faz nas categorias de base, através de clínicas e dos campeonatos brasileiros. A seleção feminina está na elite do basquete mundial e a masculina voltará a ficar entre as melhores do mundo — afirmou o presidente da CBB, Gerasime Grego Bozikis.

BRASIL (20 + 12 + 14 + 16 = 62)
Helen (2pts), Iziane (16), Janeth (15), Cintia (8) e Alessandra (13). Depois: Kelly (0), Érika (2), Adrianinha (6) e Silvia (0). Técnico: Antonio Carlos Barbosa.

RÚSSIA (18 + 14 + 15 + 24 = 71)
Karpova (0), Rakhmatoulina (5), Baranova (7), Vodopianova (4) e Stepanova (8). Depois: Artechina (5), Osipova (4), Korstine (6), Arkhipova (11), Kalmykova (2), Gustilina (12) e Shchegoleva (7). Técnico: Vadim Kapranov.

JOGOS OLÍMPICOS DE ATENAS
Terça-feira (dia 24)
Disputa de 11º e 12º lugar
Nigéria 68 x 64 Coréia
Disputa de 9º e 10º lugar
Japão 63 x 82 China

Quarta-feira (dia 25)
QUARTAS-DE-FINAL
Estados Unidos 102 x 72 Grécia
Rússia 70 x 49 República Tcheca
Espanha 63 x 67 Brasil
Austrália 94 x 55 Nova Zelândia

Sexta-feira (dia 27)
Disputa de 7º e 8º lugar – Grécia 87 x 83 Nova Zelândia
Disputa de 5º e 6º lugar – República Tcheca 79 x 68 Espanha
FASE SEMIFINAL
Estados Unidos 66 x 62 Rússia e Brasil 75 x 88 Austrália

Sábado (dia 28)
Disputa da medalha de bronze – Brasil 62 x 71 Rússia
Disputa de medalha de ouro – Austrália 63 x 74 Estados Unidos

Classificação final
1º- Estados Unidos; 2º- Austrália; 3º- Rússia; 4º- Brasil; 5º- República Tcheca; 6º- Espanha; 7º- Grécia; 8º- Nova Zelândia; 9º- China; 10º- Japão; 11º- Nigéria; 12º- Coréia.

Mais do que merecido



É péssimo admitir, mas as americanas, mais uma vez, atropelaram seus adversários conquistando seu 3º ouro consecutivo em Olimpíadas com impressionantes 23 vitórias em 23 jogos.

Eu não sou de elogiar os Estados Unidos, mas sou de elogiar o basquete bem jogado e levado a sério.

Parabéns as americanas e, principalmente, Tina Thompson, que fez uma Olimpíada impecável e chorou copiosamente ao vencer as Australianas.
Brasil perde medalha de bronze para a Rússia


O Brasil recuperou seu status de potência no basquete feminino, chegou à semifinal das Olimpíadas de Atenas, mas, pela primeira vez desde 1992, saiu dos Jogos sem uma medalha.

Neste sábado, as brasileiras terminaram em quarto lugar, perdendo para a Rússia por 71 a 62.O resultado pode ser considerado bom para o Brasil, considerando a última competição mundial que as garotas disputaram.

Em 2002, a seleção terminou o Mundial da China em sétimo lugar, perdendo para equipes em ascensão, como a Espanha.Em Atenas, o Brasil não deu espaços para surpresas. Venceu os times que podia vencer, perdeu para as equipes mais fortes.

A seleção perdeu quatro vezes, duas para a Austrália, duas para a Rússia. As duas seleções estiveram no pódio nos dois últimos campeonatos mundiais.Em Sydney-2000, as russas só não ficaram com medalha porque perderam para a seleção brasileira nas quartas-de-final.

A Austrália foi medalha de prata. O pódio em Atenas fica com os mesmos times do Mundial de 2002. A diferença é a posição russa, que chegou à final na China.

Após a derrota para a Austrália, na semifinal, as brasileiras não entraram em quadra abatidas. Muito pelo contrário. As russas, que tiveram o resultados esperado contra os EUA e foram eliminadas, sentiram muito mais.

Tanto que, no primeiro tempo, abusaram dos erros.Em dois quartos, a Rússia errou 25 arremessos, perdeu oito bolas e permitiu que o Brasil roubasse sete. A seleção brasileira aproveitou a vantagem no primeiro quarto e venceu por dois pontos, 20 a 18.

No segundo, as atuais campeãs européias melhoraram e venceram por dois pontos, chegando ao intervalo com o placar igual, 32 a 32.A grande responsável pela mudança foi a altura russa. Após um primeiro quarto apático, as russas acordaram, pelo menos no rebotes.

