quarta-feira, 27 de outubro de 2004

Paulo Bassul, apontado como sucessor do técnico Barbosa, fica insatisfeito com performance olímpica e resolve sair

Implode o comando da seleção feminina

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Paulo Bassul, 37, não será assistente da seleção feminina em 2005. O treinador do Americana, que era apontado como sucessor de Antonio Carlos Barbosa no comando do Brasil, deve anunciar sua retirada nos próximos dias.
"Se for convidado pela CBB [Confederação Brasileira de Basquete] para um encontro para avaliar o trabalho desenvolvido na Olimpíada, estarei presente. Se for chamado para uma reunião de planejamento, não posso dizer a mesma coisa", afirmou Bassul.
A seleção disputará dois torneios importantes em casa nos próximos anos, o Mundial-06 e o Pan-07. Até lá, Bassul tinha expectativa de assumir o comando do Brasil. O treinador se credenciara pelo trabalho na seleção sub-21 -foi vice-campeão mundial na Croácia, em 2003- e pelo bom relacionamento com as principais estrelas da seleção.
Sinal disso, a CBB já havia retirado de Bassul a responsabilidade de trabalhar com as categorias de base na seleção nacional.
Contudo, logo após a derrota para a Rússia, na disputa pelo bronze dos Jogos de Atenas, Gerasime Bozikis, o Grego, presidente da CBB, anunciou que Barbosa ficaria no comando ao menos até o Mundial de 2006. "Não é por causa de um quarto lugar que vamos mudar. A comissão técnica continua", disse o dirigente, referindo-se à direção que não obteve pódio no Mundial-02 -ficou em sétimo- e nos Jogos-04.
A pelo menos dois interlocutores, Bassul comentou que a decisão seria anunciada logo após a volta do Americana da Rússia, onde o time foi disputar a Copa do Mundo de clubes -a equipe ficou com a quinta colocação.
A carta de demissão inclusive já teria sido redigida pelo técnico antes da viagem. O elenco chegou ao Brasil na última sexta-feira.
A iminente saída de Bassul deve gerar uma crise na seleção, já que boa parte das atletas apoiava sua ascensão ao comando da equipe. Algumas jogadoras já se mostraram insatisfeitas com a situação.
Barbosa, 59, por outro lado, negou ter tido desavença com o assistente. "Isso [saída] é problema dele. Cada um tem que estar onde se sente bem. Ele tem idade suficiente para saber o que quer da vida", disse o treinador, que está preparando o relatório de avaliação de 2004 -a reunião ainda não foi marcada pela CBB.
"Temos alguma amizade, já que trabalhamos juntos desde 1997. Converso pouco com ele, o suficiente. Mas o relatório é responsabilidade só minha", afirmou.



Prefeitura adia para 2005 projeto de ter equipe

Barbosa na seleção vira trunfo para nascimento de time no Rio

DA REPORTAGEM LOCAL

A federação do Rio admite abertamente que a confirmação de Antonio Carlos Barbosa à frente da seleção feminina será um dos trunfos usados pela entidade para a obtenção de verba da prefeitura para a montagem de uma equipe na capital do Estado.
O presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Gerasime Bozikis, o Grego, anunciou que manteria Barbosa no cargo, apesar de o país não ter subido ao pódio nas duas últimas competições importantes que disputou: o Mundial-02 e a Olimpíada-04.
Barbosa, 59, treinará a seleção pelo menos até o Mundial-06, cuja fase decisiva ocorrerá no Rio.
"Lógico que contar com o técnico da seleção brasileira dá credibilidade à equipe. É importante tê-lo para mostrar à prefeitura que nosso projeto é sério", aponta Guilherme Kroll, superintendente da federação do Rio.
Conforme revelou a Folha ontem, Paulo Bassul, assistente de Barbosa, não continuará na seleção. O técnico, credenciado pelo vice-campeonato do Mundial da Croácia-03 com a seleção sub-21, era cotado para assumir o adulto.
Para Kroll, a manutenção de Barbosa também facilitará a contratação de jogadoras. "Com ele, as atletas saberão que o time terá um treinador de primeiro nível."
A proposta de estruturar uma equipe feminina começou a ser negociada em julho. O prefeito Cesar Maia chegou a receber Kroll e Grego. O time, que deveria disputar o Nacional, iniciado no domingo, não saiu do papel -deve ser montado em 2005. "Estamos estudando. Não recebi o projeto para avaliar", declarou à Folha o prefeito, recém-reeleito. (ALF)


