sábado, 25 de dezembro de 2010

Jovens do DF comemoram um dos melhores anos de Brasília no basquete

Vagner Vargas - Correio Braziliense

dfbasket Às vésperas de celebrar a chegada do ano novo, o basquete de Brasília tem motivo para fazer festa na virada. E não só por causa do UniCeub/BRB, atual campeão do NBB e da Liga Sul-Americana. O desempenho das seleções de base do Distrito Federal em 2010 também foi louvável. Foram dois títulos na categoria sub-19 — um no masculino e outro no feminino — em etapas regionais do Campeonato Brasileiro e um vice-campeonato com os meninos do sub-17 na primeira divisão do nacional. O desempenho das promessas do esporte brasiliense encheu de orgulho aqueles que trabalham pelo esporte na capital federal.

As conquistas criaram uma espécie de consenso de que este foi o melhor ano das categorias de base do DF nas últimas décadas. “Tenho certeza absoluta de que esta foi a melhor geração do basquete de base do DF”, elogia o ex-jogador e agora auxiliar da Seleção Brasileira sub-15, Ricardo Oliveira. Além de enaltecer o talento de quem entra em quadra, ele destaca que só ter os jogadores não é o suficiente. “Talento tem, as gerações vêm, mas você tem que trabalhar. E se fizer isso só com uma geração, ela passa e vai embora”, explica ele, destacando o trabalho feito com jovens a partir dos 12 anos de idade.
Para ele, grande parte do sucesso se deve ao apoio dos clubes do DF, como o Minas Brasília Tênis Clube e o Vizinhança, que apoiam o esporte para os mais jovens. “É um conjunto de fatores, que passa pela Federação Brasiliense de Basquete, técnicos, clubes e pelos meninos”, destaca. Outro quesito apontado como um pilar para o sucesso são os treinos de fundamentos do esporte. Pelo menos é o que garante Marco Carvalho, técnico da seleção sub-15 do DF. “Temos que estar sempre estudando e melhorando para trabalhar os fundamentos desses meninos. Esse é um grande problema do basquete do Brasil e a culpa é nossa, dos treinadores”, opina.

Ajuda profissional

Comandado  por Tchiêlo e Ronald, com passagens pelo time do UniCeub/BRB, o time masculino conquistou o título do Centro-Oeste com tranquilidade. Tchiêlo foi o cestinha da equipe, com 15,8 pontos por jogo, enquanto Ronald foi o melhor reboteiro da competição, com 11,8 por partida. Entre as meninas, Gabriela foi o destaque. Ela teve médias de 19,3 pontos e 5,5 rebotes por duelo.
Destaque

O ala Breno foi o grande nome da seleção do DF na competição disputada em Santa Maria (RS). Em seis partidas, ele teve médias de 20 pontos, 2,8 assistências, 2,2 rebotes e uma roubada de bola. Além disso, ele se destacou no aproveitamento dos arremessos de quadra. Ele converteu 40% das bolas de três pontos que arriscou e excelentes 75,5% das bolas de dois pontos. Outro que fez um bom campeonato foi Raphael, que contribuiu com 17,8 pontos e 7,8 rebotes por duelo.


"Brasília tem as peças para trabalhar, falta só a estrutura”

Gustavo Chagas,técnico da seleção sub-15 feminina

Técnicos ensinam
No próximo mês, os jogadores de Brasília poderão participar de treinamentos com alguns importantes nomes do basquete sul-americano. Da cidade, o técnico Miura, que trabalhou com Oscar quando ele ainda dava os primeiros passos no esporte, passará seus conhecimentos para os atletas. De fora vem o argentino Javier Maretto, ex-jogador e atual técnico das categorias de base dos hermanos. Os treinos acontecem de 17 a 21 de janeiro, ainda sem local definido.

Mesmo com sucesso, as dificuldades

Se no masculino ainda há apoio dos clubes e mais opções para os jogadores, o mesmo não se pode dizer do basquete feminino. Formada em grande parte por meninas que só têm a possibilidade de jogar na escola, onde o regime de treinos não é o ideal, a seleção sub-19 conquistou com relativa tranquilidade o título do Centro-Oeste, que garantiu o grupo na primeira divisão em 2011. “O trabalho ainda está começando a ser desenvolvido. Tudo que nós temos é a nível escolar. O campeonato local, da Federação, tem apenas quatro times”, revela Gustavo Chagas, comandante da seleção sub-15 e provável técnico do time sub-17, que ainda não está confirmado.
A dificuldade é tanta para observar as jogadoras em ação que, para montar o grupo, os técnicos têm que pedir ajuda às escolas para saber quem são os destaques. 
Um dos destaques do time que conquistou o título foi a jovem Serena Ferreira, de apenas 15 anos. Mesmo bem abaixo do limite de idade exigido para o campeonato — 19 anos —, a armadora garante que não sentiu pressão. “Para mim é até mais fácil, tem menos responsabilidade”, define a jovem.

Fonte: Superesportes

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