segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Por onde anda a Ana Mota…

anamota08

photo_002 Mais um link incrível que o Renato me manda.

Trata-se do site da Ana Mota (http://anamota.com.br/), grande armadora do nosso basquete, que hoje atua como personal trainer.

Ana participou da conquista do Pan-Americano de Havana (1991) e defendeu a seleção também no Mundial da Malásia (1990). Passou pelas maiores equipes do basquete feminino em seus momentos áureos, como as saudadosas do Leite Moça/Sorocaba, Nossa Caixa/Ponte Preta, Cesp/Unimep, Seara/Americana e Arcor/Santo André. A despedida das quadras se deu em uma passagem – não menos marcante – por Guarulhos.

O site é muito legal e conta com uma galeria de fotos absolutamente sensacional.

Vale a pena a visita!

domingo, 30 de agosto de 2009

Sem Lauren Jackson, Seattle mantém titulares em quadra para bater o Atlanta em duas prorogações

Atlanta Dream Mesmo sem contar com Lauren Jackson, afastada por uma fratura por stress, o Seattle venceu o Atlanta (91-84), após duas prorrogações.

Como de praxe, o técnico Brian Angler, do Seattle, sugou até alma de seu time titular, que jogou mais de 40 minutos.

Sue Bird (24 pontos e 8 assistências, em 46’) e Tanisha Wright (25 pontos, 6 assistências, em 42’) foram os destaques.

No Atlanta, a pontaria não esteve boa. O time zerou nos arremessos de três (0/9).

Angel foi a cestinha, com 16 pontos, em 35’.

Érika teve 12 pontos (6/14), 8 rebotes e 6 tocos, em 36’.

Iziane também chegou aos 12 pontos (3pts 0/4 e 2pts 6/19), em 30’.

O Atlanta mantém a segunda posição do Leste.

sábado, 29 de agosto de 2009

Santo André faz dois amistosos internacionais

A equipe de Santo André fará dois amistosos internacionais a convite da FPB.

O primeiro será contra a seleção chilena (17/09, às 18h), que se prepara para a Copa América.

No dia 01 de outubro, também às 18 horas, o time enfrenta a seleção angolana.

Ambos os jogos serão no Pedro Dell’Antônia.

Iniciando série de jogos fora de casa, Atlanta perde para o Detroit

izi_monarchs_dream Na última quinta-feira, o Atlanta acabou derrotado pelo Detroit, que jogava em casa.

A vitória por 87 a 83 foi a quarta consecutiva do Detroit.

Novamente Iziane foi a cestinha do Atlanta, com 19 pontos (3pts 3/6, 2pts 5/13), em 34’.

Érika alcançou um double-double: 16 pontos (2pts 5/13 e LL 6/7) e 13 rebotes, também em 34’. A pivô ainda teve 3 assistências, 2 tocos e 1 recuperação.

Na ausência de Chamique, a caloura Angel segue sua trajetória com apetite: 16 pontos (3pts 1/4, 2pts 3/8 e LL 7/11), em 38’. Teve 6 rebotes, 6 erros e 5 assistências.

No Detroit, Deanna Nolan foi fundamental, com 29 pontos.

Apesar da derrota, o Atlanta segue na segunda colocação do Leste e ainda na zona de classificação para os play-offs, que já contam com três equipes definidas: Indiana, Phoenix e Seattle.

Esse último é o adversário do Atlanta hoje.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Hortência há 17 anos…

92hort Depois do link da entrevista de Hortência em 1987 ao Roda Viva, o Renato me enviou o registro de uma outra entrevista da Rainha ao mesmo programa.

Essa segunda entrevista ocorreu em 1992, logo após a conquista da vaga para os Jogos Olímpicos de Barcelona.

O papo transcorre num clima menos ameno do que o da entrevista anterior e retrata bem o clima de exposição que a carreira e a vida pessoal de Hortência tinham naquele momento.

Lendo a entrevista, me chamaram a atenção os comentários sobre o comportamento de Hortência em Vigo. Ela, que na entrevista anterior havia admitido ser “fominha”, era questionada sobre um suposto “chute na porta”, sobre “não ter gostado de ficar no banco” e finalmente sobre “ter falado sobre isso com a técnica Maria Helena Cardoso”.

Essas mesmas frases foram recentemente usadas quando o conflito entre Iziane e Bassul foi escancarado em público.

A aparente semelhança no entanto é quebrada pelo discurso de Hortência que restabelece a devida distância entre Iziane e ela:

“Em nenhum lugar o senhor me viu criticando a Maria Helena, eu tenho um respeito muito grande pela hierarquia que existe dentro da Seleção Brasileira. Ela é um grau acima de mim e eu respeito a tática que ela quis imprimir na partida.”

“Se eu tiver 40 anos de idade e estiver jogando melhor, estiver encestando melhor, e uma jogadora de 20 quiser ocupar o meu espaço, ela disputa o lugar comigo. Se ela for melhor do que eu, paro de jogar basquete e vou para o banco.”

E acho que Hortência encerra bem a questão quando é provocada com a pergunta “Se a Seleção teoricamente hoje tivesse três Hortências e duas Paulas, ela seria provavelmente imbatível?”

Disse a Rainha:

“Olha, eu ficaria muito triste se fossem três Hortências. Eu não quero dividir o meu espaço com ninguém [risos]! Eu tenho o meu espaço e quero muito que a Janeth também ocupe o espaço dela, eu quero que amanhã vocês falem “A Janeth é a melhor jogadora do Brasil”, e não a segunda Hortência, ou a terceira Paula, entendeu? Eu quero que todas conquistem o que eu conquistei, todas são boas jogadoras, por exemplo, a Janeth. Hoje eu e a Paula temos um pouco mais de responsabilidade sobre a equipe, porque somos duas veteranas. A Helen é a mais nova. Quando eu entrei na Seleção Brasileira, éramos todas novas, e eu não tive, por exemplo, uma Hortência ou uma Paula, como hoje a Helen tem, para me orientar em um momento de desespero dentro da quadra. Eu aprendi "tomando pancada", entendeu? Eu quero que a Helen seja a melhor jogadora do Brasil, a melhor jogadora do mundo, e não que ela queira ser uma Hortência. Ela pode se espelhar em mim, mas eu quero que seja sempre ela.”

Confira a segunda entrevista: aqui!

Federação Paulista marca amistosos entre Catanduva e seleção angolana

Márcia Bernardes

O Açúcar Cometa/Unimed/Catanduva Basket Clube foi convidada pela Federação Paulista de Basketball (FPB) a realizar dois jogos amistosos com a Seleção de Angola. O convite veio da Federação, na última segunda-feira, dia 24. As partidas estão marcadas para os dias 21 e 22 de setembro.

A equipe Angolana se prepara para a disputa do XVI Campeonato Mundial de Basquete Feminino que acontecerá na República Tcheca, de 23 de setembro a 3 de outubro de 2010.

Em entrevista ao Notícia Online, o presidente do Catanduva Basket Clube, Pedro Macchione, fala com empolgação do convite feito pela FPB. “Recebemos o convite na segunda (24) e mandamos a confirmação nesta terça (25). A Federação foi que escolheu Catanduva para os dois jogos amistosos”, conta.

Macchione informou que os amistosos serão disputados nos dias 21 e 22 de setembro, a partir das 20 horas. “Inicialmente, os jogos serão realizados no Conjunto Esportivo ‘Anuar Pachá. Talvez, mas ainda não foi definido, teremos uma partida no Jesus Adolescente (Ginásio)”, frisa.

Segundo o presidente, este desafio servirá de preparação para as atletas para o Campeonato Brasileiro de Basquete Feminino, que poderá ter início no começo de outubro. “A perspectiva é ter 13 equipes na disputa. As jogadoras estão treinando desde o fim do Paulista. A volta da Joice e o acerto com a Fernanda Beling fortaleceram ainda mais a equipe. A Sílvia e Palmira já estão treinando direto na seleção. Deverá ser um campeonato bem forte”, finaliza.

Fonte: Notícia da Manhã

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Iziane faz 30 pontos e Atlanta bate Sacramento (103-83)

medium_ccappy09-wnba_69005818 Ainda jogando em casa, o Atlanta bateu o Sacramento (103-83), na noite de hoje.

A cestinha da partida foi a brasileira Iziane, com 30 pontos (3pts 3/7, 2pts 10/14 e LL 1/2). A maranhense ainda deu 4 assistências, em 32’.

Angel McCoughtry teve 20 pontos.

E a pivô Érika registrou 12 pontos, 4 rebotes e 3 assistências.

Técnico argentino chama quarto atletas sub-19 para os treinos da Copa América

ARG_20090208_FLORES_NADIA Depois de comandar as bem-sucedidas campanhas de bronze da Argentina no Mundial Sub-19 e na Copa América Sub-16, o técnico Eduardo Pinto iniciou os trabalhos no último sábado (22) com a seleção adulta que vem para Cuiabá na Copa América, em setembro.

Da seleção que enfrentou o Brasil no Pré-Olímpico das Américas em 2007 foram mantidas: Sandra Pavón (26 anos), Mariana Cava (25), Paula Gatti (32), Marcela Paoletta (32),  Celeste Cabañez (23 anos) e Florencia Fernández (25).

Da disputa do Pré-Olímpico Mundial (2008), retornam:  Carolina Sánchez (33), Constanza Landra (27) e Melisa Cejas (25).

Entre as experientes, há ainda Noelia Mendoza (30 anos), Daniela Luchessi (31 anos), remanescentes da disputa do Mundial de 1998.

A renovação começa com três atletas que disputaram o Mundial Sub-19 em 2007: Sofía Castillo (21), Andrea Kunkel (21), Noelia Zinna (21). Vale lembrar que nessa competição, a Argentina ficou na décima quarta posição, atrás até mesmo do Brasil (décimo).

Há ainda Ornela Bachinni (20), Paula Reggiardo (25), Ailín Astorga (23) e Florencia Palacios, com trajetória de menos destaque nas seleções de base do país.

Por fim, há quatro atletas da recentíssima campanha do Mundial Sub-19: Agostina Burani, Andrea Boquete, Nadia Flores e Ornela Santana.

No treino de hoje, Eduardo já fez os três primeiros cortes: Ailin Astorga, Sofía Castillo e Ornella Santana.

O time segue com treinamentos até o fim da semana, quando o técnico prepará uma nova lista, que pode incluir até nomes outros (Sthefany Thomas, da Universidade de Clemsom – NCAA, é uma das apostas).

No começo de setembro, o time deve vir ao Brasil para amistosos. Após, retorna à Argentina, para mais treinos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Hortência acerta amistosos com a Argentina, antes da Copa América

“Estive vendo um jogo-treino da seleção e fiquei bem empolgada. (…) Não vejo a hora da equipe estar completa, pois ainda falta a Érika, que esta jogando a WNBA.