Gema 3

[Coluna do Melchiades Filho]

Isis, 21, acaba de trocar o vôlei pelo basquete. Ótima notícia para o furreca Nacional, que agora tem tudo para testemunhar a primeira enterrada de uma mulher. As estufadas da garota de 2,02 m, filha de Jóia, ex-jogador da seleção, já divertem as colegas do Ourinhos.


Fonte: Folha de São Paulo

SÃO PAULO/GUARU ENFRENTA SANTO ANDRÉ NESTA 4ª FEIRA

Rio de Janeiro – A primeira rodada do 7º Campeonato Nacional de Basquete Feminino (CNBF 2004) prossegue nesta quarta-feira com o clássico paulista São Paulo/Guaru x Santo André, em Guarulhos (21h). O São Paulo/Guaru, campeão do Nacional 2002 e sexto colocado em 2003, faz sua estréia na competição, enquanto o Santo André busca a reabilitação após a derrota no domingo para o Uberaba/Black&Decker por 74 a 70. A segunda rodada será realizada na sexta-feira com quatro partidas: Santa Maria/São Caetano x Santo André, em São Caetano; FIO/Pão de Açúcar/Unimed/Ourinhos x São Paulo FC/Guaru, em Ourinhos; Unimed/Americana x Universo/Juiz de Fora, em Americana; e Sírio/Black&Decker/Uberaba x Iate Clube de Rio das Ostras, em Uberaba.

— A equipe está bem, confiante em conseguir a primeira vitória no Nacional 2004. Estamos treinando para melhorar o aproveitamento nos arremessos, que não foi bom na partida de estréia, onde tivemos um bom volume de jogo mas uma porcentagem baixa de acertos. Corrigindo esses pequenos detalhes, vamos estar bem para a partida contra o Guaru — comentou a armadora Vivian, do Santo André

— Estamos ansiosas para entrar em quadra, já que todas as equipes já estrearam. O ritmo de treinos está bastante forte para fazermos uma boa campanha e começar o campeonato com vitória. Para isso procuramos acertar o nosso rebote para imprimir um contra-ataque veloz e surpreender o adversário — disse a pivô Simone Pontello, do São Paulo/Guaru.


TERCEIRA RODADA DO CAMPEONATO ITALIANO DE BASQUETE ACONTECE NESTA QUARTA-FEIRA



Os times das jogadoras brasileiras Adrianinha, Alessandra Oliveira, Cíntia Tuiú, Kelly Santos e Micaela Jacintho seguem na disputa da 74ª edição do Campeonato Italiano de Basquete. A terceira rodada do turno acontece nesta quarta-feira (27 de outubro), às 15h30 (horário de Brasília).

O Reyer Venezia, da pivô Alessandra, está no primeiro lugar da classificação do Campeonato Italiano, com quatro pontos (duas vitórias e nenhuma derrota), 169 pontos convertidos e 118 pontos sofridos. Nesta quarta-feira (27 de outubro), a equipe joga contra o Basket Bolzano.

– Vamos enfrentar o Basket Bolzano, que veio da segunda divisão. É um time novo, com muita vontade e boas pivôs. Vamos jogar em casa pela primeira vez na temporada. Precisamos vencer nessa nossa estréia. Para isso, temos que ter muita concentração – observa a jogadora.

No domingo (24 de outubro), o Reyer Venezia derrotou o Coconuda Kalati Maddaloni por 90 a 68. Alessandra foi a cestinha do jogo, com 20 pontos.

