domingo, 7 de fevereiro de 2016

Em temporada tensa e de crise, LBF acumula equilíbrio, problemas e perde exposição na Tv

Foi encerrado na última sexta-feira o primeiro turno da quinta edição da LBF, a primeira sob o comando da LNB, mesma entidade que gere o Novo Basquete Brasil (NBB).

Em temporada de crise e tensão intensas, há dois aspectos positivos a se registrar. Houve uma melhora considerável no site da competição e no serviço de estatísticas. E houve um equilíbrio intenso entre os três primeiros colocados, que exibiram campanhas idênticas nessa fase.

Por outro lado, há problemas sérios. A ideia de rodadas duplas para aumentar o movimento dos apenas seis clubes se mostrou enfadonha para o público e cansativa para as atletas. O nível de exposição pela Tv caiu demais. Durante todo o primeiro turno, o Sportv fez apenas uma transmissão da Liga. Até o fim da fase regular estão previstas mais duas partidas. Essa redução de transmissões atingiu também a atual temporada do NBB, num movimento que sugere uma contração do espaço na grade do canal para o basquete nacional em função das transmissões da NBA.

O primeiro lugar (pelos critérios de desempate) do estreante Sampaio Correa reforça a boa impressão sobre o comando de Lisdeivi e a força de Iziane e Nádia no mercado doméstico. Merecem menções ainda a habilidosa Wheeler, uma titubeante Ramona e Palmira sendo Palmira (o suficiente para se colocar na bolsa de apostas para o Rio 2016 depois de uma inesperada participação no evento-teste). Único clube a furar o boicote à seleção, o clube pareceu algo cansado nos seus compromissos nesse ano (o confronto com o lanterna da competição), mas deve ser algo momentâneo. O lado mais frágil do time está no garrafão. Com Nádia contundida, sobe nível de exigência sobre Karina Jacob e Carina Souza (ambas em temporada pouco inspirada) e sobre a pouco utilizada Fernanda Bibiano.



Na segunda posição, o América de Recife não convenceu muito nessa etapa. Se são admiráveis em Roberto Dornellas sua ousadia, sua disposição e seu ímpeto vencedor, por outro lado beiram ao constrangimento sua pouca habilidade dentro de quadra e sua indigência tática. O time sobrevive muito em função da força individual de seu elenco e tem o privilégio de contar com sete jogadoras mais efetivas (Lacy, Kelly, Ariadna, Érika, Adriana, Tainá e Tati) e seis opções num banco que inclui nomes como Débora, Fabiana Caetano e Franciele.  Repetindo o roteiro das demais temporadas, o favorito pode perder para si mesmo.



Na terceira posição, empatado com os dois outros, é surpreendente que Americana ainda esteja de pé depois de estar no olho do furacão. O time começou a temporada com um elenco reduzido, perdeu sua melhor jogadora (Clarissa), ficou com apenas duas pivôs e ainda assim lutou bravamente. Time bastante envelhecido, o clube acusou seu cansaço nas segundas partidas e sofreu duas derrotas acachapantes (por 33 pontos para o Sampaio e por 23 para o América). Para voltar a surpreender como na temporada passada, o caminho dessa vez é ainda mais difícil e o cobertor segue curto. Se Babi e Joice sozinhas foram bastante irregulares no ano passado, a combinação das duas no time titular reforça a má impressão. Embora a argentina Melissa Gretter seja naturalmente mais talentosa que as duas, a opção de Vendramini é que ela comece no banco; repetindo a (estranha) estratégia que usou no ano anterior ao colocar Palmira como titular e Karla como reserva. Se Gilmara e Damiris (que evolução técnica e física!) vinham sendo brilhantes no garrafão e Karla e Chuca se viravam como podiam nas alas, o segundo turno promete mais emoções. Parece provável que o clube efetive Boulet em seu elenco e encoste Gelis, fazendo das laterais (antes fartas) seu novo calcanhar de aquiles. Com o agravante de que Chuca se machucou na última rodada e com a presença (ainda) fraca de Izabella Sangalli, o cenário é bem complicado.



Na quarta colocação, o Maranhão Basquete começou como sempre: desorganizado, elenco incompleto e em más condições técnicas e físicas. Tudo aquilo que foi minando temporada a temporada o que o clube tinha de mais precioso: sua bela e apaixonada torcida. O clube das multidões se tornou um clube sem torcida num exemplo imperdoável de má gestão. Se a torcida ainda não voltou, ao menos a chegada das cubanas Casanova e Noblet deu um novo fôlego ao clube dentro de quadra. O técnico Carlos Lima tem driblado a irregularidade de suas alas apostando no revezamento entre elas. E assim Paty (em especial) e tamém Luana, Joice e Leila vão tocando o barco. São notáveis ainda os esforços da veterana Êga e da novata Letícia (outro talento esquecido jogando Segunda Divisão Paulista). É provável que o time dê mais trabalho nesse segundo turno, mas parece incapaz de invadir o domínio dos três grandes.



