sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Entrevista – Patrícia Ribeiro (CBB)

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Revelação da Liga Basquete Feminina – LBF 2012 e um dos destaques da competição em 2013, a ala Patrícia Teixeira Ribeiro, a Patty, de 22 anos, é considerada uma das promessas da Seleção Brasileira Adulta. A paulista de Caieras já defendeu algumas equipes do interior do estado e, atualmente, seu objetivo é conquistar mais um título vestindo a camisa do São José/Colinas Shopping. Pela Seleção Brasileira, Patty possui em seu currículo o título no Sul-Americano Sub-15 (Equador – 2006), a medalha de bronze no Sul-Americano Sub-17 (Equador – 2007) e na Copa América Sub-18 (Argentina – 2008), além da participação no Campeonato Mundial Sub-19 (Eslováquia – 2007). Mas foi em 2012, que Patty teve sua primeira convocação para a Seleção Adulta. Nessa entrevista, a ala fala sobre suas conquistas profissionais e revela um pouco da sua vida pessoal.

Como você começou a jogar basquete?

Comecei aos nove anos, em Caieiras, interior de São Paulo, na minha cidade natal. Praticava basquete e vôlei, mas o basquete sempre foi o meu esporte favorito. Comecei no Círculo Militar (SP), depois joguei no CFE Janeth Arcain (SP), Pinheiros (SP), Unimed/Americana (SP) e São Caetano (SP). Estou há três anos no São José/Colinas Shopping.

Desde muito jovem você teve que se adaptar a morar sozinha. Como foi essa fase?Não foi nada fácil a adaptação e sinto até hoje muita falta do convívio familiar. Minha cidade fica a uma hora e meia de São Paulo. No início quando fui jogar pelo Círculo Militar, eu ia e voltava para Caieiras todos os dias. Mas a rotina era estressante, então achei por bem ir morar em uma república em São Paulo.

E como você fazia com a alimentação. Você sabe cozinhar?

Sempre dei sorte porque nos clubes tinham boas cozinheiras. Na hora de fazer alguma coisa em casa com minhas amigas, eu sempre ficava com a função de lavar as louças. Sou péssima com as panelas.

Como é jogar em São José dos Campos?

Gosto muito da cidade e o clube nos proporciona uma estrutura excelente. Além disso, tenho um ótimo relacionamento com as jogadoras e comissão técnica. Tenho aprendido muito aqui.

Você teve a oportunidade de viajar bastante para o exterior defendendo a Seleção Brasileira de base. Qual viagem que mais gostou?

Sempre tive vontade de ir aos Estados Unidos e só com o basquete consegui alcançar meu objetivo. Ficamos em Colorado Springs, em 2007, e foi uma experiência sensacional. Conhecemos um centro de treinamento maravilhoso, participamos de clínicas bem legais e fizemos jogos bastante fortes. Foi um intercâmbio muito útil para a nossa equipe.

Além dos jogos, o que mais gosta das viagens?Cada lugar tem sua característica e é superinteressante conhecer diferentes culturas, comidas, idiomas e costumes, além de treinar o nosso “portunhol” na Espanha e na América do Sul. Vou trabalhar ainda mais para continuar sendo convocada e conhecer outros lugares bacanas.

Você teve sua primeira convocação para a Seleção Adulta, em 2012. Como foi essa experiência ao lado das melhores jogadoras do Brasil?

A experiência foi fantástica. Aprendi muita coisa com as meninas e a comissão técnica. Desde que me tornei atleta de basquete tinha o sonho de jogar na Seleção Brasileira. Já defendi algumas vezes as seleções de base, mas fazer parte da equipe principal é maravilhoso. Preciso continuar trabalhando forte para ter uma nova oportunidade de convocação e quem sabe ficar entre as doze.

 

Você espelha sua forma de jogar em alguém?

Nunca tive muita referência neste sentido. Sempre tive meu estilo próprio. Mas admiro muito a Janeth, que jogava maravilhosamente. Atualmente, na minha posição, admiro a Ariadna.

Quais as características que você acha importante na posição de ala?

Acho que uma ala tem que ser veloz e boa no chute de três pontos. Mas apesar das características individuais, toda jogadora tem que estar disposta a ajudar e fazer de tudo para contribuir com a equipe.

Você tem apresentado uma ótima performance na LBF. Sonha com o título?

Estou bastante contente com o time. Estamos fazendo um trabalho bastante forte e temos muitas chances de chegar longe na competição. Nosso objetivo é o título e o grupo está bastante unido atrás desse resultado.

 

Nas estatísticas da LBF, você aparece em segundo no número de aproveitamento de lances livres. É sorte ou muito treino?

O nosso técnico [Carlos Lima] tem passado bastante as séries de lances livres nos treinamentos. Além disso, sempre fico depois do treino mais um pouco. Fico feliz com os números e o bom aproveitamento, mas acima de tudo de estar colaborando com a equipe.

Você tem algum ritual antes dos lances livres?

Não tenho ritual, apenas me concentro bastante. Penso positivo e foco na cesta. Tem dado certo [risos].

É diferente a rotina do clube para a seleção?

É muito diferente. O clube é bem mais tranquilo, até pelo tempo que se tem de treinamento. Na seleção a gente também fica na expectativa dos jogos, tem a pressão de ficar entre as doze. É bem mais intenso.

O que gosta de fazer nas horas livres?

Sou bastante caseira. Quando não estou jogando fico vendo televisão ou na internet. Sou super noveleira e não perco nenhuma.

Sonha estar nas Olimpíadas Rio 2016?

No momento, estou focada em fazer um bom campeonato. Quero dar um passo de cada vez. Fazer um campeonato e jogar muito para poder traçar bons rumos. Depois, claro, quero fazer por merecer em defender o meu país.

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