– Tive a oportunidade de fazer uma boa partida no domingo. Jogamos na quadra do adversário, com a torcida influenciando a arbitragem, mas mantivemos a concentração e conquistamos uma importante vitória. Ainda temos a vantagem de, no returno, jogar contra o Maddaloni em casa – lembra a pivô.

Alessandra é a capitã do Reyer Venezia, escolhida pelo time pelo seu espírito de liderança e sua experiência no basquete. Normalmente, são as armadoras ou alas que ocupam essa posição de destaque.

– Uma pivô ser a capitã não é comum. Normalmente, são as armadoras ou laterais que comandam o time. Mas estou me saindo bem. Conto com a ajuda da francesa Cathy Melain, que também é muito experiente, e com o apoio do técnico Stefano Michelini. Está sendo um aprendizado. Existe um clima de companheirismo e de muito profissionalismo que faz com que as coisas fluam bem. O sentimento é um só: trabalhar pela equipe – garante Alessandra.

Na terceira rodada do Campeonato Italiano, o time de Kelly Santos, o Cari Chieti, enfrenta o Trogylos Priolo, na Sicília. No domingo (24 de outubro), o Chieti conquistou a sua primeira vitória na competição contra o Mercede Alghero.

– A vitória de domingo serviu para dar confiança e ritmo para a equipe. Fui a cestinha do Cari Chieti, com 28 pontos, com a ajuda das minhas companheiras, que também jogaram muito bem. Nosso próximo confronto é contra o Trogylos Priolo. Nosso time é melhor, mas sabemos que vai ser uma partida difícil. Elas jogam com muita força e, como todo siciliano, com muita malandragem – revela Kelly.

Micaela marcou seis pontos em 23 minutos em quadra na vitória do seu time, o Pool Comense, contra o Cras Taranto, neste domingo (24 de outubro). Essa foi a sua segunda partida oficial depois de cinco meses parada se recuperando de uma lesão no tendão de Aquiles. Nesta quarta-feira (27 de outubro), o Pool Comense enfrenta o Mercede Alghero.

– Meu time venceu no domingo com muita dificuldade. Já fiquei mais tempo em quadra e minhas bolas ainda não estão caindo como eu esperava. Estou um pouco impaciente, mas sei que preciso de um pouco mais de tempo para voltar ao meu desempenho normal – comenta Kaé.

A pivô do Famila Schio, Cíntia Tuiú, está sendo poupada por causa um estiramento muscular na panturrilha da perna direita e não deve participar da terceira rodada do Campeonato Italiano.

– Vou fazer uma avaliação para saber como esta minha recuperação e quais as atividades físicas que posso fazer. Por ser uma lesão muscular, não posso fazer esforço. Estou treinando arremessos, mas sem salto. A preocupação dos médicos e do meu técnico é que não pode haver precipitação, para que a minha recuperação seja bem feita e para que eu possa atuar durante toda a temporada – afirma Cíntia Tuiú.

Cíntia não jogou na partida do último domingo (24 de outubro), mas acompanhou o desempenho das suas companheiras de equipe na vitória contra o Rovereto Basket por 90 a 62. Nesta quarta-feira (27 de outubro), o Famila Schio enfrenta o Phard Napoli em casa.

– No último jogo, o meu time foi bem, mas precisa de um pouco mais de conjunto. Tivemos apenas duas semanas de preparação com todas as jogadoras. A equipe ainda deve crescer no campeonato. Agora o desafio é contra o Napoli, da norte-americana Vicky Bullet e da francesa Nicole Antibe. Vai ser um jogo difícil – analisa Cíntia Tuiú.

No domingo (24 de outubro), o Phard Napoli venceu o time de Adrianinha, o Penta Faenza, por 73 a 52. A armadora brasileira quer garantir a vitória nesta quarta-feira (27 de outubro) contra o Copra Alessandria.