No garrafão brasileiro, o Brasil pegou 13 rebotes defensivos, contra dez ofensivos da Rússia.Traduzindo, esse número mostra que, a cada três erros de arremesso das russas, em um deles elas tiveram uma segunda chance para acertar. O Brasil só pegou três rebotes ofensivos. Ou, a cada seis dos 18 arremessos que o Brasil errava, em um elas tiveram uma segunda chance de marcar.

Após o intervalo, o Brasil só piorou no fundamento. Tanto que o terceiro quarto terminou com um empate entre o número de rebotes ofensivos da Rússia com os defensivos do Brasil, 18. Na partida inteira, a Rússia pegou dois rebotes ofensivos a mais do que os defensivos da seleção.

Mesmo assim, com arremessos certeiros de Adrianinha e Iziane, a seleção manteve o jogo equilibrado e foi aos dez últimos minutos com só um ponto atrás, 47 a 46.A oito minutos do fim, o Brasil perdeu o jogo. Com Iziane no banco, a seleção permitiu duas bandejas fáceis, ficou dois minutos sem marcar e a Rússia abriu 58 a 49.

O Brasil ainda deu um último suspiro, com roubadas de bola e infiltrações de Janeth, mas não foi suficiente. A "pá de cal" veio a 1min40s, com um passe errado de Adrianinha.A pivô Alessandra, de 30 anos, era a mais abatida. Chorando muito, ela foi consolada pelas duas pivôs reservas do Brasil, Erika e Kely. Mais alta jogadora da seleção, 2,00 m, Alessandra anunciou, antes dos Jogos, que disputaria sua última Olimpíada.

Fonte: UOL
FIM


É o Fim das Olimpíadas de Atenas para o Basquete Feminino.

Fim de uma competição tão esperada por nós, amantes deste esporte, que mesmo nas condições mais adversas, cria esperanças e espera bons resultados.

Fim da ilusão de uma medalha de ouro, que Jamais viria, por mais tempo que fosse dado a comissão técnica para treinar...não havia liderança, atitude, competência.

E o pior...é o provável Fim de uma geração brilhante, forte, que não tiveram a oportunidade de ter um comando técnico capacitado, uma confederação que trabalhasse a seu favor, para colher sucessos maiores, vitórias convincentes e aecenção no cenário internacional.

Espero porém que não seja o Fim definitivo do basquete feminino no Brasil, com o crescimento de já existente descrédito dos patrocinadores.

Mas nosso amor pelo esporte, por todas as emoções que já vivenciamos e admiração que temos por nossos ídolos e por aqueles que verdadeiramente trabalham em favor da modalidade, jamais chegará ao Fim.

Extremamente chateado, acho que falo pelo boca de muitos de nós.

sexta-feira, 27 de agosto de 2004

Não deu!

Austrália 88 X 75 Brasil




É. Não deu hoje contra a Austrália.

Mas bola pra frente.

Num time treinado (ou destreinado?) por Barbosa, não dá pra exigir uma vitória contra um basquete correto como o australiano.

E assim, vamos à luta pelo bronze, que valeria ouro para gente.

Como exigir de um basquete que não tem uma única jogada ofensiva trabalhada uma vitória sobre as australianas, seguras e sempre buscando o melhor arremesso?

Não temos uma seleção.

Temos guerreiras que botam a bola embaixo do braço e rumam à cesta, independente se o rebote está postado ou não, se há condições para o chute ou não.

Daí, numa partida como a de hoje, o Brasil deu 4 assistências em todo o jogo, mesmo número que a armadora australiana Kristi Harrower distribuiu sozinha.

Então, não deu.

Não deu e não dá.

Mas não estou desesperado não.

Ainda mais por que se os deuses do esporte existirem mesmo, a gente pode ganhar duas medalhas: a primeira - a de bronze amanhã, contra a Rússia; a segunda - a confirmação que o defasado Antônio Carlos Barbosa se despede mesmo da seleção e passa a bola à alguém com maior competência e ânimo para que tenhamos um bom resultado em casa, no Mundial de 2006.

Iziane foi a grande jogadora do Brasil hoje. Determinada e ousada como nunca, botou a bola debaixo do braço e tentou resolver o problema. Como sempre acontece, seja com ela, com Janeth, Helen ou Alessandra. No dia em que todas estão inspiradas, o individual salva um time que não trabalha coletivamente. Se uma falha, a coisa desanda...

Mas, hoje, Iziane esteve muito bem. Em 33 minutos, mandou 25 pontos. Sua atuação em Atenas é a prova de que o Brasil tem uma nova cestinha.

Junto a Iziane, Alessandra foi outra heroína hoje. Como lutou e se colocou bem e enfrentou Lauren Jackson de igual pra igual. Beleza. 20 pontos, 8 rebotes.

Janeth continua com a pontaria atrapalhada (6/19). Alternou lances coma genialidade de sempre com outros que raramente perderia. Ainda assim, 15 pontos, 6 rebotes, 4 roubadas.


