quarta-feira, 29 de junho de 2005

"A NLB, em ritmo de Oscar. Graças a Deus!"

Coluna - Juarez Araújo


Amigos do basquete, mais uma vez aumentou ainda mais meu otimismo com relação a Nossa Liga de Basquete. Até confesso que não gosto do nome.
Poderia ser bem melhor, algo como Liga Nacional de Basquete,... muito melhor. Mas não fui eu e muito menos dei palpites com relação ao nome. E é com a tal NLB que vamos nos acostumar daqui para frente. É com a NLB que temos que torcer para que ela tenha sucesso e conseqüentemente o basquete brasileiro apareça.
Saia do buraco e volte ser a potência que sempre foi.
Mas a coluna de hoje será dedicada ao nosso querido Oscar Schmidt, o nosso eterno Mão Santa. Determinado, ele encarou com garra dos tempos de quadra a idéia de ser o idealizador da Liga Independente. E com a mesma garra que ele fez do Telemar/Rio o novo campeão brasileiro. Gostaria de contar com o apoio dos dirigentes, especialmente com o reconhecimento da CBB, mas como não teve,
foi em frente assim mesmo. E como tudo nesse País, ele (Oscar) também vai conseguir na base do idealismo.
Idealismo que ele colocou no time da Telemar que em uma final muito interessante diante do então campeão Uberlândia, fez 3 a 1 e chegou ao titulo inédito. A serie foi espetacular.É verdade que como começou em casa, fez 2 a 0 e matou depois com uma vitória no quarto encontro em Uberlândia, fazendo 3 a 1 na serie melhor de cinco.
Oscar não precisa nada mais do basquete. Não precisa brigar com árbitros, com adversários e com torcedores. Discutir com dirigentes, dar a cara para bater quando o assunto é basquete. Mas ele esta ai sujeito a tudo isso. O basquete deu muita coisa a ele, inclusive uma situação financeira que poucos conseguiram, e agora ele quer dar uma contribuição ao esporte. A criação da equipe da Telemar, e daqui para frente digam-se campeão brasileiro, é uma prova de que Oscar pode fazer da NLB uma entidade vencedora.
E tudo que está nas mãos do Mão Santa parece que vira ouro. Portanto vejamos. Qual foi a equipe montada em um ano que ganha um campeonato estadual (o do Rio) e depois conquista o Brasileiro? Nenhuma. Mas com Oscar tudo é possível. Até ser campeão. É verdade que no projeto Telamar, o time
foi muito bem montado por ele. Até a escolha do técnico foi feliz. Miguel
Ângelo da Luz Coelho, hoje um treinador maduro e com plenas condições de dirigir qualquer time, inclusive a seleção principal masculina – foi campeão mundial em 94 com a feminina, de Hortência e Paula.
Para o leitor ter uma idéia, o projeto Nossa liga de Basquete, masculino e feminino, conta até com os apoios de Paula e Hortência. No masculino são 42 equipes inscritas. E talvez diante da grande procura dos clubes, Oscar vive momentos de pressão, de uma angustia muito grande de ver esse projeto dando certo, dando frutos e mostrando aos nossos dirigentes amadores, que tudo é possível, quando se tem união e se tem vontade de fazer.
A Telamar já é uma realidade, dando mais um título brasileiro ao Rio de Janeiro, ainda na gestão Confederação Brasileira de Basquete.
Vem ai, com o desejo de maior sorte do mundo, a Nossa Liga de Basquete sob a presidência do sempre vencedor Oscar Schmidt. Se tudo que o Midas Oscar põe a mão vira ouro, quem sabe a NLB tenha a mesma sorte. Eu acredito que sim. Sem passionalismo, claro.
Por isso um registro. Posso ate não concordar com o
desabafo de Oscar após os incidentes no terceiro jogo. Mas tudo aquilo foi em função das barbaridades que sempre acontece no nosso basquete amador.
Quem sabe, aquilo foi apenas um desabafo no penúltimo jogo para o enterro do basquete amador brasileiro. Espero que só tenha sido isso.


DE BANDEJA

.Para quem acompanhou o verdadeiro basquete feminino por 20 gloriosos anos, ter visto, sem nenhuma vontade a final do ultimo Campeonato Paulista entre Ourinhos e Ribeirão Preto, pode-se dizer que realmente o basquete feminino está chegando no fundo do poço. Se já não chegou. O nível técnico nem parecia nivel de uma final. O time de Ourinhos, com algumas jogadores de melhor condição técnica, não teve nenhum trabalho para vencer a serie final por 3 a 0 diante do time de Ribeirão. Ai, alguns pode argumentar. Mas e o
segundo jogo que acabou na prorrogação? Fica na minha lembrança apenas o resultado final de 83 a 49 (50 a 24). Jogo horroroso.


Fonte: CanalSP



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