Contra o Canadá já estão confirmados dois amistosos e estamos acertando mais dois com a Argentina. Falando em Argentina, estou engasgada com elas , pois perdemos no sub-19 e 16. Vamos devolver no adulto, assim espero.”

Hortência, a diretora, em seu blog

Defesa é prioridade de Bassul na fase final dos treinamentos

Faltando um mês para a Copa América/Pré-Mundial de Cuiabá, a seleção brasileira adulta feminina, patrocinada pela Eletrobrás, entra na reta final de treinamento para a competição, que classifica as três melhores equipes para o Campeonato Mundial da República Tcheca, em 2010. Com um grupo de 14 atletas em Barueri, o técnico Paulo Bassul afirma que o time está evoluindo e explica que agora começa a reta final de treinos, que sofrem mudanças de prioridades.
 
— Estamos entrando na reta final de treinos. O trabalho começa a ter mais as características que vamos enfrentar na competição. Um exemplo dessa mudança é a maneira de encarar os amistosos. Até o momento, contra as equipes masculinas de base, dosamos o tempo para todas as jogadoras entrarem com o objetivo de ter uma avaliação mais criteriosa. Agora a gente começa a testar formações específicas para fazer avaliações, sem se preocupar com tempo. A meta é preparar o grupo efetivamente para a competição.
 
Nos próximos trinta dias, ou seja, até a Copa América, o técnico acrescenta que a defesa será o carro-chefe do treinamento.
 
— Todos os elementos que compõem o sistema defensivo serão trabalhados insistentemente. É um trabalho feito com muita atenção, onde o grupo deve saber todas as regras defensivas. Individualmente, desenvolvemos bem as posturas de marcação, bloqueio e rebote. Esses dois últimos fundamentos serão essenciais para jogarmos contra seleções altas como Canadá e fortes fisicamente como Cuba. Gradativamente, a ênfase na preparação física diminui e entramos nos trabalhos defensivos, que desgastam muito fisicamente.
 
Outra mudança apontada por Paulinho é o aumento da cobrança em relação ao sistema tático.
 
— O grupo já aprendeu todas as jogadas, as movimentações já foram dadas. Agora começa a mudar o grau de cobrança, não mais no sentido de apenas executar o movimento e sim tirar proveito deles em todas as suas possibilidades, rotações e situações. Em basquete, as situações são muito abertas, o adversário pode criar inúmeras saídas defensivas para os movimentos e temos de estar treinados para cada uma dessas saídas. Assim, a equipe estará preparada para criar variações dentro da jogada, sabendo reagir de acordo com cada atitude do adversário.
 
Treinando em Barueri desde o início de julho, o treinador avalia o trabalho realizado até agora, com 14 atletas.
 
— A equipe está evoluindo dentro do planejado. Todas estão focadas no trabalho. O grupo está muito bem condicionado fisicamente e está assimilando bem o treinamento — conclui o técnico, que treina pela primeira vez a seleção para um campeonato no Brasil.
 
A armadora Helen Luz também está confiante no crescimento de todas as atletas.
 
— O trabalho está indo muito bem, todas nós estamos evoluindo em cada treino. Ainda não estamos cem por cento e nem é a hora de estarmos. Tudo está caminhando dentro do previsto e, com certeza, chegaremos à Copa América com todas as condições de presentear a maravilhosa torcida brasileira com a vaga para o Mundial e o título da competição.

Hortência, há 22 anos…

hortrodaviva O Renato me mandou um link muito legal.

Trata-se de um registro de uma entrevista de Hortência no programa Roda Viva da Tv Cultura, em 1987.

A Rainha foi sabatinada por nomes com Juca Kfouri, Marcelo Resende, Norminha e Wlamir Marques.

Além do registro em texto, há um pequeno vídeo do programa no qual Hortência resumia uma de suas grandes características em quadra: “É melhor me marcar ‘normal’. Se a pessoa que me marca, me irrita, me dá uma pancada fora do lance; é aí que eu jogo mais e ninguém me segura.”

Hahaha! Essa era a Magrela!

Confira a entrevista: aqui!

domingo, 23 de agosto de 2009

Iziane é cestinha, mas Los Angeles interrompe série do Atlanta

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Jogando em casa, o Atlanta não pode conter a boa fase do Los Angeles Sparks, que encerrou a série de vitórias do time das brasileiras ao fazer 91 a 87.

Iziane foi a cestinha da partida, com 26 pontos (LL 3/3, 2pts 4/12 e 3pts 5/11). Ainda teve 7 rebotes e 4 assistências, em 32’.

Ao seu lado esteve a caloura Angel McCoughtry, que ganhou a vaga da titia Chamique, com uma lesão no joelho. Angel voltou a brilhar, com 23 pontos (2pts 10/19 e 3pts 1/1).

Érika completou o trio de destaque do Atlanta, com 13 pontos (5 em 10) e 9 rebotes, em 30’.

No Sparks, atenção para Candace Parker, com 23 pontos e 8 rebotes.

sábado, 22 de agosto de 2009

Pivô Clarissa é destaque da vitória do Rio de Janeiro no torneio feminino de basquete das Olimpíadas Universitárias 2009

gal_2009_8_22_13_18_44_basqm_wa_2208_31180 A Universidade Castelo Branco (UCB-RJ) venceu o Centro Universitário Leonardo da Vinci (Uniasselvi-SC) por 56 a 39 e sagrou-se campeã do torneio feminino de basquete das Olimpíadas Universitárias Jubs 2009, neste sábado, dia 22, no Náutico Atlético Cearense, em Fortaleza (CE). O destaque da partida foi a pivô Clarissa Cristina, cestinha com 21 pontos.

"Esse é o resultado de uma equipe focada e unida. Jogamos bem desde o primeiro jogo. Treinamos muito para conseguir esse título", disse a atleta de 21 anos, estudante de fisioterapia, que foi convocada para a Seleção Brasileira que disputará a Copa América, classificatório para o Mundial do ano que vem.

Apesar da convocação, Clarissa já foi cortada do grupo, que iniciou os treinos com 24 atletas. No ano passado, ela jogou no Vagos, de Portugal, para onde voltará no fim do ano, para participar da Euroliga e do Campeonato Português.

Com exceção de duas atletas, o time carioca é o mesmo que disputa a Liga Nacional e o Campeonato Carioca pela Mangueira. Assim como Clarissa, a armadora Ivana da Silva e a técnica Raffaela Bauerfeldt também destacaram a união do time e o entrosamento como os ingredientes principais para a conquista.

"Nosso time joga junto há muito tempo. Praticamente todo o time disputou as Olimpíadas Universitárias do ano passado (em Maceió-2008), além de disputar outras competições pela Mangueira", explicou Ivana, que cursa o quarto período de educação física.

"As lágrimas rolam porque eu e essas meninas sofremos muita cobrança. Hoje é muito difícil fazer o basquete. Tudo é feito com muito sacrifício. Estávamos sempre batendo na trave", afirmou a treinadora de apenas 27 anos. "Treinamos todos os dias às 8h da manhã. Algumas acordavam à 5h pra pegar a condução e chegar no horário marcado. Raramente uma atrasava", explicou.

Remanescente da equipe do ano passado, que ficou com a medalha de bronze, a bela ala/armadora Camila Lacerda, de 20 anos, era só alegria. Ela marcou apenas seis pontos na partida, quatro deles num momento crucial - no quarto período, quando as catarinenses encostaram no placar (39 a 34).

"A base era essa, mas o nosso time está muito mais completo do que o do ano passadgal_2009_8_22_15_55_44_basqm_wa_2208_31183o. Estamos mais fortes física e tecnicamente. Sem contar a união do grupo. Jogamos como se fossemos 12 em uma", analisou a estudante de educação física, que já defendeu o Botafogo na Liga Nacional e joga atualmente na Mangueira.

Pela Uniasselvi (SC), o destaque foi a ala/armadora Mariana Camargo, de 23 anos, que assim como Clarissa foi convocada para a Seleção Brasileira adulta em julho e cortada após a primeira fase de treinos. Bem marcada, Mariana foi cestinha da sua equipe com apenas 13 pontos, muito aquém das partidas anteriores.

Desconhecida do público brasileiro, ela defendeu a Oral Roberts University, de Oklahoma (EUA), nos últimos quatro anos. Usando a camisa dez do "Golden Eagles", ela conseguiu destaque no torneio da NCAA (Campeonato Universitário dos Estados Unidos) desde a primeira temporada. Hoje, ela divide as quadras de basquete com a pós-graduação em gestão empresarial. Mariana fez história em sua carreira universitária. Ela se tornou a décima cestinha de todos os tempos (1.194 pontos), terceira em assistências (474) e quarta em recuperações de bola (206).

Fonte: Olimpíadas Universitárias

Chuca é cortada da seleção brasileira

Depois de Clarissa, Mariana Camargo, Jaqueline, Karla, Izabela e Tayara, foi divulgado o mais novo corte da seleção que se prepara para a Copa América: a ala Chuca.

ENTREVISTA – Magic Paula (Jornal Diário da Região – Osasco)

220px-Maria_Paula_Gonçalves_da_Silva “O Brasil fica sempre esperando que surja um grande ídolo como uma Daiane dos Santos ou uma Jade Barbosa. Acho que eles [dirigentes esportivos] poderiam ter muito mais, mas não sabem aproveitar”

Débora Vieira
Juliana Rodrigues
Ricardo Datrino
(
ricardodatrino@webdiario.com.br)

Em entrevista exclusiva ao Diário da Região, a ex-jogadora do BCN Osasco conta sobre o basquete atual, a gestão de Hortência na CBB e seleção brasileira. Ela ainda expõe sua opinião sobre a realização das Olimpíadas em 2016, no Rio, e fala também sobre futebol destacando a figura do camisa 9 corintiano, Ronaldo Luis Nazário de Lima.

Como você avaliou a decisão do Bradesco em retirar o patrocínio do vôlei feminino?

É difícil quando você está de fora dizer porque isso aconteceu. Eu não tenho muito conhecimento, apenas o que vejo e leio pela imprensa. (...) Acho isso muito ruim para o esporte, mas, na cabeça dos dirigentes, sai um [patrocinador] amanhã entra outro. Eles não têm a mentalidade de que esses ‘caras’ poderiam dar mais.

Qual é o panorama que você traça para o basquete masculino no futuro e como você analisa o momento presente?