– Nossa última partida foi muito ruim. O Napoli é um time forte e conta com jogadoras como Vicky Bullet, que teve um ótimo desempenho no domingo. Cometemos muitos erros enquanto o adversário atuou muito bem. Recebi uma marcação dura. Fui imobilizada pela defesa delas e ficou difícil comandar o time. Mas não temos tempo para lamentar a derrota. Já temos outro jogo, também difícil, contra o Copra Alessandria, em Faenza. Nosso time costuma fazer boas apresentações em casa, jogando com mais confiança. Não podemos perder – reforça Adrianinha, capitã do Penta Faenza.

Um Nacional de peso
Com Gorda, Karina...


Por Juarez Araújo - 15:51 - 26/10/2004

AOLOtimista como sempre, fiquei no último final de semana grudado na TV. Começava, enfim um dos mais equilibrados Campeonatos Nacionais feminino da história. Pelo menos foi assim o discurso de técnicos, jogadoras e dirigentes das equipes envolvidas. Queria, na verdade, sentir pessoalmente a 'mentira' lançada no ar, apoiado pelo canal fechado que transmite, para valorizar o decadente basquete brasileiro que agora atinge o também o feminino. E fracassado literalmente, depois da campanha de Atenas.


E já no primeiro jogo pela TV, percebi que ficaria frustrado mais uma vez com o esporte da cesta. Logo vi que era melhor ficar pessimista ao confirmar que a melhor jogadora brasileira depois da geração Paula e Hortência, a ala Janeth Arcain, ainda não encontrou uma equipe em condições de contratá-la. E sem a melhor jogadora em quadra, o campeonato fica nivelado por baixo. Tanto que o atual campeão paulista, Ourinhos, acabou sendo surpreendido na primeira rodada pelo esforçado time de São Caetano, da guerreira Aide e do bom técnico Borracha.


Mesmo assim fiquei firme para conferir toda a rodada. E não estava errado. Continuo com a TV ligada e logo me surpreendo. Em quadra, defendendo o time de Uberaba nada menos que a ex-fenomenal pivô Karina Rodrigues. Sem exagero nenhum, com mais ou menos 20 quilos a mais do peso normal, e também uma visível barriga pouco comum em atletas de alto nível. A argentina naturalizada brasileira bem que tentava se esforçar para voltar bem as quadras depois de quatro anos longe delas. Sem mobilidade, sem precisão e sem a força para demonstrar a garra característica que a tornou uma das maiores jogadoras do mundo na posição, ficou longe do que era. Karina já chegou a 108 quilos, fez tratamento para perder peso, mas ainda está com 94 quilos.


Junto com Karina, a menos gorda, porém com apelido de Gorda fazia um melhor papel diante da gordíssima Simone, de Santo André. Percebi que realmente o Nacional é de Peso. Pelo menos na bola não é. Ela foi diminuída. Afinal pelo nível das jogadoras assim fica mais fácil acertar a cesta. Afinal, o aro continua sendo com o mesmo tamanho.


E assim foi dado a largada do Nacional Feminino, onde Rio das Ostras venceu Juiz de Fora que devido a isso pode apressar em a anunciar a contratação de Janeth em breve. Sem estrelas, mas sem os holofotes de estrela, a desconhecida Kátia, de São Caetano, mostrando uma personalidade incrível ao fazer nada menos que marcou 26 pontos e pegou 17 rebotes na derrota de Santo André para o time de Karina, em Uberaba. São Caetano, da guerreira Aide (24 pontos e 10 rebotes) surpreendeu até o desconfigurado Ourinhos.


Bem, resta saber o que pode fazer o time de Americana, atual campeão brasileiro para segurar a peteca que realmente no Brasil,com apenas duas jogadoras da seleção - Karla (Rio das Ostras) e Vivian (Santo André) - o basquete feminino ainda existe. Que saudades dos bons tempos. Paula de um lado, Janeth do outro, Hortência também. E Marta Sobral que ainda não tem time para jogar. Bem. O melhor do nosso feminino, campeão mundial, duas medalhas olímpicas está na Europa. Felizmente para as jogadoras e infelizmente para o torcedor e o crescimento do esporte.


