quinta-feira, 30 de setembro de 2004

CBB = Circo do Basquete Brasileiro




Peguemos nossos narizes. Perucas. Maquiagem. Treinemos malabarismos. Procuremos vagas no Beto Carrero. No Imperial.

Sim.

Somos os grandes palhaços desse circo chamado basquete brasileiro.

Hoje, Grego acabou com o suspense.

Barbosa e seu comando medíocre, seus resultados inexpressivos e seu basquete digno de um timeco amador, continuam até 2006, pelo menos.

É o ano em que o Brasil sediará o Mundial da categoria.

E o técnico continua.

Deve ficar até 2007 pra completar uma década. Que década!

O que dizer?

Realmente, fica difícil dizer algo que não seja monte de impropérios, gritar palavras de baixo calão e mandar meia-dúzia plantar favas.

Mas não, não!

Palhaços mantém a pose e a alegria mesmo no segundo após um balde de água fria atingir-lhes impiedosamente as cabeças.

Mas dói, amarga, em mim, palhaço, ver o cinismo do ditador.

Que ironiza as afirmações de Alessandra.

Ela diz que as jogadoras no time de Barbosa não tem liberdade.

Ele diz que pivô é pra ficar debaixo do garrafão e não pra chutar de três.

Que diálogo esquizofrênico é esse, meu caro Grego?

Que belo dirigente é o senhor?

Como Vossa Senhoria está disposto a ouvir e entender suas atletas?

Pois é assim que ele as trata e vem tratando.

Elas, como nós, eu e você, são palhaças.

As palhaças do basquete.

Pois realmente, há pouco a fazer.

O palhacinho do lado de cá da tela tá cansado de ser alvo do riso.

Palhaço-sonhador.

Sempre tropeçando na casca da banana.

Só vejo uma solução: a Revolta dos Palhaços.

Sim, só uma palhaçada para dar jeito no basquete brasileiro.

As nossas jogadoras precisam entender que, aqui, não basta ser grande dentro das quadras. Tem que ser maior ainda fora delas.

Tem que ter coragem, peito, atitude.

É isso que precisamos.

Onde estão nossas líderes?

Janeth? Alessandra?

Somente jogadoras unidas que se recusem a atender a convocação de uma confederação que as esnoba eternamente, tem o poder de mudar algo.

Acordem!

Mirem-se nos exemplos: de Guga cansado de ser palhaço da CBT; de Fernanda Venturini se recusando a ser a palhaça da CBB.

Vocês tem apoio: Paula já disse que está errado. Bassul já disse que há discordâncias na comissão.

Teremos o Mundial sendo realizado aqui. É a nossa chance de reinvidicar o que nos é de direito.

De reinvindicar por tudo que sempre sonhamos: desde o incentivo ao trabalho de base, a transparência no uso do dinheiro do patrocínio que o basquete feminino conquistou, até o mais simples: a saída de Barbosa.

Só assim, com palhaços unidos podemos incomodar o dono do circo.

Caso contrário, melhor trancar todos nós na jaula do leão.

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