Acho que é um momento de mudança - o que é sempre bom na vida da gente. Vivíamos num momento em que o basquete estava numa curva descendente. Quando a coisa não está bem não é fácil, mas quando há mudança tudo vem para animar as pessoas e dar um novo alento. Confio muito no que irá acontecer. Já trabalhei com o [José Carlos] Brunoro e sei do talento e competência dele. Sei que ele está por trás desses projetos. Me sinto mais tranqüila em relação a isso, mas vejo que devemos paula-17-11 ter paciência. O cenário é trabalhar a longo prazo, ser realista de imediato, e futurista, com planos mais arrojados daqui a alguns anos. Principalmente porque o basquete não prepara técnicos, atletas e árbitros. A coisa se estagnou. Chegou o momento de começarmos um trabalho que dura no mínimo 8 anos.

E o feminino? Você diz que teme a classificação dela (seleção) para as próximas olimpíadas. Por quê? Qual o problema? Existem outros problemas além dos enumerados?

Não temo nada. Quando você está em quadra tudo pode acontecer. Acho apenas que não temos uma boa geração. A bagunça é a mesma de 30 anos atrás. O basquete nunca foi diferente do que já é.

Ou seja, não se trata de um problema técnico, mas estrutural e de planejamento.

Uma coisa puxa outra. Se você não tem um bom planejamento, não se pode exigir de ninguém. Uma seleção que treina 20 dias não será campeã olímpica. Como você exigirá dessas atletas uma preparação de alto nível? Primeiro é preciso estruturar e ter uma boa equipe trabalhando por trás. Acredito mesmo que o basquete nunca foi diferente dopaula1 que está. Ele [basquete] teve a sorte de pegar uma geração talentosa que mesmo com os problemas e sem dinheiro conseguia chegar às finais de competição. Na nossa geração e a seguinte ainda conseguimos manter o bom nível do basquete por alguns anos, mas, infelizmente, não foi feito uma preparação adequada para que as peças de reposição pudessem entrar em campo sem que o basquete sentisse falta das anteriores. Hoje é importante que, pela primeira vez, tenha um departamento feminino com a Hortência à frente assumindo essa gestão da CBB. Acho uma coisa inovadora. Isso nunca teve. Éramos jogadas no mesmo saco, mas ele sempre enchia para o lado masculino. O feminino sempre sobrava. Acho que agora terá uma gestão mais profissional das coisas. Já teremos, em breve, uma competição que é a Copa América e que classifica para o Mundial. Às vezes, não se tem talento, mas existe garra e comprometimento que superam esse fator. As meninas têm que estar felizes com o que estão fazendo. Esse momento é de diagnóstico, avaliação, para poder fazer um projeto a longo prazo.

Falando em Hortência, como você analisa a nomeação dela como mandatária da modalidade do basquete feminino pela CBB? Como você acredita que será a gestão dela?

É difícil. Ela terá um pouco de pressão. De uma coisa tenho certeza, a coisa será mais transparente e haverá mais diálogo. A Hortência terá que conviver no dia-a-dia para aprender. Ela não foi gestora nunca na vida dela. A CBB será sua 20090610_364327_1006_Mundial94_gde grande experiência. Ela é uma pessoa que tem experiência e pensará no atleta, coisa que eles [dirigentes] nunca fizeram. O atleta era o último a saber o que eles pensavam em fazer. Acho, agora, que a Hortência tem que se blindar e fazer uma boa equipe junto a ela. Se for boa ou ruim, será uma gestão que ela estará à frente.

O que você pensa de atletas que estão na NBA e não vestem a camisa da seleção? Você acredita que as brigas pessoais devem ficar de lado e os jogadores devem ser convocados? Qual sua avaliação? Falo, por exemplo, do masculino.

Acho que o problema é muito mais embaixo. As pessoas falam que os ‘caras’ não querem vir, mas existem muitas coisas que fizeram com que os atletas não tivessem mesmo o tesão de jogar pelo Brasil. Eles são jogadores diferenciados e merecem ter esse tratamento. Muitas coisas desagradaram esses atletas quando eles não eram nada. Hoje, que eles têm um contrato de 100 milhões de dólares por ano eles devem ter um tratamento especial. Eles devem ter, no mínimo, um seguro para atuar pela seleção brasileira. O ‘cara’ tem um super contrato, vem para cá, não tem o seguro, mas os dirigentes querem que ele jogue. Quando ele foi jogar na NBA cobraram uma nota para que ele pudesse sair, na transferência. Acho que o tratamento dado é ligar, ir ao país aonde o atleta joga e conversar com ele. Ninguém se nega a defender a seleção brasileira, mas desde que haja um bom projeto. Isso é o que falta, um bom projeto. Tem que ser tudo conversado antes. Não adianta chegar 15 dias antes de uma competição ligar e comunicar que está convocado. Nessa questão defendo os atletas. Muita coisa se esconde e se fala, mas poucos pensam no atleta. Temos que dialogar porque a seleção precisa deles. Acho que o problema é mais embaixo.

O que você acha do novo presidente da CBB?

Não acho nada. Não o conheço. Se você me perguntar do Brunoro sei quem é, mas o novo não sei quem é. Sei porque leio.

Segundo informações, em entrevistas anteriores, você teria dito que o “basquete não a atrai tanto atualmente”. Por quê? paula_04

Não é que não me chama mais a atenção, mas é que sou uma péssima espectadora. Não fico em frente à televisão, apenas quando o Brasil joga. Em 2007, quando fui convidada para comentar pela Record, tive que estudar porque eu estava totalmente por fora e não sabia quem eram as jogadoras. Quando eu jogava tinha fitas minhas e eu não as via, vou ver agora? Realmente não conheço hoje o basquete, mas vejo que a seleção masculina é muito mais talentosa que a feminina. Vou ficar chutando, mas gosto mais de ver o masculino do que o feminino. Se eu chutar meia dúzia de atletas de cada lado não vou acertar.

O que você acha da falta de ídolos do seu porte e da Hortência na seleção? E no Brasil?

Acho que é reflexo de uma má gestão. O Brasil fica sempre esperando que surja um grande ídolo como uma Daiane dos Santos ou uma Jade Barbosa. Acho que eles [dirigentes esportivos] poderiam ter muito mais, mas não sabem aproveitar. É uma má gestão, uma questão de massificação do esporte. Quando você tem um espaço grande e bastante atletas, a possibilidade de encontrar mais atletas talentosos é grande. Para ser ídolo, não basta ser um bom atleta, é preciso ter carisma e outras coisa mais. Vemos atletas bons e que tem um carisma de um Ronaldo, por exemplo. A falta de ídolos é conseqüência de uma má preparação para que surjam novos.

O Rio tem chances de receber a Olimpíada de 2016? O Brasil merece sediar os Jogos?

Sou contra olimpíadas no Brasil. Seja no Rio ou em qualquer outro lugar. Acho que poderíamos pensar em sermos sede de uma olimpíada daqui uns 12 ou 16 anos. Teríamos um projeto preparado para esses atletas que viriam defender nosso país lá na frente. Mas não vejo um bom projeto hoje. Estamos preocupados em construir e sediar as olimpíadas, mas ninguém falou para nós que existe um projeto consistente.

Parece mais uma questão de manobra política ou partidária?

paulhortfid Não sei. Política existe sempre em qualquer lugar e alguém quer sempre se beneficiar. Acho que a estrutura do país em termos olímpicos é muito frágil. Hoje vemos atletas perdendo patrocínios com a crise. O atleta no país não tem a estrutura adequada para treinar e se preparar. Acho que não podemos pensar em olimpíadas se trabalhamos assim com o esporte. Enquanto não existir um projeto Brasil Olímpico, não de construção, mas sim de preparar atletas e dar oportunidades e condições para que eles trabalhem e cheguem e bem numa olimpíada, não podemos ter muita cabeça para pensar em olimpíadas. Tivemos uma experiência recente que foi o Pan. Houve construção, mas não teve um projeto para colocar gente lá dentro depois.

O que você está achando do desempenho do Ronaldo?

Gosto de futebol e tento assistir alguns jogos. O futebol brasileiro ganhou muito mais com a vinda do Ronaldo. O paulista já ficou muito mais interessante com a presença dele. Deu um gás na competição e todo mundo comentou. O Ronaldo é o tipo de cara que gosta desses desafios e quando você acha que quando não dá mais ele aparece. O talento dele è indiscutível. Afinal de contas ele foi três vezes melhor do mundo. Não estamos falando de ninguém, mas do Ronaldo. Ele tem muito carisma. Eu, que sou palmeirense, torço por ele e mesmo ele jogando no Corinthians. Ele é diferenciado. Fui ver um jogo dele e vi que ele se posiciona no lugar certo. Às vezes não recebe a bola como deveria, mas ele tem um pouquinho a mais que os outros, um pouco não, um monte. Ele é inteligente, sabe onde está a bola e o goleiro. São atletas que vemos dificilmente. O futebol ganha muito mais com ele e até mesmo ele. Seria injusto o Ronaldo parar por conta de uma contusão.

Fonte: Jornal Diário da Região

Clínica de Basquete & Circuito Clube Escola

Clínica de Basquete 

Montagem fotos _Clinicadebasquete No último dia 08/08/2009 a Coordenadoria de Gestão de Políticas e Programas de Esporte e Lazer - CGPE, da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação realizou uma Clínica de Basquete, que contou com 98 profissionais dos Clubes Escola e Convidados.

O objetivo da Clínica de Basquete “Aprendendo com o Esporte” foi proporcionar aos participantes embasamentos teóricos voltados ao basquetebol, para que estes possam oferecer melhor qualidade de ensino aos alunos.

No site da prefeitura já está disponível os conteúdos de todas as palestras para acesso de todos: http://www4.prefeitura.sp.gov.br/semebiblioteca/CGPE/CircuitoEsportivoCE/Basquetebol/clinicas.aspx

Contou com palestrantes renomados como:

· Alessandra Minatti

“Metodologia aplicada nas equipes de basquete do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa”

· Fátima Aparecida da Silva

“Arbitragem Educativa”

· Kátia de Araújo

“Metodologia aplicada na iniciação esportiva considerando os estágios de aprendizagem”

· Maria Alice Zimmermann

“Esporte na Escola”

· Maria Paula Gonçalves da Silva - Magic Paula

“Autobiografia e o esporte de Alto rendimento”

PRIMEIRA RODADA BASQUETE 15/08/2009Primeira rodada - Basquete

Com o objetivo de proporcionar o contato e a participação dos Clubes Escola e Convidados com uma competição que visa além de inclusão social, oportunizar os profissionais envolvidos a demonstrarem seu trabalho, criarem objetivos para o dia a dia, melhorarem o nível técnico dos participantes e revelarem talentos para modalidade, a Coordenadoria de Gestão de Políticas e Programas de Esporte e Lazer - CGPE criou o Circuito Esportivo Clube Escola em diversas modalidades.

O Basquete conta com 93 equipes de diversas localidades, distribuídas nas categorias Sub 10, Sub 12, Sub 14 e Sub 16, naipes femininos e Masculinos. E teve seu início dia 15/08/2009.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

12 equipes?!