O pior de tudo é que não existe uma proposta para levantar a modalidade. Não existe um programa com objetivos, uma campanha de marketing, de divulgação e de mostrar ao público o mundo real do esporte. Agora sim já posso acreditar que, infelizmente o basquete feminino está realmente de ladeira abaixo. Ou melhor, indo para o fundo do poço. Infelizmente dizer que um campeonato com oito equipes (5 paulistas, 2 mineiras e uma do Rio), sem nenhum time do Sul do País,vai ser bom e equilibrado. É acreditar que este ano o Papai Noel vai me dar uma bola de basquete.


De Bandeja


Há bem pouco tempo, o basquete feminino brasileiro era um dos mais respeitados do Mundo. Tinha um campeonato forte internamente, com jogadoras de qualidade. Hoje são poucas jogadoras que atraem o público e quem se destaca prefere jogar o Campeonato Russo, onde paga melhor que sujeitar os baixos salários daqui e correndo risco de até não receber. Hoje, o basquete espanhol que tem Helen, Érika.


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Estava na cara que o brasiliense Paulo Bassul não iria continuar. Técnico que goza de prestígio junto as jogadoras, vice-campeão mundial juvenil em 2003, o treinador de Americana chegou ao Brasil depois do time dele ter disputado o Mundial de Clube na Rússia e logo anunciou que não irá mais ser o assistente-técnico de Antônio Carlos Barbosa na próxima seleção brasileira. Bassul era cotado para assumir o posto de Barbosa, mas após o quarto lugar em Atenas, a direção da CBB anunciou que o veterano treinador estava prestigiado e ficará no cargo até o Mundial de 2006.


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Paulo Bassul tem apoio das jogadoras, porém, mais uma vez, por uma decisão medrosa da presidência da CBB, Barbosa vai continuar. E quem sabe, já que ele não gosta de palpites, o próximo assistente dele será Laís Elena, de Santo André que na preparação para Atenas pouco participou dos treinamentos. E quando ficou no banco, ficou calada. Talvez ai esteja a grande jogada do velho lobo Barbosa.

Fonte: AOL

Sírio supera Santo André e o nervosismo


Renato Pena



Jornal da ManhãSírio/Black & Decker superou a pressão da estréia, no Nacional de Basquete Feminino, no domingo. Venceu Santo André, por 74 a 70, em primeira rodada de baixo número de cestas e placares que surpreenderam.

Sírio foi a equipe que mais pontuou, nos três jogos do domingo. No Rio de Janeiro, Rio das Ostras bateu Juiz de Fora (MG), por 60 a 56, e no ABC Paulista, o São Caetano surpreendeu Ourinhos, por 73 a 61. Nenhuma equipe atingiu a média de pontos do Nacional 2003/2004, de 74,4 pontos por time.

A média de pontos do Sírio foi a terceira da temporada passada (77,5). A resposta para questionamentos sobre falta de mira das atletas está na ponta da língua: a bola.

Com quase a metade do peso da pelota usada até um mês atrás pelas atletas profissionais, o novo formato do material pode ser a razão para os erros. Isso se for considerada a comparação da média de pontos por equipe na 1ª rodada de 2003/2004, de 68,9, com os 65,7 pontos médios dos seis times que já estrearam neste Nacional.

Sufoco. Fora a tensão de estréia, Sírio inverteu um placar difícil e tornou o jogo contra Santo André como sendo o ponto de partida para chegar às finais da competição, o teórico potencial da equipe.

Edson Ferreto, o técnico da equipe de Uberaba, nega que a equipe tenha dois comportamentos: um time entrosado (com Karina em quadra) e outro não. "É um grupo só. Não tem nada disso", conta. Mas concorda com o fato de que a atleta precisa de mais tempo para acertar todos os posicionamentos.