Acompanhar a quinta posição do resistente Santo André é uma atividade melancólica. Clube histórico no basquete feminino do país, a equipe paulista já teve patrocinadores, elenco e trabalho de base fortes. Mas temporada a temporada esses ingredientes tem minguado por lá. Se na primeira edição do torneio, a bravura de Lais Elena e Arilza agarrou a taça mesmo nesse cenário, nas temporadas seguintes a química do milagre não se deu. Com um time principal também já envelhecido, o time acusa o desgaste. As duas jogadoras que poderiam romper esse marasmo (Sassá e Tássia) travam uma luta diária em que o enorme talento de ambas é apequenado pelas limitações físicas. Força para se reinventar, Santo André.



Por fim, Venceslau ocupa uma incômoda lanterna. Há pouco a se comentar do time do técnico Flavio Prado. Mas o principal é que o time faz escolhas técnicas bastante equivocadas, que mesmo a chegada das argentinas Ornella e Andrea não tem conseguido abrandar.

Que venha o segundo turno!



9 comentários:

Anônimo disse...

Sangalli não é pivô! Vendramini será que é tão difícil entender isso?
#Sangallié2

Anônimo disse...

Concordo com anônimo da 14:33, Sangalli nunca foi pivô nem nas categorias de base, na liga anterior ela jogou como armadora do time de Jaraguá e agora de pivô, estão querendo demais dela e ainda no olho do furacão!

Anônimo disse...

Impressionante como Americana se vendeu como vítima e compraram bem essa ideia. Sejamos realistas, é um time que conseguiu dinheiro e está com um nome um tanto quanto forte: o Corinthians. Perderam Clarissa porque quiseram. Ou melhor, por uma atitude mesquinha. Quando não tinham Damiris, tinham Clarissa e ganhavam. Agora não têm Clarissa, mas têm Damiris, e ganham. Não consigo comprar essa ideia de que Americana está "se superando", porque se tem um time que já começou a LBF com uma mão e meia na taça, é esse. Me surpreende a imprensa basquetebolística que sempre se considerou tão crítica, erudita e suprassuma cair nessa história toda de coitadismo no campeão. Sinto muito, mas não é assim.
Americana ganhou do América e foi considerado superação. América ganhou de Americana (melhor do que perdeu no dia anterior) e aí a dó é do Americana? Algumas coisas precisam ser revistas nessas análises que vêm sido feitas.

Anônimo disse...

Bert não pare de comentar......amooooooo!!!!

Anônimo disse...

Acredito q a fase de classificação deva terminar com:
1o América (tem o melhor elenco sem dúvida)
2o Sampaio (Nádia ainda joga essa LBF ou ta fora?)
3o Americana (Sem Clarissa o time perde MUITO)
4o Maranhão
5o Santo André
6o Venceslau

Só tenho dúvidas quanto aos playoffs... somente os 4 primeiros se classificam?

ou os 2 primeiros avançam direto e do 3o ao 6o fasem as quartas de final

Anônimo disse...

Me desculpem os corneteiros/as de americana, a final vai ser entre Sampaio Corrêa e América!!!

E viva o basquete feminino do Nordeste, dando SHOW!

Anônimo disse...

sobre santo andre, foi infeliz o comentario do autor, Sassa a tempos que nao vem apresentando nada com nada, tem ate zerado em jogos com mtas tentativas de chutes, é so olhar as estatisticas, talento? qual? so consigo ver descaso, pouco interece e nenhuma dedicaçao dessa atleta, por favor verifique bem antes de falar.
Em relaçao a Tassia, ela tem um biotipo realemnte magro, precisa melhorar claro, sempre evoluir, mas desde quando isso interfere? Se for assim tem tanta jogadora ai que nao podia estar atuando, Thaissa é mais magra que tassia, tassia é alta por isso aparenta ser mais magra do que é, e mesmo com todos os problemas é a que tem mais pontuado e melhor armado o time melhor!

Anônimo disse...

A maior jogadora de basquete de todos os tempos, Hortência, tinha um apelido: magrela.

Anônimo disse...

espero que a paty q sempre era convocada qd não jogava nada agora que está jogando de verdade o seja.....qto a magreza mencionada, todo jogador (a) de basquete tem que ser magro....porém forte....