“Meninas da Vivo Sabor/Unimed continuam treinando em ritmo intenso com a técnica Branca Gonçalves e o preparador físico Vita Haddad. O Nacional de Basquete deve começar na segunda quinzena de outubro, reunindo 12 equipes.”

no blog do Carlos Zaramelo

Canadá bate Cuba no segundo amistoso

canacuba Na segunda partida amistosa, a seleção canadense bateu a cubana, por 67 a 56.

O jogo aconteceu em Havana.

As duas seleções se preparam para a Copa América, em Cuiabá, no próximo mês.

Atlanta vence mais uma com grande atuação de caloura

angeelerika Com a melhor atuação da carreira da caloura Angel McCouhghtry (34 pontos, 7 rebotes, 4 assistências e 3 recuperações, em 28’), o Atlanta Dream chegou à terceira vitória consecutiva na WNBA.

Jogando em casa, o time passou pelo San Antonio Silver Stars, por 93 a 87.

Iziane teve 14 pontos e 3 assistências, em 24’.

Érika, 8 pontos e 11 rebotes, em 28’.

Becky Hammon foi a cestinha do San Antonio, com 23 pontos.

Fica aqui a sugestão de leitura do post do Pet, do Pleasant Dreams sobre o jogo, que contou com a participação de um torcedor brasileiro no intervalo.

Com 14 vitórias e 11 derrotas, o Atlanta está em segundo lugar na Conferência Leste.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Canadá perde amistoso com Cuba

canadacuba A seleção canadense está em Havana, para uma série de três amistosos preparatórios para a Copa América.

O primeiro foi ontem, com vitória de Cuba: 60-52.

Procurando o resultado do jogo, o que eu achei interessante foi observar os múltiplos canais de comunicação da seleção canadense com o público.

Há informações no site oficial da confederação (http://www.basketball.ca/en/hm/).

Mas para quem preferir, pode apelar  para o Facebook, ou quem sabe visitar o blog da equipe (http://canadaball.blogspot.com/), mantido pela capitã Kim Smith, de onde saiu a foto ao lado. Lá também é possível ver o estado do piso da quadra em Cuba (clique aqui – assutador!).

Para encerrar, a técnica Allison McNeill mantém um blog na página da confederação e – sim – já aderiu ao twitter: http://twitter.com/AllisonMcNeill.

Alô, CBB?

Alô?

Alô….?

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Encontro de gerações no garrafão brasileiro

20090818_982399_Feminina_gde Na preparação para Copa América / Pré-Mundial de Cuiabá, de 23 a 27 de setembro, três gerações de pivôs do basquete nacional se encontram na seleção brasileira adulta feminina, patrocinada pela Eletrobrás. As atletas Alessandra Oliveira, Kelly Santos e Nádia Colhado unem experiência e juventude nos treinos de Barueri (SP) rumo à conquista de uma das três vagas para o Campeonato Mundial da República Tcheca de 2010. A paulista Kelly Santos começou na seleção adulta em 1997, enquanto Alessandra era titular da equipe, ostentando um título mundial (Austrália/1994) e uma medalha de prata olímpica (Atlanta/1996). Juntas, elas dividem o garrafão do Brasil com a jovem Nádia Colhado, de 20 anos e 1,93m.
 
Segundo Kelly, essa mistura é muito bem vinda para o grupo.
 
— Mesclar é fundamental, importantíssimo. Eu tento passar para a Nádia um pouco mais de tranqüilidade para que ela possa desenvolver o potencial dela nos jogos. Aprendi muito com quem eu fui encontrando na minha carreira como Marta e Alessandra, por exemplo. Por isso, procuro contribuir ajudando quem chega, tanto na seleção como no clube — disse Kelly, que conquistou a medalha de bronze na Olimpíada de Sydney, em 2000.
 
A caçula da equipe, Nádia Colhado, concorda que conviver com a dupla mais experiente ensina bastante. A pivô defende a camisa verde e amarela desde a categoria cadete. O primeiro título foi o Sul-Americano da categoria (Venezuela/2005). Depois foi vice-campeã sul-americana juvenil, no mesmo ano, quarto lugar na Copa América (Estados Unidos/2006) e 10º no Mundial Sub-19 da Eslováquia, também em 2007.
 
— É a primeira vez que convivo mais com jogadoras de outras gerações e tem sido ótimo. Às vezes a Alessandra e a Kelly me puxam para o lado para fazer alguma correção na jogada ou elogiar um acerto. Elas me dão dicas sobre tática, posicionamento, arremesso. Se não viajar para a Copa América, continuarei trabalhado e voltarei melhor para o meu clube, acostumada com um jogo mais pesado debaixo do garrafão — comentou Nádia, que joga no São Caetano e tem como referência também a pivô Érika, de 27 anos, também convocada, que atua na WNBA.
 
Alessandra Oliveira diz ser muito compensador conviver com meninas mais novas e quer ajudar no que for possível.
 
— Já conhecia bem a Kelly, com quem treinei bastante. A Nádia eu vi em alguns treinos da seleção em 2006. Não importa a idade, somos três pivôs que querem fazer o melhor para o Brasil. A gente sempre aprende coisas novas convivendo com pessoas que vivem, jogam e pensam diferente de você — explicou a pivô, que é a atual campeã da Liga Francesa e da Copa da França, pela equipe do Bourges.
 
A seleção feminina segue treinando em Barueri até setembro. A equipe dirigida pelo técnico Paulo Bassul faz nesta terça-feira (dia 18), um jogo treino contra o time de base da Hebraica, no ginásio José Corrêa (18h de Brasília).

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Geno Auriemma anuncia oito nomes para o novo ciclo olímpico

09-12_wnt_first_8_release Novo técnico da seleção americana, Geno Auriemma anunciou hoje os nomes de oito jogadoras com as quais pretende contar para o caminho até Londres-2012, que inclui uma passagem pelo Mundial da República Tcheca, em 2010.

As eleitas são:

Sue Bird (Seattle Storm, 28 anos), Tamika Catchings (Indiana Fever, 30 anos), Diana Taurasi (Phoenix Mercury, 27 anos), Seimone Augustus (Minnesota Lynx, 25 anos), Sylvia Fowles (Chicago Sky, 23 anos), Kara Lawson (Sacramento Monarchs, 28 anos), Candace Parker (Los Angeles Sparks, 23 anos) e Cappie Pondexter (Phoenix Mercury, 26 anos).

Exemplar

É obrigatória a leitura da entrevista que Bernardinho concedeu ao Fábio Balassiano e que teve a primeira parte publicada hoje.

Que sirva de inspiração aos técnicos das mais diversas modalidades (principalmente o do nosso combalido basquete)!

ENTREVISTA – Adriana Santos

399b  A ala Adriana Santos é a única remanescente da seleção campeã do mundo em 1994 que permanece em atividade no Brasil. Aos 38 anos, atua na Unimed/Americana, treinada pela ex-companheira Branca.

Sempre acompanhei a carreira de Adriana com atenção. Talvez a admiração venha de uma característica que a própria jogadora descreve na entrevista e é grande responsável pela sua ascensão no basquete: a capacidade de entrega.

Nesses muitos anos, a disposição e o profissionalismo de Adriana foram sempre exaltados por onde quer que ela andasse (clubes e seleções brasileiras, Espanha, França...) e muitas vezes acabaram por camuflar algumas de suas deficiências técnicas, como a pouca inspiração defensiva _que ela confessa no papo.

Da menina de 21 anos que era armadora titular do super-time do Leite Moça Sorocaba (de Hortência, Janeth, Marta, Cathy Boswell, Ana Motta, Vânia, Vanira e Lioudmilla Nazarenko), à fantástica sexta jogadora da Cesp/Unimep/Piracicaba (de Paula, Branca, Cathy Boswell, Jack Nero e Marta), à dupla com Janeth em Santo André chegando à bela atuação nas quartas-de-final contra Rússia, nas Olimpíadas de Sydney, a carreira de Adriana é rica em  momentos intensos.

Na entrevista abaixo, a jogadora relembra alguns desses momentos, fala de uma aposentadoria em que nem o próprio marido acredita  e de “animados” jogos de cartas com Hortência na madrugada de Launceston.

Dri, a temporada paulista foi encerrada recentemente, com o seu time ficando na segunda colocação. Que avaliação você faz da participação no torneio? A impressão era que o time engrenasse na fase final, depois de um bom returno, mas acabou não jogando bem nas semifinais e finais. O que aconteceu? Há explicação para a queda de produção?

Acho que a equipe fez um bom turno e returno. Ainda mais considerando que estávamos em fase de adaptação, com a chegada de novas jogadoras. Mas infelizmente a partir da semifinal, não jogamos bem. Não houve um jogo onde a equipe jogasse bem, apenas destaques individuais isolados. 183b

É difícil explicar essa queda de produção. Ainda mais porque perdemos a final por 3 a 0 para Ourinhos. Elas foram melhores e mereceram o título.

Você atuou ao lado da Branca em clubes e na seleção. Como foi reencontrá-la e passar a ser treinada por ela? Foi estranho no começo? Que avaliação você faz do trabalho dela, já que você própria fez um curso na área, quando estava na França?

Realmente conheci a Branca como jogadora. Ganhamos alguns títulos juntas, inclusive a medalha de prata em Atlanta (1996). Ela era uma armadora de personalidade forte e fazia a equipe jogar bem.

Confesso que quando ela chegou em Americana, fiquei surpresa, porque não sabia que ela seria a técnica. Mas a adaptação foi a melhor possível.

Sempre que me proponho a fazer algo, quero dar o melhor de mim, procurando respeitar a todos.

Cada técnico tem seu modo de trabalhar e, na minha opinião, quando existe respeito e dedicação, não pode dar errado.

Com certeza quando eu for técnica, também terei meus princípios e minha maneira de comandar. Na França, trabalhei com adolescentes em um centro de formação de atletas e foi muito proveitoso.

Você tem contrato com Americana para o próximo Nacional. Você pensa em encerrar a carreira após? Se sim, a intenção é ficar no Brasil ou voltar para a França? E em que pé está o projeto de formação que você idealizava?

104b Olha, Bert, a cada início de campeonato eu falo para o meu marido: “Esse será o último!”. Ele dá risada e fala que não acredita mais. Então vamos deixar quieto... [Risos].

Devo ficar no Brasil enquanto minha filha Luiza não estiver sendo alfabetizada, porque prefiro que ela estude lá na França. Vamos ver... Ela fez dois aninhos, tenho tempo!

Quanto ao meu projeto de formação, ainda tenho esperança que saia. Sigo tentando.

Comentei aqui no blog sobre as alterações no seu jogo. Muitas vezes percebi você “preocupada em fazer o time jogar” e não em obrigatoriamente em definir, como antigamente. Esse foi um recurso que você passou a focar mais recentemente? Uma conseqüência da “maturidade”? Pois só me lembrava de você como armadora em Sorocaba...