O treinador acredita que a pivô, que anotou dois pontos contra o Santo André (em 4 tentados), deva levar até 30 dias para estar completamente entrosada. Mesmo sem os treinos (Karina chegou a Uberaba na sexta-feira, dia 22), a argentina naturalizada norte-americana já mostrou que deverá exercer papel de liderança no grupo. A jogadora conversa muito com suas companheiras de quadra. É a única com inglês suficiente para passar instruções para a norte-americana Aja Brown, por exemplo.

Aja bem. A melhor formação do Sírio fechou a partida de domingo, em quadra: Gattei, que jogou os 40 minutos (12 pontos), na armação; Luciana, a pontuadora do Sírio (18 pontos) e Gorda, a nova queridinha da torcida (67% de aproveitamento), na ala; a pivô Maria, 80% de aproveitamento nos arremessos, além da boa infiltração, e Aja Brown, o nome do jogo, que decidiu no último quarto da partida.

Brown fez a cesta final, em bola difícil, quando o cronômetro de bola de ataque estava para estourar. A norte-americana não errou nenhum dos 4 lances-livres de fim de jogo.

O jogo de pivôs fez do duelo de Uberaba o melhor tecnicamente, na abertura do Nacional. Pelo Santo André, as duas jogadoras mais eficientes do domingo: Kátia (cestinha, com 26 pontos) e Simone obtiveram os melhores índices de quadra, ambas com 30 pontos na complexa equação de eficiência.

Nas estatísticas da Confederação Brasileira, esse índice é obtido com a soma de pontos, rebotes, bloqueios, recuperações e assistências, diminuindo os arremessos errados, bolas perdidas e violações. Nesse quesito, Brown, com 20 pontos, é a quinta da competição, jogando menos que todas as quatro primeiras.

Mas Ferreto também acredita que não foi só o Sírio que ainda não mostrou entrosamento. "Todas as equipes têm muito a mostrar ainda. Juiz de Fora jogou sem Karla", cita como exemplo.

Sobre Rio das Ostras (RJ), próximo adversário, na sexta-feira, dia 29 (20h), no mesmo ginásio do Jockey Club, Ferreto espera por um jogo duro. "Eles também terão reforços na próxima rodada", conta.

Fonte: Jornal da Manhã

Universo/Tupynambás

Mais duas atletas são liberadas para jogar


As meninas da Universo/Tupynambás receberam algumas boas notícias ontem. A primeira foi a chegada das novas bolas, enviadas na semana passada pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), e que ainda não haviam sido repassadas pela Federação Mineira ao time de Juiz de Fora. A segunda foi a liberação das laterais Roseli e Tayara na CBB, fazendo com que elas possam estar em quadra na próxima sexta, contra o Unimed/Americana.

Ansiosa, Tayara não vê a hora de entrar em quadra no Nacional. "Esperava estrear no domingo, mas não deu. Isso aumenta um pouco a ansiedade. Mas agora é entrar com tudo na sexta." Nem a responsabilidade de enfrentar as atuais campeãs brasileiras, na casa delas, assusta. "O time de Americana é forte e será muito bom estrear contra elas. Em uma partida difícil, temos que dar o máximo. Se quiseremos ser campeãs, não podemos ter medo de ninguém", define.

Desfalque
Já quem corre o risco de ficar de fora é a armadora Karla. Sua documentação ainda não chegou da Rússia, mas a jogadora espera poder jogar. "A vontade é muito grande e aumenta a cada treino. Vejo o time se formando, se fortalecendo e quero ajudar. Espero que tudo dê certo e eu esteja liberada para jogar na sexta."

O time treina com bola e faz exercícios na academia hoje pela manhã, e à tarde volta a treinar com bola. Amanhã pela manhã faz a última atividade antes do embarque, à tarde, para Americana, onde joga na sexta, às 20h, contra o Unimed local.

