sábado, 26 de setembro de 2009

"Eu queria jogar basquete eternamente", diz Janeth

Juliana Michaela

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A ex-jogadora de basquete, Janeth dos Santos Arcain, 40 anos, é auxiliar do técnico Paulo Bassul, na Seleção Brasileira feminina de basquete. Ela é remanescente do time da Hortência e da Paula.

Possui no currículo a participação nos Jogos Olímpicos de Barcelona (1992), Atlanta (1996) e Sydney (2000), além do ouro nos Jogos Pan-Americanos de Havana (1991) e ser tetracampeã da WNBA pelo Houston Comets, liga americana de basquete feminino.

A saudade das quadras ainda é sentida pela ex-jogadora que afirmou em entrevista ao Terra que em alguns momentos sente falta das quadras e queria jogar basquete eternamente.

Nessa nova fase da seleção brasileira, foram convocadas jogadoras mais experientes para auxiliar as novatas, o que para Janeth é uma mistura que está dando certo.

A ex-jogadora falou ainda sobre como é trabalhar junto com a Hortência e o técnico Paulo Bassul, além do seu projeto de ser uma treinadora no futuro.

Terra - Depois de 21 anos defendo a camisa brasileira, como é voltar às quadras como assistente técnica?
Janeth - Está sendo muito bom, além da experiência que passei como jogadora, a vivência que estou tendo como técnica agora. Isso está sendo muito positivo para mim, para a comissão e todas as jogadoras. Espero que tudo isso venha agregar nessa nova função que tenho.

Terra - Existem momentos que sente vontade de entrar na quadra para jogar?
Janeth - Saudades eu sinto sim, faz pouco tempo que parei de jogar. Mas de certa forma eu mato essa saudade, na hora que estamos ali dando treinamento, orientando. Essa saudade acaba passando nesse momento. Dá vontade de estar ali sim. Eu queria jogar basquete eternamente (risos).

Terra - Qual a avaliação que faz dessa equipe que tem uma mistura entre estreantes e experientes?
Janeth - Esse mix está dando certo, as jogadoras estão centradas no objetivo, na meta que tem, na classificação para o Mundial. A equipe deu certo antes quando fizemos essa mescla de idades e experiências, e conseguimos resultados. Esperamos conseguir agora.

Terra - A falta da presença das jogadoras experientes foi o que causou o resultado modesto em Pequim?
Janeth - São vários fatores que podem ter acontecido. Internos e externos que influenciaram anteriormente. Agora é uma nova etapa, um novo momento. A gente aprendeu muita coisas com o que aconteceu, para que nós não possamos cair no mesmo erro e arrume o que está faltando. Essa boa sorte começou desde a posse da nova gestão da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) e acreditamos que com isso, o basquete pode alavancar agora.

Terra - Como é a sua relação com a Hortência nesta nova fase da Seleção?
É muito bom, estamos sempre conversando, dizendo o que está acontecendo, como o grupo está, da experiência que estamos trocando. Está sendo muito bom e muito útil, e a gente só quer que tudo isso sirva para incentivar o basquete brasileiro.

Terra - Ela é "brava"?
Janeth - Não, imagine. A Hortência está lutando da mesma forma que ela lutava como atleta, agora fora de quadra para que os objetivos e coisas que anteriormente não aconteciam aconteçam, e que a gente consiga diminuir o caminho que nos tínhamos para conquistar as nossas metas e títulos. Ela sabe das coisas que são necessárias para isso. Nessa diminuição do caminho, você tem menos tempo para percorrer e ela está sendo muito útil para isso.

Terra - Quais são as suas apostas nesta nova fase da Seleção?
Janeth - Primeiramente é classificação para o Mundial e a segunda meta, é ser campeã. Eu estou muito positiva. É um grupo fechado, focado, e isso faz com que tenhamos um pensamento positivo de chegar onde queremos.

Terra - Do que você sente mais falta da época de jogadora e do que não sente?
Janeth - Eu sinto falta de jogar e não sinto falta de treinar (risos).

Terra - Por que?
Janeth - Ah, ia ser bom entrar na quadra só para jogar. É um outro momento, é uma outra sensação. Treinar eu não sinto mais falta, isso eu tenho certeza.

Terra - Treinar é muito chato?
Janeth - Não, é que tem uma rotina que torna cansativo fisicamente e mentalmente. Então é por isso, eu sabia que eu tinha que treinar para atingir o meu objetivo e ápice. Hoje eu vejo que treinei muito mesmo. Hoje eu estou em outra fase e não preciso dos treinamentos.

Terra - Você pretende no futuro dar um passo e virar treinadora?
Janeth - A gente sempre está buscando coisas melhores. Eu diria que tenho essa meta a curto prazo, de estar aqui com a Seleção e a Seleção sub-15, que vamos disputar o Sul-Americano em novembro. Enfim, depois vamos sentar e traçar outras metas futuramente.

Terra - Como é o seu trabalho diário com o Bassul?
Janeth - A gente está sempre conversando, trocando idéias, conhecimentos, fazendo reuniões, onde decidimos algumas coisas em conjunto e alguns detalhes. Falamos sobre as equipes, os adversários, as jogadoras de fora, as nossas jogadoras. Pensando também em um futuro próximo. Estamos sempre trocando idéias, e informações. Isso é importante para o nosso crescimento também.

Terra - O calor daqui de Cuiabá tem influenciado na preparação dos jogos?
Janeth - Olha, nós estamos tendo sorte. Chegamos na sexta-feira em um dia muito quente, aí foi tendo uma chuvinha e foi mudando. Para nós está ótimo, estamos em um clima que estávamos em São Paulo. Até agora não sentimos, mas em relação a alimentação e repouso, as meninas estão conseguindo repor muito bem e estamos preparadas para a estréia de hoje.

Fonte: Terra

4 comentários:

BELA disse...

Putz pra quem pretende ser treinadora, e já é treinadora da seleção brasileira sub-15....!!!!!
Ainda quer apreender????
ahahahhhhh......
BELA TREINADORA È .... OU SERÁ???????
ahahahhhhhh...

Anônimo disse...

Alguém sabe se a Janeth tem faculdade?O CREF deveria ir atrás dessa atrocidade, se quer ser técnica vai estudar....ainda mais de categoria de base.Ou ela acha que copiar treino da WNBA vai formar alguma jogadora??Coitada da nossa base!

Fernando disse...

É incrível como as pessoas gostam de criticar, não livram nem mesmo os grandes ídolos de críticas, as quais, na maioria das vezes, são infundadas!!
Parabéns, Janeth!! Torço para que tenhas muito sucesso na carreira de treinadora! Que consigas trazer muitas alegrias e vitórias ao Basquete Feminino do Brasil do memso modo que o fizeste como jogadora!!

Anônimo disse...

A carreira da Janeth como treinadora vai ser muito curta.Uma coisa é ser grande jogadora e outra coisa bem diferente é ser uma boa treinadora.Dois requisitos que são basicos ela não tem: carisma e liderança.È uma pena que a panela na CBB ja esteja formada e se eu entendo um pouco de basquete a nossa base esta no mato sem cachorrrrro.