Isso é verdade. Mas ainda tenho mesmas características de antes. Continuo chutando mais de três pontos do que de dois. E sempre gostei de dar assistências. A defesa nunca foi meu forte, mas como tenho braços longos, sempre acabo roubando umas bolinhas.

Mas agora não penso somente em fazer pontos. Acho que tenho muito mais que isso a passar para as mais novas. Tenho que ter equilíbrio emocional, estar sempre à disposição para ajudá-las.

É preciso aceitar que eu já não tenho vinte anos e que essa transição é normal. Mas tenho que ser inteligente para lidar com ela.

Realmente joguei sim de armadora na época do Leite Moça. E, até hoje, quando é preciso, não me importo: vou e faço! Foi uma experiência muito legal na época, porque de um lado eu tinha a Hortência e, de outro a Janeth. Aí ficava fácil né? [Risos]

Você passou boa parte da carreira no exterior (Espanha e França). Sabemos das diferenças de condições de trabalho entre lá e aqui. Mas eu queria que você desse sugestões do que precisa mudar mais urgentemente nos campeonatos aqui. E ainda fizesse um balanço da nossa involução desde que você deixou o Brasil pela primeira vez (Santo André, 2001), quando retornou à sua cidade natal São Bernardo (Paulista 2006) e agora em Americana.

Bom, eu acho que sugestões são  sempre bem vindas. Mas creio que agora estamos no caminho certo, pois contamos com pessoas competentes para comandar o carro chefe, que é a CBB.

Todos nós sabemos que muita coisa deve ser mudada, mas o primeiro passo está sendo dado.360b

Na França e na Espanha, há muitas ex-jogadoras trabalhando na confederação do seu país ou nos próprios clubes. Acho muito importante contar com gente que já vivenciou o basquete de dentro da quadra.

Agora fazer um campeonato na correria não dá, né? Essa maratona de jogos é complicada para o físico das atletas.

Quando eu saí do Brasil em 2001 e voltei cinco anos depois, infelizmente nada havia mudado. Os campeonatos continuavam com poucos times, sem público, os clubes sem verbas se formando e fechando as portas no final do campeonato.

Quando voltei novamente em 2008, tive a sorte de estar numa equipe que nós dá toda a estrutura que é necessária para se praticar o basquete. Mas sei que existem outras que se viram como podem  para poder participar dos campeonatos. Espero que nesse segundo semestre, as coisas possam mudar para melhor. Nosso esporte e nossas jogadoras  merecem isso.

Você tem uma trajetória profissional respeitadíssima por todos os clubes que passou, e também na seleção, onde você chegou a atuar com a Iziane. Então, é impossível não te perguntar isso. Como você vê toda essa polêmica em relação a ela? Qual a sua opinião sobre a melhor conduta para o caso?

084b Quanto ao caso Iziane, que agora _creio eu_ já foi solucionado, penso que ela foi infeliz na atitude tomada naquele jogo. É inadmissível se recusar a entrar em  quadra.

A Iziane é uma menina doce. Quando jogava em Montpellier, ela fez uma temporada no Aix e tive a oportunidade de conhecê-la melhor, porque as cidades ficavam a 50 minutos de distância.

Eu acho que a atitude da Hortência foi correta. Ela a convocou, porque todo mundo tem direito de errar e se redimir. Mas como isso não  aconteceu, agora acho que é caso encerrado, e acredito que o ciclo dela na seleção também.

Já chegamos a nos falar em junho passado sobre as lembranças da conquista do Mundial, que completava 15 anos, e você me confidenciou que não se lembrava mais de muita coisa. (risos). E aí? Já se lembrou de alguma coisa, passagem de bastidores ou de jogo mesmo que você possa nos contar? Ou o momento mais especial da trajetória, na sua opinião?

Olha: a véia aqui ta com a memória curta! [Risos]. Mas me lembro de dois fatos curiosos dos bastidores.

A minha companheira de quarto era a Hortência. Na primeira fase, em Lauceston, tivemos uma derrota. Acho que foi para a Eslováquia. Nesse dia, a Hortência ficou muito nervosa, agitada e não conseguia dormir. Aí a mané aqui tinha que ficar acordada também, jogando baralho com ela até eu cair de sono em cima das cartas. [Risos].

Não me esqueci também que havia uma orientação da organização do campeonato para que as seleções jogassem com tênis da mesma cor. Como a maioria de nós tinha tênis brancos, o Zé Pedro e o Valdir Pagan dediram pintar os tênis de preto. Sei lá com que tinta... O resultado foi que quando entramos em quadra e olhamos para os pés das adversárias, cada uma estava com um tênis de cor diferente. Pelo menos, fomos disciplinadas [Gargalhadas].

Para encerrar, um “túnel do tempo” com Adriana Santos:

PAULA 02 ADRIANA 01 ADRIANA 02 ADRIANA 03 ADRIANA E HELEN HORTÊNCIA 02 JANETE 01 JANETE 02 JANETE 04

domingo, 16 de agosto de 2009

Com apenas 1,62m, Natalia mostra que as baixinhas também podem jogar basquete

Armadora da seleção não se arrepende de ter trocado o balé pelo esporte e torce por oportunidade de disputar a Copa América, em setembro

Natalia ao lado de Nádia: 30cm de diferença


É possível imaginar alguém com 1,62m de altura em um time de basquete? Difícil, mas não impossível. Apelidada carinhosamente de “anã” pelas colegas, a armadora Natalia enfrentou o preconceito por ser a mais baixinha na escola e aceitou o desafio de trocar a delicadeza do balé pelo confronto físico do esporte. E, com a conquista do título sul-americano em 2008 e a chance de disputar a Copa América a partir de 23 de setembro, em Cuiabá (MT), a pequena notável não se arrepende de sua escolha.
- Mudei da água para o vinho. Eu era toda delicadinha e muita gente não acreditava que eu conseguiria jogar. Diziam que eu não passaria das categorias de base. Então, quis provar que eu podia. Hoje, já conquistei quase tudo que queria. Só falta chegar às Olimpíadas – disse a armadora, que disputa um lugar no time com as experientes Helen e Adrianinha.
Apesar de confiante em seu talento, Natalia não nega que enfrenta dificuldades muito maiores por ser a jogadora mais baixa da seleção.
- Tudo fica mais difícil. Tenho que me sobressair com mais velocidade e maior habilidade no jogo coletivo. Além disso, ainda preciso aguentar as zoações das meninas, mas já estou até acostumada – brincou.
Para o técnico da seleção, Paulo Bassul, a jogadora consegue compensar a estatura com um bom desempenho em quadra.
- A altura é um ponto franco, sem dúvida. Mas ela supera isso com outras qualidades. É uma pequena que trabalha muito forte.

Samara Matthes também vai para o basquete universitário norte-americano

samara Depois da armadora Arani, outra brasileira tem sua ida para os Estados Unidos confirmada: a ala Samara Matthes Pereira, 18 anos.

Com passagens frequentes nas seleções brasileiras de base entre 2006 e 2008, Samara atualmente defendia a equipe de São Caetano no Paulista Juvenil e cursava Nutrição na Universidade Anhembi-Morumbi.

E foi justamente em um torneio universitário, que a atleta chamou a atenção de olheiros da Universidade de Utah.

Boa sorte a ela também!

Teresa Edwards e Dream Team entram para o Hall da Fama Olímpico dos EUA

2009HOF-Teresa Edwards-websmall A ‘lenda’ Teresa Edwards foi homenageada na semana.2009HOF-Dream Team-websmall

A armadora passou a fazer parte do Hall da Fama Olímpico, na escolha anual do Comitê Olímpico Norte Americano.

Teresa participou de cinco Olimpíadas (1984, 1988, 1992, 1996 e 2000) e só não conseguiu o ouro em 1992.

A ex-jogadora esteve muito bem acompanhada na cerimônia: o Dream Team (Barcelona, 1992) também recebia a homenagem na noite.

“É uma grande honra para mim, porque sempre vi os Jogos Olímpicos como o melhor que uma atleta podia alcançar no basquete feminino” disse a campeã. Sobre qual edição mais a marcou, Teresa lembrou dois momentos: “A mais incrível é sempre a primeira. Mas em (Atlanta) 1996 foi grandioso, porque mudou a face do basquete feminino nos Estados Unidos.”

Atlanta vence mais uma e chega à vice-liderança

erikasetw O Atlanta Dream conseguiu uma nova vitória na WNBA.

Jogando em casa, bateu o Seattle (88-79).

A cestinha foi Sancho Lyttle, com 20 pontos e 8 rebotes.

Érika esteve bem, com um novo double-doube (13 pontos, 12 rebotes, em 36’) e travou um duelo bastante interessante com Lauren Jackson (25 pontos, a metade deles em bolas de 3) e Suzy Batkovic (8 pontos, em 8’). Assisti ao jogo  e pude comprovar as observações do Pet, do Pleasant Dreams: Érika parece ter ficado mais tranquila com a boa campanha do Atlanta e passou a se comportar lá como fazia por aqui (ou na Espanha), com um jogo mais “quente” e vibrando e pulando com suas cestas, abandonando o jeitão “cool” que mantinha na liga americana.

Iziane também esteve bem (11 pontos em 14’), mas jogou pouco porque a caloura Angel McCoughtry estava melhor ainda (16 rebotes, 5 assistências e 4 recuperações, em 26’).

Com o resultado, o time pula para a segunda posição do Leste. Apesar de que os rivais diretos (Washington e Connecticut) têm um jogo a menos.

Seleção Adulta treina defesa

A seleção brasileira adulta feminina, patrocinada pela Eletrobrás, encerrou neste sábado mais uma semana de treinamento rumo à Copa América / Pré-Mundial de Cuiabá (23 a 27 de setembro). As quinze atletas dirigidas pelo técnico Paulo Bassul estão trabalhando em ritmo forte para chegar 100% na competição, que classifica as três melhores colocadas para o Campeonato Mundial da República Tcheca, em 2010. Nesta etapa, a parte tática já está sendo priorizada. A ênfase maior nessa semana esteve nos sistemas ofensivos. Agora que o grupo está mais forte e resistente fisicamente, a defesa começa será o carro-chefe dos treinos.

Grandes companheiras dentro e fora da quadra, a pivô Alessandra e a armadora Adrianinha garantem que a equipe está bem integrada e evoluindo a cada dia. As atletas defenderam juntas o Brasil em várias competições importantes, como duas Olimpíadas (bronze em Sydney/2000 e 4º lugar em Atenas/2004), além de dois mundiais (China/2002 e Brasil/2006). Alessandra, de 35 anos, confia no trabalho da comissão técnica e aposta no sucesso do Brasil na Copa América, em setembro.