Érika deixou 6 pontos e 4 rebotes em apenas 8 minutos. Mas Barbosa não consegue enxergar nem o talento que brilha à sua frente. Lamentável.

Cíntia jogou 21 minutos, fez 4 pontos, pegou 4 rebotes, deu 1 toco e roubou 1 bola.

É incrível como os problemas na armação estouram em momentos críticos como o de hoje:

Adrianinha - 21 minutos, 3 pontos, 3 rebotes, 2 roubadas.

Helen esteve muito mal. 23 minutos, 2 pontos, 2 assistências, 2 rebotes e 1 roubada.

Mesmo com essas atuações catastróficas, Barbosa não tirou Karla do banco.

Leila jogou 19 minutos. Se esforçou na marcação, até irritando Lauren Jackson. Mas seu ataque continua mudo.

Silvinha, Vívian (a primeira opção no banco do "Professor" Barbosa) e Kelly jogaram cerca de 4 minutos cada.

Amanhã temos um jogo duríssimo contra as russas.

Salve-nos, Apolo.
Separados no berço - 5



Os closes na ala Janeth nos fizeram lembrar do desaparecido atacante Liedson, que jogou no Corinthians e no Flamengo. Hoje em dia, ele joga no Sporting Lisboa, de Portugal.

Fonte: Blog da Redação - UOL


"Dream Team" feminino dos EUA sofre, mas chega à decisão
Da Redação
Em São Paulo


Shannon Johnson comemora classificação norte-americana para as finais; veja fotos
A Rússia e suas gigantes fizeram o "Dream Team" dos Estados Unidos sofrer para chegar à final. As norte-americanas não abriram mais de dez pontos em nenhum momento do jogo e venceram por 66 a 62, menor placar da equipe até agora nos Jogos Olímpicos.

O jogo marcou a reedição da final do Mundial de 2002, quando os Estados Unidos venceram por apenas dois pontos. As norte-americanas estão invictas em competições oficiais desde 1994 e em partidas amistosas desde 2000.

Mesmo assim, as russas chegaram muito perto da vitória. Com quatro minutos para o final, uma cesta de três colocou a Rússia apenas dois pontos atrás no placar. A ala Sheryl Swoopes, porém, roubou uma bola e colocou os Estados Unidos na frente por quatro pontos.

A partir daí, as norte-americanas apertaram a marcação e evitaram a surpresa. A última vez que os EUA perderam para russas foi nos Jogos de 1992, quando a equipe ainda era a CEI (Comunidade dos Estados Independentes).

A diferença do jogo foi a força das pivôs norte-americanas. Enquanto a Rússia pegou só três rebotes ofensivos, as norte-americanas pegaram nove. Agora, as norte-americanas enfrentam o vencedor de Brasil e Austrália, que jogam ainda nesta sexta-feira.

República Tcheca vence revanche contra Espanha e fica em quinto

No segundo confronto entre Espanha e República Tcheca dos Jogos de Atenas, a equipe do Leste Europeu levou a melhor. Com a vitória de 79 a 68, as tchecas encerraram sua participação na quinta colocação.

Espanha e República Tcheca fizeram um dos jogos mais disputados da primeira. Na estréia das duas equipes, a partida foi definida na prorrogação. A Espanha venceu este primeiro duelo por 80 a 78.

Entretanto, nesta sexta-feira, a situação foi bem diferente. A espanholas, ainda abaladas pela derrota para o Brasil nas quartas-de-final, permitiram que a República Tcheca dominasse até o fim e vencesse a partida com uma larga vantagem.

Grécia vence Nova Zelândia em jogo marcado pelo equilíbrio

Da Redação
Em São Paulo

Grécia e Nova Zelândia protagonizaram um dos jogos mais disputados de basquete feminino dos Jogos Olímpicos. O equilíbrio entre as equipes ficou refletido nos placares equilibrados de cada quarto, com pequena vantagem para as gregas: 24 a 21 (1º quarto), 50 a 43 (2º), 66 a 66 (3º), até o jogo ser encerrado em 87 a 83.

O quarto decisivo foi o mais disputado. As equipes voltaram à quadra com o placar empatado e se revezaram na pontuação até o fim. A doze segundos do fim, a neozelandesa Angela Marino converteu uma cesta de três pontos e a Nova Zelândia encostou no placar (85 a 83).

Logo em seguida, Tania Tupu roubou a bola e, a apenas cinco segundos do fim, Marino teve a chance de acertar uma outra cesta de três e dar a vitória à sua equipe. Entretanto, a armadora de apenas 18 anos errou e ainda cometeu uma falta em Dimitra Kalentzou. A grega converteu os dois lances livres e decretou a vitória das gregas por 87 a 83 para as donas da casa.

