segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Priscila Cergol, Seleção Cadete



Durante minhas férias, a seleção cadete conquistou o título Sul-Americano ao bater o Paraguai (61-57).

A armadora da equipe Priscila Cergol tem uma curiosa história de vida, como mostram as reportagens abaixo:

De Los Angeles a Jundiaí, pelo sonho do basquete

GLENDA CARQUEIJO

A armadora Priscila Cergol deixou
Los Angeles, nos Estados Unidos,
háumano para realizarumsonho:
defender a Seleção Brasileira
de Basquete. E hoje embarca para
a Venezuela, onde fará sua estréia
pelo Brasil na segunda-feira contra
o Paraguai, no Sul-Americano de
Cadetes (15/16 anos) na cidade de
Barquisimeto. A competição vai
até sexta-feira.

Aos 15 anos, a norte-americana
naturalizada brasileira convenceu
o pai brasileiro (Pedro Sérgio) e a
mãe norte-americana Maritza a
mudar-se para São Paulo. Hoje, defende
o time Divino/COC/Jundiaí
nas categorias infantil e infanto-juvenil.
Jundiaí estáem terceiro lugar na
tabela de classificação do Paulista
Infantil (15 anos) e lidera no Infanto
(16 e 17 anos). Priscila é a cestinha
do time no Paulista Infantil –
em 17 jogos tem 447 pontos. Além
da mão certeira, a jogadora de 1,69
m destaca-se pela habilidade desenvolvida
no streetball – é a única mulher a integrar a equipe paulista
da Liga Urbana de Basquete. Chegou
à equipe há cinco meses.

A paixão pelo basquete foi descoberta
quando tinha 8 anos: jogava
streetball com garotos em um
parque da Califórnia e foi vista por
umtécnico do clube SCBA, onde jogou
até o ano passado. Lá, também
treinava com meninos e acredita
que por isso ganhou mais força e
técnica. “Quando via aqueles garotos
fazendo show com a bola, queria
imitá-los. Aprendi com eles a
desenvolver minha habilidade e
cresci no basquete”, conta Priscila.

Boas chances de título na Venezuela

Quanto ao Sul-Americano, a garota
acredita que o Brasil tem grandes
chances de ser campeão porque
tem um time de alta qualidade.
Foi uma das 47 meninas convocadas
pelo técnico Luís Cláudio Tarallo,
da categoria infanto (16/17
anos) do time de Jundiaí e da Seleção
Brasileira Sub-17, para treinar
duas semanas em agosto, no Pinheiros.
O Brasil está no Grupo B, ao lado
de Paraguai, Colômbia e Bolívia. No
A, jogam Argentina, atual campeã,
Peru, Venezuela e Equador. O Brasil
foi vice-campeão no ano passado,
também na Venezuela.
Fã de Janeth Arcain, que atua na
WNBA pelo Houston Comets e pela
Seleção Brasileira, e da ex-jogadora
Paula, Priscila está ansiosa pela
estréia. “Fiquei muito feliz pela
oportunidade. Trabalhei muito duro
para chegar aonde estou. Não estou
nervosa. Vou dar o melhor de
mimpara ajudar a Seleção.”
Em sua casa, em Jundiaí, a garota
já não tem muito espaço: “Até
agora são 30 troféus, quatro placas
e dez medalhas.” Seu sonho vai
além: “Quero jogar na Seleção
Adulta, disputar Mundiais e Olimpíadas.”


Fonte: Jornal da Tarde

LUB esquenta “Terra da Garoa”. Time paulista mostra que mulher também joga streetball.

A Liga Urbana de Basquete já começa a ser destaque em São Paulo. Formada há dois meses, a equipe da LUB já surge mostrando que veio para ser um instrumento de inclusão social e uma ferramenta eficaz contra o preconceito. Prova disso, é que a equipe paulista da Liga Urbana conta hoje com 11 homens e uma mulher, a jovem Priscila Cergol de apenas quinze anos de idade.

O feito é inédito no Brasil. Priscila começou a se interessar pelo basquete brincando com as amigas, quando criança. Foi tomando gosto pelo esporte e aos 11 anos passou a fazer parte da equipe infantil do Santa Monica Surf. Nos Estados Unidos, Priscila teve um importante contato com o streetball. “Foi uma experiência emocionante. Participei de várias competições de basquete tradicional e de streetball”, revela a xodó da equipe da LUB.

Priscila obteve muitas premiações. Participou inclusive de partidas juntamente com atletas do sexo masculino, com grande destaque. Um dos grandes feitos foi ser campeã, na versão de Los Angeles, e vice-campeã, na versão do estado da Califórnia, do torneio "Two Ball". A coleção já conta com mais de 30 troféus, além de elogios por sua habilidade de treinadores como Paul Hoover e Jason Wright, ex-Glober Trotter..

Pri, como é tratada pelos colegas da equipe tem o seu sonho bem definido. Ela quer ser atleta da seleção brasileira de basquete feminino. Fazer parte da equipe nacional é a sua meta. Quando não está jogando, Priscila gosta de assistir partidas de basquete, e revela ter Magic Paula como referência. Tendo vivido grande parte de sua vida nos EUA, agora no Brasil Pri reconhece o valor da cultura nacional. “Aqui, as pessoas são muito calorosas, a comida é maravilhosa, a natureza é fascinante. Estou apaixonada pelo tempero e a criatividade da comida brasileira”, exalta Cergol.

Fonte: Liga Urbana de Basquete


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