domingo, 21 de maio de 2006

A Rainha do Basquete

Uma carreira de glórias e sucesso. Esse é o melhor termo para definir a trajetória de Hortência dentro do esporte. Acostumada a ganhar títulos desde as categorias de base, a Rainha do Basquete Brasileiro participou de um bate papo com a TV Flávio Prado e contou com exclusividade alguns dos momentos que marcaram sua vida como uma das principais atletas da história do basquete mundial.

“Sou uma pessoa muito obstinada. Sempre me dediquei em tudo o que fiz e costumo dizer às pessoas que o basquete me deu mais do que eu poderia retribuir. Escrevi minha carreira com um currículo muito bom”, comentou a ex-atleta da Seleção Nacional do Brasil em entrevista concedida aos jornalistas Francisco de Assis e Vanessa Rosal.

Nascida em Potirendaba, uma pequena cidade do interior de São Paulo, localizada nas proximidades de São José do Rio Preto, a Rainha orgulha-se de mostrar as conquistas obtidas ao longo dos anos. Não foram poucas. Vão além do que as próprias condições do esporte, aqui no Brasil, poderiam lhe dar. Em outras palavras, talento puro, cuja superação chegou a colocar tanto as temidas norte-americanas quanto os charutos de Fidel Castro no âmbito de suas mãos.

Em 1990, foi a cestinha do Campeonato Mundial da Malásia, com 256 pontos assinalados na quadra. No ano seguinte bateu o recorde mundial de pontos ao marcar 121 tentos em uma única partida, sendo, ainda, eleita, no Mundial da Austrália, como a melhor ala do planeta, o que lhe assegurou a conquista do prêmio Cruz Mérito Desportivo.

No mesmo ano, obteve um dos maiores feitos de sua carreira. Durante os jogos Pan-Americanos de Havana, estreou com vitória diante dos Estados Unidos, cuja derrota não se fazia presente há 30 jogos, e chegou a final contra Cuba para aterrorizar o socialista Fidel Castro: “O Fidel passou a semana inteira falando que o Brasil iria perder. Ele foi um bom jogador de basquete e entende do esporte. Fazia análises de como bloquear a Paula e eu. No entanto, teve que nos dar a medalha de ouro”, relembra emocionada.

Em 1994, rodando a bola pelos dedos, foi considerada a melhor lateral do mundo. Em 1995, abandonou o basquete para realizar o sonho materno. No entanto, ainda lhe faltava a medalha olímpica: “Foi um momento de superação porque eu estava fora do basquete e tive que me esforçar muito para jogar em boas condições”. Porém, a técnica não se esquece. Nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta, subiu ao lugar mais alto do pódio e teve o uniforme requisitado para o Hall da Fama, em Springfield, junto a Federação Internacional de Basquete.

Em 1997, aos 38 anos, com 21 anos de Seleção Brasileira, abandonou definitivamente o esporte. Em sua trajetória, Hortência não faz questão nenhuma de esconder quem foi a pessoa que mais lhe ajudou dentro do basquete: “Foi a Paula. Passei minha vida inteira treinando para superá-la”, relembrou a Rainha do Basquete.


Assistir ao vídeo: http://www.flavioprado.com.br/tvflavioprado/video01.htm

Fonte: Site Flávio Prado

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