Thiago Bonfim
A ex-jogadora de basquete Ruth Roberta de Souza, titular da seleção brasileira que conquistou o título mundial na Austrália em 1994, será homenageada nos dias 7 e 8 de março em comemoração aos 20 anos da conquista, até então inédita para o país.
O eventoserá em São José dos Campos (SP) e está sendo organizado pela Liga de Basquete Feminino (LBF). A programação começa na sexta-feira dia 7, com uma tarde de autógrafos em um shopping da cidade e no sábado haverá um jogo das estrelas com atletas internacionais que jogam no Brasil, enfrentando jogadoras nacionais. Além da partida, uma homenagem surpresa deve acontecer. “Falei com a Hortência essa semana e ela disse que vai ter surpresinha. Então, estamos apreensivas e não temos ideia do que vai acontecer, mas esperamos que sejam coisas boas”, disse a sorridente Ruth.
Mesmo com o passar do tempo e a distância, as atletas que entraram para a história do basquete nacional, ainda se encontram. “Sempre que dá a gente está se falando, eu vou sempre para São Paulo. Aliás, a minha medalha de ouro está por lá, com a Paula que ficou de colocar em um quadro, vou aproveitar a viagem do mês que vem para buscar”, disse Ruth.
Muito orgulhosa, a ex-atletaconta como foi difícil a conquista do título. “A nossa seleção não vinha muito bem nos últimos mundiais. Em 1986, a gente ficou em penúltimo lugar na Rússia e, em 1990, fomos antepenúltimas na Malásia. Ninguém esperava muito da gente em 1994, estávamos sem crédito”, lembrou a pivô que contou quando as coisas começaram a mudar. “Nosso objetivo era ficar entre os quatro melhores do mundo, já seria uma grande coisa pra gente. Mas, quando chegou o jogo da semifinal contra as americanas, a coisa pegou fogo e nós jogamos como nunca, foi um dia especial”, disse emocionada.
Na semifinal, as brasileiras superaramo favoritismo das atletas dos Estados Unidos e garantiram uma vaga na final, após vencer por 110 a 107. Na grande final, as brasileiras enfrentaram as chinesas e garantiram o título mundial na Austrália, após vencer por 96 a 87.
O feito foi muito comemorado na época e as então ‘meninas de ouro do Brasil’, receberam diversas honrarias entre elas à medalha da Cruz do Mérito, oferecida aos heróis nacionais e que foi entregue em Brasília pelo então presidente Itamar Franco. Depois da conquista, Ruth conta que sua vida mudou bastante. Ela chegou a jogar fora do país e defendeu algumas equipes na Europa, mas logo retornou ao Brasil.
“Eu amo meu país e, principalmente, minha cidade. A experiência lá fora foi inesquecível, mas gosto muito da vida que tenho hoje aqui em Três Lagoas”, disse a ex-atleta que atualmente trabalha na Secretaria Municipal de Esportes, Juventude e Lazer (Sejuvel).
5 comentários:
Muito merecido, Jogou muito a Ruth.
q legal esta homenagem....me lembro muito da Ruth...parabéns Hortência pelo seu trabalho na LBF
Adorava ver a Rutão jogar, sempre muito técnica ligada no jogo. Era o tipo de jogadora que nunca jogava mal, pois sempre seguia a risca o que o treinador e o time pedia no momento
Alessandra foi uma excelente Pivô.
Mas tudo começou com Ruth e Marta... duas jogadoras com características distintas. Mas que possuíam seu brilho em quadra. Parabéns Ruth pela homenagem. Apesar de não ser uma jogadora de mídia, quem acompanhou basquete feminino de verdade, jamais esquecerá de você.
Alias, nessa equipe do mundial faltou , na minha opinao, cinco jogadoras que podem se considerar , tbm, campeãs: Marta, Karina, Nadia, Branca e Ellen
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