— Os treinos estão ótimos e o grupo se entendendo cada vez melhor. Estou aprendendo a jogar com atletas da nova geração, como Francielle e Natália e reencontrando antigas companheiras como Adrianinha e Helen. Todas nós estamos melhorando e até a Copa América estaremos prontas para buscar a vaga para o Mundial, o título da competição e fazer um belo espetáculo para a maravilhosa torcida brasileira — disse a pivô, campeã do mundial da Austrália (1994) e medalha de prata na Olimpíada de Atlanta (1996).

— É muito bom jogar de novo na seleção com uma excelente jogadora e amiga como a Alessandra. É uma motivação a mais para trabalhar e ajudar o Brasil. Os treinos estão fortes e aos poucos, vamos construindo o nosso jogo. Estamos conseguindo pegar bem as jogadas e trabalhar concentradas para crescer e corrigir os erros nesta fase de preparação — concluiu a armadora, de 30 anos.

A ala Fernanda Beling, que está em Barueri desde julho, afirma que o grupo já evoluiu muito e quem chegou depois já está totalmente adaptada ao grupo.

— A gente está crescendo bastante. Depois de um longo trabalho individual técnico e físico, estamos entrando no tático e está tudo indo muito bem. A cada treino o Paulinho coloca um elemento e assim vamos evoluindo bastante. Nos jogos-treino que fizemos contra equipes de base masculinas conseguimos colocar em prática os movimentos treinados. O aproveitamento ainda é baixo, o que é normal, já que viemos de um trabalho muscular e de quadra pesados. O que interessa é que as jogam saiam direito. O grupo está bem unido, se conhece e quem chegou já está bem entrosado — explicou Fernanda, que defenderá o time de Cataduva nesta temporada.

Fonte: CBB

Rio Grande do Sul é campeão do Sub 15 - Grupo 4

A seleção do Rio Grande do Sul ficou com o título do 18º Campeonato Brasileiro Sub-15 Feminino – Grupo 4 (Região Sul/Sudeste) ao vencer o Espírito Santo por 47 a 39 (23 a 21 no primeiro tempo), no ginásio Christiano Dias Lopes Filho, na cidade de Vila Velha (ES). As cestinhas foram Larissa Quintana (RS) e Ana Carla Barboza (ES) com 16 e 14 pontos, respectivamente. Além do título, as gaúchas garantiram a vaga na Divisão Especial da categoria.

Fonte: CBB

sábado, 15 de agosto de 2009

Iziane e Érika lideram Atlanta na vitória sobre o Detroit

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Com 16 pontos da ala Iziane Marques, maior pontuadora da equipe, e um duplo-duplo da pivô Érika de Souza (15 pontos e 13 rebotes), o Atlanta Dream venceu em casa o Detroit Shock por 80 a 75 (32 a 35 no primeiro tempo) na quinta-feira à noite (13).

A cestinha da partida foi a ala/armadora Deanna Nolan, de Detroit, com 20 pontos.

O Atlanta agora ocupa a terceira posição da Conferência Leste com 52,2% de aproveitamento (12 vitórias e 11 derrotas).

Os quatro próximos confrontos serão em casa e podem ajudar a equipe a se firmar na zona dos playoffs.

Neste sábado (15), o Atlanta recebe o Seattle Storm.

Brasil perde e está fora do Mundial



Na disputa pela medalha de bronze da 6ª Copa América / Pré-Mundial, o Brasil perdeu para Argentina por 64 a 47 (30 a 11 no primeiro tempo), no ginásio Juan de la Barrera, na capital mexicana. A cestinha da partida foi a argentina Melisa Gretter com 20 pontos. A principal pontuadora brasileira foi Isabela Macedo com 12 pontos. Na partida final, os Estados Unidos ganharam do Canadá por 103 a 52. Americanas, canadenses e argentinas são as três seleções classificadas para o Campeonato Mundial Sub-17 de 2010.

— A partida começou estranha, com as duas equipes errando muito. Depois, a Argentina passou a aproveitar melhor as oportunidades de cesta, enquanto nós não conseguimos impor nosso jogo. Todos sabem que essa idade tem altos e baixos durante um torneio e caímos de produção justamente na hora que não podíamos. Sabemos que o basquete brasileiro precisa de resultados e viemos em busca disso. Estávamos confiantes. É ruim não conseguir a vaga para o Mundial, mas temos um grupo jovem, com muito talento, que pode se recuperar e conquistar as primeiras colocações, que é onde o basquete feminino sempre esteve — comentou o técnico César Guidetti.

BRASIL (04 + 07 + 19 + 17 = 47)

Drielle (3pts), Stephanie (0), Júlia (8 e 6 rebotes), Thamara (6 e 8 rebotes) e Raquel (2). Depois: Erika (6 e 5 recuperações), Martha (6), Isabela (12), Natália (0), Juliana (0), Alana (2) e Vanessa (2 e 6 rebotes). Técnico: César Guidetti.

ARGENTINA (14 + 16 + 13 + 21 = 64)

Acosta (2pts), Gretter (20), Cabrera (10), Favre (6) e Sancisi (2). Depois: Vazquez (5), Zetzsche (0), Martinez (13), Diaz (0), Jourdhevil (2), Pilotti (2) e Chaine (2). Técnico: Eduardo Pinto.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Longe da seleção há três anos, Helen destaca evolução do jogo de contato

Dizem que quando se está muito envolvido em um projeto, é preciso ficar distante para enxergá-lo melhor e encontrar soluções para os erros. Essa máxima foi confirmada pela armadora da seleção brasileira de basquete, Helen. Há mais de 15 anos com a equipe nacional, mas há três sem atuar pelo time, a jogadora do Hondarribia Irun (ESP) percebeu diferenças no grupo que foi quarto colocado no Mundial de 2006 e o que disputará a Copa América a partir de 23 de setembro, em Cuiabá (MT).

- O jogo de contato ficou mais intenso, melhoramos fisicamente. Temos mais energia e dureza em quadra – afirmou.

A mudança percebida por Helen pode ser representada por Nádia. A jovem pivô de 20 anos e 1,92m de altura é apontada pelo técnico Paulo Bassul como a aposta para a nova geração do basquete brasileiro.

- Ela tem vigor e força, uma ótima pivô. O modo como avança para o contato físico é impressionante. Acertei em convocar essa menina, ela vai ser muito útil – disse Bassul.

Com mais de uma década de experiência com a seleção e dezesseis anos de diferença de idade para Nádia, Helen concorda com o treinador e destaca a evolução da pivô.

- Fiquei surpresa ao ver essa menina jogando agora. Não a encontrava há quatro anos, ela evoluiu muito. Está melhor fisicamente e vai para cima na marcação – contou.

Em sua primeira convocação, Nádia agradece os elogios do técnico e da colega de equipe.

- Por eu ser a mais nova, fico muito feliz com isso. Eles me incentivam a treinar mais e ficar cada vez melhor.

Helen passa suas experiências às mais novas

Com seis títulos sul-americanos e quatro participações em Olimpíadas, Helen tenta passar um pouco do que já viveu com a seleção às mais novas. Favorável à transição de gerações no grupo, a armadora acredita que a melhor forma de integrar as jogadoras mais jovens é mantendo as experientes na equipe.

- Está na hora da seleção ser renovada, mas ainda precisa dessa mescla. Tem que ter a força da juventude combinada com a tranqüilidade e a experiência das mais velhas. Precisa disso tudo junto para dar certo – disse Helen. Segundo Nádia, Helen é fundamental para a evolução de seu jogo. - Ela é uma referência dentro e fora de quadra. Sempre dá dicas sobre detalhes que podem ajudar a gente – lembrou a pivô.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Brasil perde a semifinal para os Estados Unidos na Copa América Sub-16

Depois de manter o equilíbrio no quarto inicial (21-20), a seleção sub-16 acabou dominada pela seleção americana na semifinal da Copa América e perdeu por 105-54.

Entre as americanas, destaque para Kaleena Jordan Lewis (24 pontos) e Ariel Chanel Massengale (23).

A cestinha brasileira foi a armadora Stephanie Oliveira, do CFE Janeth, com 15 pontos, em 15’.

Olhando a coisa pelo lado Pollyanna, a diferença de 51 pontos foi a menor que as americanas conseguiram aplicar até agora na competição. Antes República Dominicana (111), Porto Rico (77) e Argentina (60) haviam sido as vítimas do atropelamento.

Que isso sirva de estímulo para as meninas na decisão do bronze (e da última vaga para o Mundial) amanhã.


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— Fizemos um bom primeiro tempo. Entramos com uma proposta de jogo com uma defesa fechada, pressionando a jogadora com a bola, uma vez que as americanas têm no rebote um de seus pontos fortes. Nos dois períodos finais, rodei mais o time para dar ritmo para quem estava jogando menos e descansar as jogadoras para o jogo decisivo de sexta-feira. Tivemos inteligência nas finalizações e, apesar da derrota, saímos com moral, pois tivemos vários momentos bons na partida, com ótimas situações de cesta. Canadá e Argentina têm estilos diferentes. As argentinas jogam com mais contato e, como as atletas são baixas, atacam mais aberto. As canadenses contam com pivôs muito altas, têm um bom aproveitamento nos arremessos de dois e três pontos e jogam mais leve na defesa. Nós estamos confiantes para conseguir a vaga para o Mundial e não importa se o adversário será o Canadá ou a Argentina. Temos que fazer a nossa parte, jogando com garra e determinação para vencer — comentou o técnico César Guidetti.



Na outra semifinal, o Canadá derrotou a Argentina por 66 a 59. Estados Unidos e Canadá disputam o título e estão classificados para o Campeonato Mundial Sub-17 de 2010. A terceira vaga será decidida entre Brasil e Argentina.




ESTADOS UNIDOS (21 + 24 + 32 + 28 = 105)
Vaioletana (11pts), Steward (3), Hartman (4), Massengale (23) e Williams (8). Depois: Lewis (24), Laney (11), Stokes (1), Burdick (2), Adams (12), Graves (6) e Standish (0). Técnica: Barbara Nelson.




BRASIL (20 + 10 + 14 + 10 = 54)
Drielle (3pts), Erika (7), Júlia (2), Thamara (3) e Raquel (0). Depois: Alana (0), Stephanie (15), Vanessa (8), Isabela (5), Juliana (3), Martha (4) e Natália (4). Técnico: César Guidetti.

Seleções se encontram em Barueri

20090813_320610_1308_selecoes_gde O ginásio Poliesportivo José Corrêa, em Barueri (SP), teve um dia movimentado. De um lado Adrianinha, Alessandra, Helen e Micaela. Do outro Anderson, Leandrinho, Tiago Splitter, Marcelinho Machado. Pontualmente às 18 horas, as seleções brasileiras adultas, patrocinadas pela Eletrobrás, estavam juntas no meio da quadra conversando, trocando ideias. A equipe feminina, dirigida pelo técnico Paulo Bassul, foi a primeira a entrar em quadra (16h/18h). Logo depois (18h/20h) foi a vez dos comandados pelo técnico Moncho Monsalve.
 
