quarta-feira, 29 de março de 2006

Mina volta às origens e acerta contrato com o COC/Divino

Veterana armadora, de 37 anos, planeja encerrar a carreira no time que a projetou no esporte




O COC/Divino apresentou ontem seu mais novo reforço para a disputa do Campeonato Paulista. A armadora Lucimara Mina, de 37 anos, vai dar um toque de experiência à jovem equipe de basquete feminino.

Mina, como é conhecida, começou a jogar basquete pelo Divino quando tinha 7 anos. Após 30 anos de uma carreira que envolve os títulos de campeã Sul-Americana e Nacional, voltou para encerrar a carreira em Jundiaí. “Estou muito feliz por poder voltar. Poucas têm a chance de encerrar a carreira no time que as projetou”, disse.

A nova jogadora fez questão de elogiar as companheiras de time. “As meninas são ótimas. Aceitam bem as dicas que eu dou, são muito dedicadas e aplicadas. Acho que eu e a Aide [outra veterana do time] teremos a resposabilidade de exercer uma certa liderança em quadra.”

Para Mina, a juventude do time pode representar um fator positivo. “Como toda jogadora jovem, elas adoram correria. Isso poderá impor um certo respeito e assustar as adversárias. Seremos um time bem chato de se enfrentar, eu garanto.”

O time ainda agurada a definição da tabela do torneio estadual.

Para Nádia, moda é jogar basquete

Murilo Borçal


Nádia, pivô: entre a carreira de modelo e a de jogadora, o esporte venceu

Nádia quer conquistar o mundo. A jovem pivô de 16 anos é um pouco tímida, mas decidida.

Quando a proposta foi fazer um ensaio mais sério, diferente das fotos normais de uma jogadora de basquete com passagem pela seleção brasileira, ela aceitou na hora. Tanto por coragem, quanto por vontade. Nádia Colhado sabe o que quer: tudo.

Ela nasceu no dia 25 de fevereiro em Maringá, no Paraná. Com 13 anos já tinha 1,80m e hoje, aos 16, é uma das pivôs mais altas do COC/Divino com 1,92 m.

Em 2005, foi titular da seleção brasileira cadete e, este ano, deve defender a seleção juvenil – comandada pelo técnico do Divino, Luís Cláudio Tarallo.

Como você começou no basquete?

Eu tinha vontade de jogar, então liguei na prefeitura e coloquei a minha mãe para falar com o rapaz responsável. Como eu era muito alta, me pediram para ir fazer um teste, e eu fui.

Com essa altura, nunca pensou em ser modelo?

Eu até já tinha feito alguns trabalhos. Mas chegou um dia que eu tive que escolher entre disputar um campeonato em Curitiba ou ir para São Paulo fazer um teste para a “Capricho” (revista). Escolhi o basquete e não me arrependi. Porque foi nesse torneio que eu fui observada pelo pessoal de Jundiaí e fui chamada para jogar aqui.

Ainda tem vontade de ser modelo?

Se eu conseguisse conciliar com o basquete, sim. Eu gostaria muito de ser modelo. Quem sabe um dia, não é?

Está desde quando em Jundiaí? Como se sente aqui?

Moro aqui desde 2003 e ter vindo para Jundiaí foi a melhor coisa que eu fiz. Eu gosto muito daqui. Tem o Jair (Tavares – assistente técnico do Coc/Divino) que é como um pai para mim. Os técnicos daqui pegam no pé, fazem a gente aprender de verdade. Não é como em outros lugares.

Sente saudades da família?

No começo, minha mãe veio comigo e ficou um tempo aqui. Quando fiquei sozinha, chorava muito, ligava o tempo todo. Mas agora já me acostumei. Morar em república (com as outras jogadoras) me fez crescer.

Qual seu sonho?

Quero jogar na seleção adulta e em um time da WNBA (liga de basquete norte-americana) ou da Espanha. Quero ser jogadora de basquete e ser reconhecida por isso. Sei que isso é bem difícil, mas eu vou conseguir.

Reforçado, Divino inicia treinos para disputar Paulista adulto

Time de basquete apresentou ontem a pivô Fernanda e a ala Jéssica, que retornam a Jundiaí

O bom filho à casa torna. Apesar de gasto, esse é o ditado que define melhor a situação da pivô Fernanda Da Costa Bibiano e da ala Jéssica Cristina Torres, contratadas pela equipe adulta do Coc/Divino. Elas foram apresentadas ontem para integrar o elenco do time de basquete feminino.

As duas jogadoras não nasceram na cidade, mas têm histórias de vidas diretamente ligadas a Jundiaí.

Fernanda, 20 anos, começou a carreira aos 14, em Barretos. Logo depois, veio à cidade para defender o Clube São João e, em 2004, integrou a equipe do Divino. “Saí do time porque não iria ter a equipe adulta, mas sempre gostei muito daqui”, disse a pivô que defendeu o São Bernardo na temporada passada.

Jéssica, 18, nasceu e se criou em Itupeva e, literalmente, está de volta à casa.

“Minha família está aqui pertinho, isso ajudou bastante na minha transferência”, disse a jogadora, que estava em Osasco.

“São jogadoras ideais para o nosso projeto, que é dar continuidade à base que foi formada nos últimos anos”, disse o técnico Luís Cláudio Tarallo. Ao todo, o elenco tem 12 atletas.

Fonte: Bom Dia Jundiaí



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