terça-feira, 25 de janeiro de 2005

GESTO DE SOLIDARIEDADE DAS ATLETAS DO TIME DE ADRIANINHA

O ano de 2005 começou com um pouco mais de tranqüilidade para a Caminhar, uma ONG formada pela Associação das Famílias, Pessoas e Portadores de Paralisia Cerebral. A entidade, localizada na cidade de Franca, em São Paulo, recebeu uma doação da armadora Adrianinha e das demais atletas da equipe italiana do Penta Faenza, no final de dezembro.

A idéia da doação partiu da secretária do Penta Faenza Bice Ferraresi. Ela colabora com um orfanato na África chamado Casa Feliz, que trata de crianças portadoras do vírus da Aids e utiliza medicamentos brasileiros comprados a preço simbólico. Pensando nessa ajuda que o Brasil oferece, Bice quis fazer algo em troca para o país.

As jogadoras do Penta Faenza aprovaram a idéia e todas decidiram reverter o dinheiro que seria gasto pelo clube com presentes de Natal para a equipe para ajudar uma instituição brasileira. Coube à Adrianinha, capitã do time italiano, indicar a entidade para receber a doação. A armadora lembrou das dificuldades que um grupo de pais enfrenta em Franca, sua cidade natal, para manter a Caminhar, responsável pelo atendimento a portadores de paralisia cerebral.

A presidente da Caminhar Elizabete das Graças de Melo Salloun, mãe de uma criança portadora de paralisia cerebral, conta que a entidade tem poucos anos de atuação, muitos objetivos e muitas metas a alcançar, mas luta com a falta de dinheiro. Emocionada, ela agradeceu a ajuda.

– Quero agradecer imensamente a essas atletas e dizer a elas que ajudaram pessoas portadoras de paralisia cerebral, dependentes de tratamento adequado e de muita atenção. A ação dessas meninas foi recebida como uma benção e elas serão recompensadas por esse gesto que chegou numa hora em que tanto precisávamos. Também agradeço à Bice Ferraresi pela intenção de ajudar uma instituição necessitada no Brasil. Como uma força divina, a Caminhar foi premiada. Asseguro que essa doação tem um valor extremo, pois está sendo bem empregada e trouxe alívio e apoio ás pessoas atendidas pela nossa entidade – afirma Elizabete.

A Caminhar trata de cerca de 50 crianças e adultos e também atua no treinamento de profissionais de escolas municipais para que eles recebam as crianças portadoras de paralisia cerebral de forma adequada, reintegrando-as à sociedade. As doações dão continuidade ao trabalho da entidade, atualmente ameaçado pela falta de auxílio. Mais informações no site www.caminhar.org.br.

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