— Foi muito legal esse contato com as meninas. Quase não temos tempo de nos encontrarmos por conta das competições que disputamos o ano todo. Já entrei em quadra com a Alessandra algumas vezes e ela joga duro mesmo. Ela não quer saber, parte para cima de quem quer que seja. Foi bom porque deu para bater um papo rápido e ver que elas também estão num ritmo forte para a Copa América — disse o ala/armador Leandrinho Barbosa.
 
— Foi a primeira vez que tivemos um encontro assim desde que estou na seleção brasileira. E posso garantir que foi muito legal juntar dois grupos que estão com o mesmo objetivo: defender e honrar o Brasil. Sou amiga da família do Anderson Varejão e aproveitei para bater um papo com ele. Outro aspecto positivo foi a presença do público, que veio prestigiar as duas equipes — comentou a ala/armadora Helen Luz.

Alessandra aborta lua de mel e admite jogar Mundial de 2010 (Gazeta Esportiva)

Bruno Ceccon - Barueri (SP)

Fernando Pilatos/Gazeta Press Há mais de 10 anos no exterior, a recém-casada Alessandra fez cestas na Itália, nos Estados Unidos, na Eslováquia, na Coreia do Sul, na Hungria, na Espanha e na França. Nas últimas três temporadas, a pivô de 2,00m sequer defendeu a seleção brasileira. Reconduzida ao time nacional pela ex-companheira Hortência, atual coordenadora do basquete feminino, e convocada pelo técnico Paulo Bassul para disputar a Copa América, a atleta concedeu entrevista exclusiva à GE.Net falando português com um leve sotaque e confundindo algumas palavras.

Com 35 anos, Alessandra foi campeã da Liga Francesa e da Copa da França desta temporada no Bourges. Depois de jogar com uma companheira de 15 anos na equipe europeia, a veterana brasileira casou e planejou uma longa lua de mel, interrompida pelo chamado inesperado para voltar à seleção. Ela hesitou, mas recebeu apoio do marido e resolveu se apresentar em Barueri no último domingo. Mesmo assim, manteve o processo movido contra a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) - leia quadro abaixo.

Desde que deixou a seleção após o Mundial de 2006, Alessandra parou de acompanhar o time nacional. Em seu retorno, ela encontrou a ex-companheira Janeth como auxiliar-técnica e se viu em uma situação inusitada. "É uma vergonha falar isso, mas não tinha jogado junto com a maioria das meninas que estão aqui e também nem conhecia elas como jogadoras!", atestou a pivô, prata na Olimpíada de Atlanta-1996 e bronze nos Jogos de Atenas-2000.

Campeã Mundial na Austrália-1994, Alessandra participou de todas as edições do torneio desde então. Em preparação para disputar a Copa América, competição que oferece três vagas no Mundial da República Tcheca-2010, a pivô admite a possibilidade de tentar o bicampeonato. Na entrevista, ela ainda revelou o sonho de encerrar a carreira no Brasil, disse que Iziane "não é insubstituível" e relembrou as conquistas com a camisa da seleção.

GE.Net - Depois de três anos de intervalo, você voltou à rotina que estava acostumada desde a época de juvenil. Como foi arrumar as malas para se apresentar, ficar na concentração e vestir a camisa da seleção novamente? Por mais comum que seja, teve um gosto diferente nesse seu retorno?
Alessandra -
Teve um gostinho diferente, ainda mais porque eu casei faz dois meses. Deixar o marido para trás foi um pouco difícil. Na verdade, não foi difícil. Ele me apoiou muito na decisão de voltar. Depois desses anos, não esperava e nem tinha a intenção de entrar nessa vida de novo. Mas está sendo muito interessante. Eu vim de corpo e alma abertos para ajudar no que for. Estou pronta para tudo que acontecer. Cheguei no domingo depois de 15 horas de viagem e estou aqui já trabalhando de novo.

GE.Net - Como está sendo o convívio com as meninas mais novas nesses primeiros dias? Boa parte delas, você nem conhecia...
Alessandra -
É uma vergonha falar isso, mas não tinha jogado junto com a maioria das meninas que estão aqui e também nem conhecia elas como jogadoras! A questão não é nem jogar junto, porque são gerações diferentes, mas sim nem conhecer. O fato é que estou há 12 anos fora do país e isso pode acontecer, mas o entrosamento com o grupo está muito bom. Tem um intercâmbio de experiências. Independente de eu ser a segunda mais velha (a armadora Helen Luz está com 36 anos), tenho muito que aprender. Essa geração de agora é muito física e ainda tem muito detalhe de fundamento para aprender. Está sendo muito interessante.

GE.Net - Por outro lado, você conquistou resultados importantes ao lado de jogadoras como a Helen, a Adrianinha, a Kelly e a Janeth, que até já virou auxiliar-técnica. Quando você se viu entre elas dentro da quadra, veio alguma lembrança especial?
Alessandra -
Com certeza. Lembramos das conquistas, das derrotas, das alegrias e das tristezas. Tenho uma vida de dedicação à seleção, e não me arrependo. São 13 anos na adulta e mais três na juvenil. Do Mundial da Austrália e das Olimpíadas, eu sempre lembro. Foram conquistas que ainda hoje permanecem nas mentes de todos os apaixonados pelo basquete, principalmente das jogadoras. Muita coisa aconteceu comigo desde 1994 e agradeço aquele grupo pela força que me deu, porque chegar em um Mundial e ser titular com 20 anos não é para qualquer uma. Eu sei de onde vim, sei de tudo que passei e valorizo cada dia.

GE.Net - Depois de jogar por anos ao lado da Janeth, é estranho vê-la como treinadora agora?
Alessandra -
Meu primeiro treino foi na segunda-feira e ainda é estranho ver a Janeth como técnica(risos). Não tem como vê-la como técnica. Ela tem ideias boas, sempre dá toques interessantes, principalmente para as laterais, porque ela foi uma das melhores laterais do mundo. Ela ensina posicionamento, como sair para o chute. Isso é muito importante. Ela tem uma visão que as jogadoras não têm.                   

GE.Net - Desde 1994, você participou de todas as edições do Mundial. A Copa América oferece vagas no Mundial da República Tcheca, em 2010. Você já está pensando nesse torneio?
Alessandra -
Há dois ou três anos que eu penso dia após dia. Se conseguir jogar mais esse campeonato, tudo bem. É mais ou menos assim que eu vejo as coisas ultimamente. Quando terminou o campeonato na França, pensei em tirar férias longuíssimas com meu marido. Meu plano era voltar a jogar só em janeiro e agora eu estou aqui falando com você.

GE.Net - Então essa convocação estragou a sua lua de mel...
Alessandra -
Não estragou, não (risos). Teríamos que vir para o Brasil de qualquer maneira. Mas tenho que pensar a cada momento. Se no Mundial eu estiver bem fisicamente, se me chamarem e eu ainda puder ser útil para o grupo, eu vou. Porque se for para empatar o grupo, eu não vou. Tem que chamar quem está melhor. Se naquele momento eu não estiver entre as melhores, paciência. Não vou.

GE.Net - Nesses três anos de afastamento da seleção, você continuou acompanhando o time ou procurou ficar mais distante?
Alessandra -
Sinceramente, não acompanhava muito. No ano passado, passei só 15 dias no Brasil. Não vi muito o que estava acontecendo no basquete brasileiro e mesmo agora também não acompanho tanto. Eu vejo pouco as meninas que são minhas amigas e quando conversamos, não falamos de basquete. Me desculpe, mas temos outros problemas e outras coisas para falar(risos).
GE.Net - Na Olimpíada de Pequim, o Brasil superou apenas a seleção de Mali e ficou no 11º lugar, pior colocação da história no torneio. Para quem tem duas medalhas olímpicas, como foi ver essa campanha pífia?
Alessandra -
Não assisti tanto, porque estava na Itália. Eu acompanhava pela Internet e muitos jogos não passaram. É lógico que doeu ver isso. Não é questão de ficar fora do grupo dos quatro primeiros, mas sim de chegar em 11º (olha para o chão). Foi o pior, foi o pior. Ser o quarto do mundo em 2004 e cair para 11º? Não dá. Eu não estava lá, não vi e não posso falar. Mas foi duro. Foi um choque até para elas. Eu conversei com algumas jogadoras depois das Olimpíadas e até elas ficaram chocadas. Elas não esperavam.

GE.Net - Como foi exatamente o seu retorno à seleção brasileira? Foi a Hortência que entrou em contato com você?
Alessandra -
Primeiro, a Hortência me telefonou para parabenizar pelo campeonato que eu fiz na França. Depois, ela ligou falando desse novo projeto e perguntando se teria possibilidade de contar comigo. Eu falei que tinha um monte de coisa para fazer, que tinha que casar e precisaria de um tempo para pensar. Chegando no Brasil, nós conversamos e ela disse: "vou te chamar". Eu aleguei que não tinha mais idade e que tínhamos que dar espaço às mais jovens. Ela disse que temos mesmo que dar espaço para as mais jovens, mas não temos ninguém na minha posição. A Hortência me falou: "sou obrigada a chamar você para dar um apoio às mais novas". É um trabalho a longo prazo e por isso que eu vim.

GE.Net - Pelo visto, você deu uma hesitada...
Alessandra - Sim, dei uma hesitada. Eu nunca imaginava ser chamada de novo com 35 para 36 anos. Tudo bem: a decisão de parar foi minha. Mas eu não quero tomar o espaço de ninguém. Se está bem, está bem. Se não estiver bem, fica em casa. Como me chamaram e eu estou bem, estou aqui.

GE.Net - Mesmo aceitando a convocação, você manteve o processo contra a CBB. Tem como separar isso no momento de entrar em quadra?
Alessandra -
O processo é uma coisa que não tem nada a ver com a nova gestão da CBB. Não tem nada a ver. Quem está resolvendo é o meu advogado e o setor jurídico da CBB. É uma coisa totalmente separada. Se tivesse alguma coisa a ver, eu não teria voltado. Dessa nova gestão, não podemos falar nada. Está muito boa. Agora, não depende só da CBB. Nós também temos que mostrar o que podemos fazer dentro de quadra. Nós mesmas temos que nos cobrar. As ideias que essa nova administração está tentando implantar são muito boas.

