sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Presidente do Catanduva pede compreensão da CBB


O presidente do Açúcar Cometa/Unimed/Catanduva, o médico Pedro Enzo Macchione, pediu maior compreensão da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) com as equipes que têm atletas convocadas para a Seleção Brasileira.

Na visão do dirigente, a CBB poderia arcar com os salários das atletas no período em que elas estivessem treinando com a seleção. A declaração foi dada em função da fase ruim que o clube catanduvense atravessa no Campeonato Paulista da Série A-1, no qual já acumula seis derrotas e ocupa a quinta colocação. Hoje, o time viaja até Marília para enfrentar as donas da casa. A partida, que será disputada no ginásio Sinara Mesquita Serva, tem o início previsto para as 20 horas. Confira a entrevista:

NM: A crise do time tem relação com os desfalques?
Pedro Macchione: Não tem crise no time. O Campeonato Paulista é extremamente disputado, com equipes de alto nível. Estamos sentindo muito a falta da Ísis, da Karla, da Flávia (problema no joelho) e da Vívian. Nosso time é muito competitivo e não existe nenhuma equipe que consegue repor com qualidade todas essas perdas. As equipes de quem normalmente nós ganharíamos fácil não estão com nenhum desfalque. Isto influencia bastante.

NM: Com as constantes convocações das jogadoras de Catanduva, como tentar concorrer com o assédio de equipes da Europa, por exemplo?
Macchione: Ficamos felizes com o assédio, pois isso demonstra que o clube oferece condições para que elas desenvolvam o seu potencial. Ao mesmo tempo, esse assédio acaba criando outros problemas. Todas as jogadoras têm contrato de um ano, e vão cumpri-lo até o final do Campeonato Brasileiro do ano que vem. Com o assédio, é preciso administrar aspectos psicológicos dessas jogadoras. A única forma de algumas delas sair é se receber propostas irrecusáveis.

NM: O que é melhor: ter jogadoras convocadas para a Seleção ou tê- las em treino com a equipe?
Macchione: Para as atletas, ir defender a Seleção é melhor. No entanto, para o clube, essa situação não é boa. Infelizmente, a CBB não assume os salários das atletas enquanto elas estão defendendo o Brasil. Com esse recurso, poderíamos investir em atletas para contar com um elenco maior. Estamos discutindo isso com a CBB para tentar achar uma solução para esse problema.

NM: A equipe corre o risco de entrar em decadência?
Macchione: Isso está totalmente fora de cogitação. Na próxima semana as jogadoras que estavam no Chile retornam, assim como a força já tradicional do clube que a torcida conhece.

NM: Em quanto tempo o time de Catanduva vai conseguir caminhar sem o apoio do Poder Público?
Macchione: Esperamos que o mais breve. Mas, em curto prazo, isto é praticamente impossível. A intenção da diretoria é mandar os jogos na quadra do Colégio Jesus Adolescente, para desvincular do Ginásio do Conjunto Esportivo. Mas só isso por enquanto.

Por Enio Franco


Fonte: Notícia da Manhã

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