Com essa vitória, a equipe grega encerra sua participação nos Jogos na sétima posição, com um número igual de vitórias e derrotas: três. Já a Nova Zelândia dá adeus a Atenas no oitavo lugar.


Fonte: UOL


BRASIL E RÚSSIA DECIDEM A MEDALHA DE BRONZE NA OLIMPÍADA

Atenas / Grécia – Pela fase semifinal do torneio feminino dos Jogos Olímpicos de Atenas, a Austrália ganhou do Brasil por 88 a 75 (42 a 36 no primeiro tempo). As cestinhas foram a australiana Lauren Jackson e a brasileira Iziane, com 26 e 25 pontos, respectivamente. Na outra semifinal, os Estados Unidos derrotaram a Rússia por 66 a 62 (37 a 33). Com esses resultados, Austrália e Estados Unidos disputam a medalha de ouro neste sábado (10h15), enquanto Brasil e Rússia decidem a medalha de bronze (8h00). A delegação brasileira retorna ao país na segunda-feira (dia 30), desembarcando às 4h40 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo (Alitalia AZ672). Em seguida a CBB irá oferecer um café da manhã para as jogadoras, seus familiares e a imprensa.

— Viemos à Atenas para buscar a medalha de ouro, mas não deu. Agora é ter ânimo para ganharmos o bronze. O próximo jogo vale uma medalha olímpica e vamos lutar por ela com dedicação e orgulho. Contra as russas, temos que atuar com velocidade e no contra-ataque, pois elas não sabem jogar pressionadas. Precisamos ter atitude durante toda a partida, o que nos faltou um pouco quando enfrentamos a Rússia na primeira fase — comentou a ala Iziane.

— Erramos muito no ataque e faltou segurança nos arremessos de fora. Ficou difícil quando as bolas de três pontos delas caíram e as nossas não, principalmente quando estava muito marcada dentro do garrafão. Agora é pensar na Rússia que, para mim, conta com o melhor técnico do mundo. Além disso, ele conhece bem o jogo do Brasil. As russas vêm mordidas porque, em Sydney (2000), ganhamos nas quartas-de-final por 68 a 67 e elas ficaram fora da disputa por uma medalha. Acho que vai ser um jogo decidido nos rebotes e, mais uma vez, vai exigir muito das pivôs — disse a pivô Alessandra.

— A Austrália fez uma partida perfeita. Não fizemos um jogo tão ruim, mas o nosso aproveitamento nos arremessos de dois pontos foi baixo (43% contra 59% das australianas). Temos pouco tempo para recarregar as energias, mas vamos nos recuperar para a próxima partida. Estamos entre as quatro melhores seleções do mundo e continuamos na briga por medalha. Contra a Rússia, será um jogo diferente. As pivôs não chutam tanto de fora quanto as australianas e é um pouco mais fácil de defender, pois elas não são tão velozes. Mais uma vez, a Alessandra deverá ser fundamental para a equipe, por causa da estatura das russas — explicou o técnico Antonio Carlos Barbosa.

BRASIL (21 + 15 + 20 + 19 = 75)
Helen (2pts), Iziane (25), Janeth (15 e 6 rebotes), Leila (0) e Alessandra (20 e 8 rebotes). Depois: Adrianinha (3), Cintia (4), Silvia (0), Vivian (0), Kelly (0) e Érika (6). Técnico: Antonio Carlos barbosa.

AUSTRÁLIA (21 + 21 + 21 + 25 = 88)
Harrower (12pts), Taylor (12), Fallon (14), Batkovic (7) e Jackson (26 e 13 rebotes). Depois: Snell (3), Sporn (2), Poto (12) e Tranquili (0). Técnica: Jan Stirling.

JOGOS OLÍMPICOS DE ATENAS
Terça-feira (dia 24)
Disputa de 11º e 12º lugar
Nigéria 68 x 64 Coréia
Disputa de 9º e 10º lugar
Japão 63 x 82 China

Quarta-feira (dia 25)
QUARTAS-DE-FINAL
Estados Unidos 102 x 72 Grécia
Rússia 70 x 49 República Tcheca
Espanha 63 x 67 Brasil
Austrália 94 x 55 Nova Zelândia

Sexta-feira (dia 27)
Disputa de 7º e 8º lugar – Grécia 87 x 83 Nova Zelândia
Disputa de 5º e 6º lugar – República Tcheca 79 x 68 Espanha
FASE SEMIFINAL
Estados Unidos 66 x 62 Rússia e Brasil 75 x 88 Austrália

Sábado (dia 28)
08h00 – Disputa da medalha de bronze – Brasil x Rússia
10h15 – Disputa de medalha de ouro – Austrália x Estados Unidos
OBS: Horários de Brasília.