terça-feira, 17 de maio de 2016

Iziane será a capitã da seleção no Sul-Americano da Venezuela


A Seleção Brasileira Adulta Feminina já está de malas prontas para o 35º Campeonato Sul-Americano da Venezuela, que começa na próxima sexta-feira (dia 20) e vai até o dia 26. O embarque da delegação nacional para Barquisimeto está marcado para esta quarta-feira (dia 18), às 7h40 de Brasília, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (voo LATAM 8066). As brasileiras comandadas pelo técnico Antonio Carlos Barbosa vão em busca do 26º título continental e o 16º consecutivo invicto. Depois de quinze dias de preparação e três vitórias nos três confrontos contra Cuba, a Seleção Brasileira capitaneada pela ala Iziane Marques está pronta para a estreia na competição.

“A equipe evoluiu muito nesse tempo de preparação que tivemos. E isso é muito positivo, pois conseguimos assimilar o comando do técnico bem rapidamente, já colocando uma cara no grupo e desempenhando uma desenvoltura que não é típica em tão pouco tempo de preparação. As meninas, principalmente as mais novas, já conseguiram também entender essa filosofia do Barbosa que é bem diferente do que elas vêm acostumadas dos últimos anos. E todos esses fatores são muito importantes para a primeira fase visando o Campeonato Sul-Americano”, analisou a ala Iziane Castro Marques, de 34 anos e 1,82m.

Escolhida para ser a capitã da equipe nacional, Iziane é uma das atletas de maior confiança do técnico Antonio Carlos Barbosa.

“Assumo tranquilamente esse papel. Dentro de quadra preciso ser a voz do meu técnico e eu possuo um convívio muito tranquilo com ele. Eu e Barbosa nos damos muito bem e nos entendemos. É fácil transmitir alguma coisa quando você está na mesma sintonia. Acho até mesmo que é por isso que é uma situação muito tranquila para mim. Um líder dentro de quadra precisa conduzir a equipe. Eu acho que sou boa nisso no sentido de que estou ali dando meu melhor, que quero vencer e ser campeã sempre. Isso eu sempre transpareço. É dessa forma que tento liderar e trazer elas para esse sentimento”, disse a jogadora campeã e MVP (jogadora mais valiosa) da última edição da LBF com o time do Sampaio Corrêa (MA).

Iziane possui um vasto currículo em quase duas décadas nas quadras. Com a Seleção Feminina Adulta, a jogadora já esteve em edições dos Jogos Olímpicos (Grécia/2004), dos Jogos Pan-Americanos (México/2011), de três Campeonatos Mundiais (China/2002, Brasil/2006 e Republica Tcheca/2010), além de Copa América / Pré-Mundial (Brasil/2001), Torneio Pré-Olímpico das Américas (Canadá/2015) e Torneio Pré-Olímpico Mundial (Espanha/2008). Mas seguindo o sentido contrário da maioria das atletas, a jogadora titular absoluta da Seleção Brasileira e uma referência da sua geração nunca disputou uma edição do Campeonato Sul-Americano Adulto.

“Acredito que vai ser mais fácil do que as outras estreias que tive. Consegui fazer a ordem mais difícil que foi jogar competições de nível mais forte e deixar o Sul-Americano por último. Sabemos que as equipes sul-americanas possuem uma limitação diferente das que jogam Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos. É uma competição mais tranquila para nós que há muito anos conseguimos nos manter na hegemonia. Para mim esses jogos servirão perfeitamente como uma etapa importante de preparação visando o nosso objetivo maior que são os Jogos Rio 2016, em agosto. Vencer também é treinamento e temos que construir uma equipe vencedora desde agora”, pontuou a jogadora.

Uma das principais missões de Iziane na Seleção Brasileira é ajudar o Brasil a recuperar o lugar no pódio, o que não acontece desde a conquista da medalha de bronze nos Jogos de Sydney 2000.

“Precisamos utilizar esses jogos que faremos durante o Campeonato Sul-Americano para encaixar ainda mais a equipe para darmos início a próxima fase de preparação para os Jogos Olímpicos, com a equipe em outro patamar. Tenho uma mentalidade muito positiva a algum tempo e acho que ela vem se concretizando com essas fases de treinamento, onde realmente podermos ver e tirar as nossas conclusões e análises. Acredito que o Brasil possui um grupo de jogadoras com potencial individual, mas que está se construindo também como um grupo que pode chegar muito além das expectativas. Essa fase já está demonstrando isso passo a passo”.

Desde o início da preparação, a ala vem anunciando que se aposentará das quadras após a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio.

“Não quero que o basquete me deixe. Não quero chegar na quadra e não poder fazer mais aquilo que eu fazia tão bem. Quero sair por cima. É uma escolha minha. Quero sair enquanto ainda posso brilhar e ser a Iziane que sempre fui. Quero sair da melhor forma sendo campeã brasileira e medalhista olímpica”, finalizou Iziane.

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