Universo treina para corrigir erros


Depois da derrota para o Iate Clube, em Rio das Ostras, por 60 a 56, no último domingo, na estréia do Brasileiro de Basquete, o Universo/Tupynambás retomou ontem a rotina de treinos no Clube do Trabalhador. Mesmo atrapalhado pelas goteiras, o técnico Luiz Antônio Bravo comandou atividades mais leves. "Hoje eles ficaram um pouco mais soltas, por causa da partida. A partir de amanhã (hoje) vamos trabalhar em cima dos números e do vídeo do jogo, para corrigirmos os erros."

Para o treinador, a derrota por apenas quatro pontos de diferença pode ser considerada normal. "Atuamos sem três titulares: a Karla, a Roseli e a Tayara, que não foram liberadas pela Confederação Brasileira de Basquete. É um campeonato muito equilibrado, que será decido nos detalhes", acredita o técnico

Fonte: Tribuna de Minas


NOTAS DE BRUNO LIMA

26/10/2004 - 00:27 h

Renovação no comando faz bem


Com a polêmica da dimensão da bola – se é de mini (mirim) ou não -, com time se inscrevendo na última hora ocupando vaga de quem saiu pela janela, com uma total falta de organização e planejamento, neste final de semana começou o campeonato nacional feminino. Pelos resultados, partidas equilibradas, mas nada ainda que justifique a realidade. A primeira partida foi entre Rio das Ostras e Juiz de Fora. Assim como no masculino, no feminino ainda há uma incógnita de quem é o patrocinador da equipe. Corre a boca pequena que seria o mesmo da seleção brasileira, porém até agora nada é oficial, ratificando a falta de transparência - marca registrada da atual administração da CBB-. Comprovando a falta de organização, algumas jogadoras do time de Juiz de Fora não jogaram porque ainda não tinha chegado na CBB tal pedido de transferência. Além disso, ouso a arriscar que o principal nome do basquete feminino – mesmo entrando em nível de aposentar o tênis – mesmo ela ainda dizendo que seu futuro está indefinido, será mesmo Juiz de Fora. Falando em nomes, a ex-jogadora Karina retirou o tênis da prateleira para ser considerada a estrela do campeonato. Parafraseando o canhota de ouro, “É brincadeira uma coisa dessa!”.

Por outro lado, mesmo não tendo as principais jogadoras atuando em solo brasileiro, acredito que este campeonato será muito bom para surgir talentos, contudo, não é válido apenas surgir; é preciso ter alguém reciclado, atualizado, competente no comando da seleção brasileira para perceber tal evolução e aproveita-la, o que eu duvido muito que acontecerá com o Barbosa frente ao comando da seleção principal, e o pior, sendo supervisor das seleções de base.

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Notícia interessante ontem na Folha de SP: no handebol os técnicos das seleções foram demitidos por e-mail. A idéia é contratar técnicos da Europa. Já pensou se um relâmpago como esse bate na sede da CBB e o Grego acorda? Um técnico sérvio-montenegro dirigindo a seleção principal masculina, realizando um projeto de massificação. Confesso que eu sonho, até porque ainda não fui privado de sonhar.

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Quem vive no mundo do esporte se depara com surpresas no dia-a-dia. Esse final de semana saiu mais uma da caixinha de surpresa. Dirigente de equipe ocupar cargo na entidade de administração do esporte, seja na esfera nacional ou estadual, já é público e notório. E o revés? Eu não conhecia nenhum até ontem na abertura do campeonato nacional feminino. Se alguém souber, favor enviar por e-mail

Fonte: Databasket

Na Rússia, Iziane segue bem

Na SuperLiga Russa, o Ekaterimburg, de Iziane, está na quarta posição, com 4 vitórias, em 5 jogos.

Na última semana, foram duas vitórias.

Venceu o Dynamo por 81 a 59, a maranhense foi a cestinha, com 24 pontos.

Depois, venceu o Vologda por 71 a 69, com 11 pontos de Izzy.



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