Técnico da seleção brasileira de basquete acredita em evolução da Liga Feminina

Apesar da campanha aquém do esperado em Londres 2012, a seleção brasileira de basquete feminino tem o que comemorar por aqui. Isso porque as 11 jogadoras que estiveram nos Jogos Olímpicos começam neste sábado (19) a disputa da Liga de Basquete Feminino (LBF). De contrato renovado, o técnico Luiz Cláudio Tarallo acredita que o campeonato está em franca evolução e vai ajudar bastante na renovação do grupo rumo ao Rio 2016.

Apenas em sua terceira edição, a LBF sofreu com a perda do patrocínio da Eletrobrás às vésperas do início da competição – a estatal alegou, entre outros motivos, que precisava cortar gastos. Ainda que com seu início atrasado, a competição começa com sete times (dois a menos em relação ao ano passado), mas bastante equilíbrio e jogadoras de renome em quadra. Os destaques vão para a pivô Erika, uma das três melhores do mundo, e ainda Iziane, que foi cortada quando a seleção fazia sua preparação final para os Jogos.

Se a LBF ainda não está na cabeça dos amantes da bola laranja como o NBB (Novo Basquete Brasil, o campeonato masculino), Tarallo acredita que é preciso apenas dar tempo ao tempo.

— A Liga vem crescendo a cada ano. Passou por um momento difícil agora com a perda de um patrocinador, mas ganhou muito em qualidade. Os clubes trouxeram grandes jogadoras que atuavam fora do País e também tem o atrativo das estrangeiras e isso aumenta muito o nível do campeonato. Acredito que vai ser um bom produto para o basquete e vai fazer muito bem para as meninas e para os clubes.

Tarallo tenta não se comprometer e diz que antes da bola subir não é possível apontar um favorito. Também não há como negar que os cinco times que contam com as atletas de seleção saem na frente: Sport (Adrianinha, Érika de Souza e Franciele, além da veterana Alessandra), o atual campeão Americana (Clarissa Santos, Karla Costa e Tássia Carcavalli), o Maranhão Basquete (Damiris do Amaral e Patrícia “Chuca”, além de Iziane), o vice-campeão Ourinhos Basquete (Joice Cristina e Silvia Gustavo) e o São José/Colinas (Nádia Colhado). Os outros dois times são Guarulhos/FUMGUARU e o Santo André.

Com atletas de tanta qualidade, a comissão técnica agora se volta para os jogos buscando ainda mais renovação rumo aos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Uma das jogadoras mais promissoras deste novo time, Damiris volta do basquete espanhol para atuar ao lado da tão talentosa quanto polêmica Iziane. Para Tarallo, tudo serve de aprendizado para as jogadoras ganharem experiência.

— As jogadoras vindo da base, que fazem parte da renovação, precisam vivenciar jogos de bons níveis técnicos. Quanto mais jogos elas fizerem, bom para elas mesmas, para os clubes e para a seleção brasileira.

Com número ímpar de equipes, o regulamento pode parecer um tanto confuso. Na fase inicial, as sete equipes jogam entre si, em turno único. O primeiro colocado garante vaga automática na semifinal. As equipes classificadas, inclusive a sétima e última colocada, disputam as quartas de final. Os vencedores das quartas e o líder da primeira fase se enfrentam na semifinal. Os ganhadores da semifinal decidem o título. Todas as fases do playoff serão decididas em melhor de três partidas.

Fonte: R7