GE.Net - Por conta desse processo no qual você exige uma indenização da CBB, teme que a cobrança da torcida seja maior do que o normal?
Alessandra -
A torcida pode cobrar, pode fazer o que quiser. Eu respeito muito. Eles podem criticar se eu ou o time estivermos jogando mal e também podem parabenizar se estivermos jogando bem. Cada um tem sua opinião própria. Se eles acham que é certo o processo ou não, tudo bem. Eu e as pessoas mais próximas de mim sabemos o que aconteceu naquele momento. Não posso fazer nada. Cada um tem sua liberdade de pensamento.

GE.Net - Depois da lesão, você se viu desamparada pela CBB, enfrentou um período duro de recuperação e perdeu a chance de tentar bons contratos no exterior. Sobrou alguma mágoa com alguém por esse episódio?
Alessandra -
Olha, é o seguinte: as mágoas muitas vezes podem vir e podem passar. Foi muito difícil. Eu temi pelo futuro da minha carreira, porque a lesão foi muito complexa, foi muito duro para recuperar. Eu fiquei tratando oito horas por dia durante dois meses e meio. Mas acho que todo mundo tem direito de errar. A CBB errou e está tentando consertar agora com outras pessoas. Então, eu dei essa chance, porque também já errei na vida. Todo mundo tem direito de errar e tem direito de tentar consertar seus erros.

GE.Net - Dessa vez, você procurou tomar mais cuidado nesse sentido? Conferiu a documentação?
Alessandra -
Sim, sim, sim. Ninguém está aqui para agir de má fé. Naquela época, ninguém pensou que seria daquele jeito. Achamos que o presidente de uma confederação tem direitos e deveres (na época, a CBB era presidida por Gerasime "Grego" Bozikis), assim como os jogadores temos nossos direitos e deveres. Foi uma situação lastimável que aconteceu no Mundial. O problema poderia acontecer com outra jogadora ou com uma atleta de uma seleção infanto-juvenil. E se alguma jovem estoura o joelho? Eu tenho que dar graças a Deus porque tinha dinheiro para pagar meu tratamento, mas muitas pessoas não têm, ainda mais na categoria menor. Não estou fazendo isso só para mim, eu estou terminando de jogar basquete. Faço isso para essa nova geração.

GE.Net - Diferente de você, a Iziane resolveu recusar a convocação para defender o Brasil na Copa América. Você acha que ela pode fazer falta na equipe?
Alessandra -
Ninguém é insubstituível. A Iziane é uma das melhores na posição no Brasil. Se ela não veio, é porque não está preparada mentalmente para estar no grupo da seleção ou por outros motivos. Eu não sei o que aconteceu, não estive no momento e também não vi pela televisão (Iziane se recusou a entrar em um jogo do Pré-Olímpico de Madri-2008). Mas se ela tomou essa decisão e está dormindo tranquilamente, foi a melhor coisa que ela fez. Para você trabalhar, tem que estar de bem com você mesmo e de bem como todo mundo no seu grupo. Caso contrário, fica muito difícil trabalhar, fica muito problemático. Se ela achou que não vai se sentir bem, ela foi honesta. Eu admiro a honestidade dela.

GE.Net - A Helen tem 36 anos e resolveu voltar da aposentadoria para jogar na seleção. Com 35 anos, você também passou por cima da questão do processo. Acha que essa postura de vocês duas pode servir de exemplo de dedicação à seleção?
Alessandra -
Espero que nosso exemplo seja bom para as meninas da nova geração, principalmente a força de vontade em tudo que estamos tentando fazer. Eu e a Helen, que somos as mais velhas, podemos até errar, mas não vamos deixar de batalhar até o ultimo minuto.

GE.Net - Você acompanhou a primeira edição do Novo Basquete Brasil (NBB)? Se houvesse uma liga feminina nos mesmos moldes, gostaria de voltar a jogar aqui? 
Alessandra -
Meu sonho é encerrar minha carreira jogando no Brasil. Na verdade, um lugar que nunca joguei mas não tem time é o Rio de Janeiro (olha para a assessora de imprensa da CBB, carioca, e ri). Como não tem time lá, tenho que ficar aqui em São Paulo (risos). (Agora, já mais séria) Podemos conversar se tiver uma liga legal e com um planejamento bom para lançar talentos. Estou aberta a todos os projetos que venham. Eu vi na internet que o NBB foi um sucesso, que todo mundo gostou. Espero que a gente consiga fazer isso também no basquete feminino. Tomara que tudo isso que está acontecendo ajude a atrair mais patrocinadores.

  ENTENDA O PROCESSO CONTRA A CBB

Em oito jogos no Mundial-2006, Alessandra marcou 110 pontos. Na derrota por 99 a 59 diante dos Estados Unidos, jogo que decidiu o terceiro lugar no Ginásio do Ibirapuera, a pivô sofreu uma lesão no ombro direito. Sem receber o seguro prometido pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), ela abriu um processo contra a entidade.

A jogadora, representada pelo advogado João Guilherme Maffia, pede uma indenização de R$ 660 mil. A CBB, agora presidida por Carlos Nunes, sucessor de Gerasime "Grego" Bozikis, ofereceu R$ 100 mil para entrar em acordo. Uma audiência sobre o caso será realizada no próximo dia 18 de novembro.

Sem jogar desde o dia 20 de maio, Alessandra procurou manter a forma durante suas férias e garante que seu estado físico é bom. Ela reestreia com a camisa da seleção em um jogo oficial na Copa América de Cuiabá, com início previsto para o dia 23 de setembro. Vice-campea da edição de 1993 do torneio, ela saiu com o título em 1997.

Fonte: Gazeta Esportiva

Alessandra também na CBB

Ale_selecao_03 Alessandra Oliveira já conheceu o mundo inteiro jogando basquete. Mas a felicidade hoje é a de voltar para casa. A pivô de 36 anos retornou à seleção brasileira para treinar rumo à Copa América / Pré-Mundial de Cuiabá (23 a 29 de setembro). A última vez que vestiu a camisa verde e amarela foi no Campeonato Mundial do Brasil, em 2006. Com quase duas décadas de carreira, a atleta de 2,00m exibe animação de iniciante com um grupo que junta ex-companheiras de conquistas e uma nova geração que se inspira na garra e no talento de Alessandra para defender o Brasil, ser campeão da Copa América e garantir a vaga para o Mundial do ano que vem, na República Tcheca. Dona de um título mundial (Austrália/1994) e duas medalhas olímpicas (prata em Atlanta/96 e bronze em Sydney/2000), Alê acumula, além de conquistas, inúmeros vistos em seu passaporte. A atleta já jogou na Itália, Rússia, Estados Unidos, Coréia, Eslováquia, Hungria e  Espanha. Na temporada 2008/2009, Alessandra foi peça importante na equipe do Bourgues, campeão da Liga Francesa e da Copa da França. O talento e a técnica dessa brasileira encantaram uma das melhores jogadoras da atualidade: a australiana Lauren Jackson, campeã mundial (Brasil/2006) e medalhista olímpica, afirmou que a pivô brasileira é uma das melhores do planeta e mais difíceis de serem marcadas. Tanta fama e reconhecimento não abalam o jeito brincalhão e simples dessa recém-casada, que sonha em morar no Rio de Janeiro e adora cozinhar.

Como é a alegria de voltar à seleção?
É emocionante estar na seleção. É uma conquista e tanto chegar aos 35 anos e ainda ser uma peça útil para o time brasileiro. Estou feliz com mais essa oportunidade e a disposição para ajudar no que precisar, pois quando entro em um projeto, é de cabeça, corpo e alma, se não, ficava em casa.
Você e a armadora Helen representam a experiência do time. Como é isso?
Essa mistura de juventude e experiência é muito interessante. Conviver com gerações diferentes é muito enriquecedor. São outros valores, estilos de vida que proporcionam uma interessante troca de experiências. Essa geração sabe mais do que eu sabia quando tinha meus 20, 25 anos. Na França, joguei com uma atleta de 15 anos. Tinha idade para ser minha filha e foi ótimo. Uma das minhas melhores amigas na Europa tem 19 anos e me sinto muito bem perto de gente mais jovem.
Qual o segredo de chegar aos 35 anos jogando um basquete de alto nível?
Não parar nunca e levar tudo com amor e responsabilidade. Estou acostumada a não ficar parada nas férias européias, que duram quase quatro meses. Faço musculação, vou a campings no mundo inteiro para me aperfeiçoar e procuro aprender sempre. Para vir para a seleção, fiz um trabalho diferenciado, musculação e treino com bola com time masculino. Nunca começo uma temporada do zero, seja clube ou seleção.
É complicado ser treinada pela Janeth, sua ex-companheira de seleção?
Complicado não, mas é um pouco engraçado, vou me acostumando com a idéia. Ela é ótima, tem sempre boas dicas para dar. A seleção ganha muito tendo no banco uma das melhores jogadoras do mundo.

Como foi sua temporada no Bourges, da França?
Maravilhosa. Consegui ajudar o time a cumprir dois de seus objetivos, que foram os títulos da Liga Francesa e o da Copa da França. Infelizmente, não chegamos ao Final Four da Euroliga, perdemos no primeiro mata-mata (oitavas-de-final). São coisas que acontecem.
É verdade que você gosta de cozinhar?
Adoro. É um ótimo hobby. Gosto muito de fazer comida brasileira e italiana. Já estou craque em pasta (massa) e pestos (molhos). Vivo inventando ingredientes novos para que a macarronada fique sempre diferente e cada vez mais gostosa.
A australiana Lauren Jackson disse que você é uma das pivôs mais difíceis de marcar no mundo. E para você, quem te dá mais trabalho embaixo do garrafão?
Primeiro deixe eu retribuir o elogio da Lauren. É umas das melhores do planeta hoje e marcá-la bem não é tarefa para qualquer uma, não. Além dela, vou citar uma americana que joga na Rússia, que é fenomenal e dá um trabalhão para qualquer defesa adversária: Sylvia Fowles. Ela tem apenas 20 anos, enterra e será um dos grandes nomes daqui para frente.

Como está a vida de recém-casada?
Corrida. Mas graças a Deus tenho um marido que também é atleta, me entende e me deu todo o apoio quando decidi me apresentar à seleção. Ele está na minha casa em São Paulo e teremos que nos contentar com as folgas. A sorte é que ele gosta muito do Brasil, ama futebol e fica ligado na TV e internet para saber as notícias sobre o Corinthians, seu novo clube do coração.
Quais seus planos para a próxima temporada? E para um futuro mais distante?
Por enquanto estou absolutamente focada no meu trabalho na seleção. Por mim, só penso em voltar para algum clube em janeiro. Até lá, seleção, férias e lua de mel com maridão. Quanto aos próximos anos, gostaria de voltar a jogar no Brasil, principalmente no Rio, mas sei que está difícil. Meu sonho é comprar um apartamento em Ipanema. Penso em alguns projetos para quando me aposentar, mas no tempo certo falarei sobre meus planos.

Fonte: CBB