sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Êga avisa: vai chorar na despedida da "irmãzinha" Helen Luz

Campeã mundial será homenageada na decisão da Liga de Basquete Feminino

 Ega (e) e Elen durante disputa Ega (e) beija Helen após o jogo

Os enxugadores de quadra terão trabalho extra no intervalo da decisão da Liga de Basquete Feminino neste domingo no ginásio da Associação Esportiva São José. A ala-pivô Ega, uma das principais jogadoras de Santo André na finalíssima diante de Ourinhos, está preparada para verter um rio de lágrimas durante a homenagem que a LBF prestará à veterana Helen Luz, que anunciou o fim de carreira aos 38 anos depois de defender Americana nesta temporada. "Nossa, vou chorar tanto que nem sei se terei condições de voltar para o segundo tempo", antecipou.

Ega e Helen são amigas de longa data. Atuaram juntas em Americana e na seleção brasileira, além de terem convivido no basquetebol espanhol. "Nós sempre nos tratamos por irmãs. Tem até uma história engraçada dessa época na Espanha. Eu jogava com a Sílvia, irmã dela, e fomos enfrentar a equipe da Helen. Quando nos encontramos no aquecimento, ela cumprimentou a Sílvia com um ‘oi, Sil’, se virou para mim e sorriu ‘oi, irmãzinha’. As jogadoras do meu time ficaram surpresas e disseram que não sabiam que éramos irmãs. Foi difícil elas entenderem o que estava acontecendo..."

Helen se despede do basquete com um currículo brilhante. Foi campeã mundial na Austrália em 1994 e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sidney em 2000, além de colecionar uma infinidade de títulos no Brasil e no exterior por clubes e pela seleção. "O basquete, como qualquer esporte, exige dedicação e empenho. Às vezes, é preciso abrir mão da vida pessoal e profissional, mas o esforço vale a pena. Representar o seu país é o maior orgulho que um atleta pode ter. E, para atingir um alto nível, é preciso trabalhar duro ou a carreira acaba cedo", costuma dizer.

Ega é próxima de toda a família Luz, um nome que já faz parte da história do basquete brasileiro. Mas não esconde o carinho especial por Helen. "A gente dividia o quarto na seleção. Ela tem um ótimo caráter e como jogadora foi uma das mais inteligentes que já vi. Além de jogar muito, ela fazia o time jogar", reverencia. Curiosamente, o primeiro título brasileiro conquistado por Helen em 1999 foi o único na história de Santo André. Daquele grupo que fez história para a agremiação do ABC, a pivô Simone é a única que pode chegar ao bicampeonato.

Um comentário:

Anônimo disse...

A Helen merece todas as homenagens do mundo.
Muito obrigado Helen
Daniel Godoy